Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.
A IGREJA PERSEGUIDA - Pr. Isaías Silva👇
MISSÕES - Um testemunho de Fé - IMPACTANTE!!!👇
O livro de Rute: a importância da interculturalidade. Uma Reflexão pertinente acerca do contexto Europeu
Por António Rodolpho.
Buscar estabelecer o cristianismo intercultural na Europa é assunto de extrema importância para o presente momento histórico, caracterizado por uma elevada mobilidade das populações a nível global, interrompida parcial e temporariamente por causa da pandemia do Covid-19.
Como exemplo das implicações desta mobilidade, o estudo de 2018-2019 “Identidades Religiosas e Dinâmica Social na Área Metropolitana de Lisboa”1 revelou que cerca de 66% dos cristãos evangélicos nesta região são estrangeiros! Naturalmente existe uma interação entre os crentes nacionais e os estrangeiros, relação esta marcada por momentos inspiradores de acolhimento recíproco e unidade cristã, mas também por episódios tristes de tensão, incompreensão e hostilidade mútuas.
Esta é uma realidade presente em diversos lugares do planeta, mas que tem um significado especial no hemisfério norte, rico e secularizado, no qual, em geral, as igrejas nacionais apresentam um declínio acentuado nas últimas décadas, mas onde as igrejas de imigrantes, as chamadas igrejas das diásporas, crescem a um ritmo surpreendente. O relatório missiológico “Europe 2021”2 aponta a dificuldade dessas igrejas alcançarem os europeus com o evangelho, e destaca a necessidade imediata de se buscar a cooperação e a unidade entre as igrejas das diferentes diásporas e as igrejas nacionais para a reevangelização do continente, o que requer intencionalidade e oração.
É natural e expectável que esta multiculturalidade traga consigo uma infinidade de desafios, diante dos quais a Igreja de Jesus Cristo deve se posicionar de forma a refletir o amor do seu Senhor. Neste caminho da reconciliação e da convergência, certamente há uma disciplina espiritual específica.
Não há dúvidas que a disciplina espiritual em causa encontra fundamento no texto de Gálatas 3:28, no qual Paulo afirma que “Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus.”
De maneira idêntica, este necessário exercício espiritual está intimamente associado à sensibilidade cultural do Espírito Santo por ocasião do Pentecostes descrito em Atos 2, quando os visitantes de todos os países do mundo presentes em Jerusalém “ouviram as maravilhas de Deus através dos discípulos de Jesus na sua própria língua materna.” Ora, se o Espírito Santo está presente na vida dos cristãos hoje, então não haverá espaço para a indiferença ou preconceito com relação às pessoas de outras culturas.
O livro de Rute fornece algumas orientações práticas para esta disciplina espiritual da interculturalidade. Interessante notar que no primeiro capítulo do livro verificam-se 3 movimentos migratórios: a família de Elimeleque e Noemi parte de Belém para Moabe; após 10 anos, Noemi regressa a Belém com o coração cheio de amargura (Mara), por causa das tragédias ocorridas, e, como terceiro movimento, Rute decide acompanhar a sogra Noemi e emigra para Belém. Em cada um desses movimentos há muitas ilações e lições úteis a aprender, mas que não serão exploradas neste curto artigo.
A deslocação de Belém para Moabe foi motivada pela fome. Muitos emigram de seus países de origem por necessidade económica ou de segurança. E muitos enfrentam tragédias, como por exemplo aqueles que tentam cruzar o Mediterrâneo em embarcações precárias. Em geral, este tipo de imigrante está mais inclinado a receber do que a dar. Por outro lado, quem emigra por paixão, como Rute, está pronto a se doar ao novo país.
De forma resumida, eis alguns “inputs” sobre a disciplina espiritual da interculturalidade extraídos do livro de Rute, e que facilitarão a aproximação frutífera entre as igrejas das diásporas e as igrejas nacionais, ou entre os nacionais e os estrangeiros em uma mesma comunidade cristã:
1. A importância de um mentor cultural
Logo no primeiro capítulo, verifica-se que a família de Noemi se desloca de Belém para Moabe por causa da fome. Noemi sofre perdas trágicas em Moabe, com a morte do marido e dos dois filhos, e decide voltar para Belém. A sua nora Rute resolve acompanhá-la, e faz a maior declaração de intenção de ajustamento cultural conhecida: “O teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus!” (Rute 1:16)
Rute encontra em Noemi uma espécie de mentora cultural. Noemi agora conhece aspectos de ambas as culturas e pode orientar Rute na sua desejada adaptação a Belém.
O livro de Daniel reforça esta ideia. Daniel recebeu um treinamento de 3 anos antes de começar a servir o rei na Babilónia. Lemos no primeiro capítulo que o chefe dos oficiais da corte, Aspenaz, deveria ensinar Daniel e outros israelitas “a língua e a literatura dos babilónios…”
Este é um princípio importante para todos os que experimentam uma transição cultural, não só para os missionários, mas especialmente para os líderes das igrejas das diásporas. Com a humildade de Rute, devem buscar oportunidades de mentoria cultural no meio evangélico nacional, ou fora dele, formal ou informalmente, o que diminuirá o choque cultural e facilitará o processo de aculturação. Claro que a encarnação de Cristo, com a sua imersão total na cultura humana, é a principal fonte de inspiração para buscar um ou mais mentores culturais no país de acolhimento.
2. A importância de encorajar os estrangeiros
No segundo capítulo do livro, Rute coloca em prática os conselhos de Noemi para a vida diária, para obter o necessário sustento na nova cultura. Ela segue as regras e tradições locais. Foi nessa condição que ela conhece o dono das terras onde foi recolher alimentos, Boaz, que expressa o seu acolhimento e reconhecimento: Estou impressionado – “como deixou seu pai, sua mãe e sua terra natal para viver com um povo que pouco conhecia. O Senhor lhe retribua o que você tem feito.” (Rute 2:11,12)
Aqui está a parte que cabe ao nacional que recebe estrangeiros: acolhimento, interesse em ouvir as suas histórias, apoio e encorajamento. Todo estrangeiro necessita experimentar este tipo de hospitalidade (xenophilia) na nova cultura, especialmente nas igrejas.
Então Rute disse: “Continue eu a ser bem acolhida, meu senhor! O senhor me deu ânimo e encorajamento…” (Rute 2:13 …)
3. Conexão do nacional com o estrangeiro
No terceiro capítulo, Rute, ao seguir as orientações da sua mentora cultural, e respeitando as tradições locais, abre espaço para um entendimento íntimo com Boaz que, por sua vez, promete agir de imediato – ele tira os obstáculos do caminho. Há possibilidade de uma cooperação frutífera quando os muros de separação são identificados e derrubados!
Foi exatamente que o Espírito Santo, de forma milagrosa, realizou com a aproximação entre Pedro e Cornélio em Atos capítulo 10.
Os nacionais e os estrangeiros devem juntos procurar remover os preconceitos e barreiras que impedem a comunhão e a colaboração. Em alguns casos, o perdão e a reconciliação são necessários.
A igreja composta por nacionais não deve ignorar os estrangeiros no seu meio e à sua volta, e vice-versa. As igrejas nacionais e as igrejas étnicas ou das diásporas devem aproximar-se e buscar entendimento fraternal e amizade com vistas à cooperação em favor do Reino de Deus!
4. Parceria intercultural e frutos
Finalmente Boaz e Rute casam-se. Tiveram um filho e lhe deram o nome de Obede. Este foi o pai de Jessé, pai de Davi. (Rute 4:17…) Jesus Cristo é descendente do rei Davi. Por esta razão, Rute é uma das poucas mulheres a ser mencionada na linhagem de Jesus, mesmo sendo uma estrangeira.
Há esperança de uma agenda de convivência e de cooperação que produza frutos. A unidade da igreja de Cristo já é uma realidade espiritual, que pode ser experimentada de forma criativa. Talvez esta cooperação intercultural seja uma semente que leve 2 ou 3 gerações para florescer, mas certamente a disciplina de caminhar juntos vai revelar Cristo às nações.
Conclusão
Quando o livro de Rute é lido com as lentes da interculturalidade, afloram alguns princípios e práticas importantes para os cristãos nacionais e estrangeiros, em um determinado contexto, convergirem para um cristianismo intercultural.
Cabe destacar que o interculturalismo ultrapassa os horizontes do multiculturalismo. Estes dois conceitos3 assemelham-se nisto: que a sociedade não é homogênea, mas sim plural. Contudo, há distinções claras entre ambos, já que a multiculturalidade expressa as diferenças como um facto objetivo e a interculturalidade propõe que estas diferenças se traduzam em plena integração das culturas. Neste sentido, a interculturalidade pretende criar um modo de convivência no qual nenhum grupo se sinta discriminado por algum aspecto diferenciador. Ou seja, todas as culturas merecem o mesmo respeito e não é aceitável qualquer tipo de desigualdade. Além disto, a interculturalidade promove uma troca frutífera e uma aprendizagem mútua.
Daí fazer sentido completo a afirmação de Ronaldo Lidório: “o evangelho é supracultural, pois define e explica a cultura, não o contrário; cultural, por ter sido revelado à humanidade em seu próprio contexto e história; intercultural, por juntar ao redor de Jesus pessoas de todos os povos; multicultural, ao ser destinado a todos os povos e línguas; transcultural, quando transmitido de uma cultura a outra; e contracultural, pois sempre confronta o homem em sua própria cultura.”
No atual contexto europeu (e não só), em geral não parece ser frutífero continuar a ser uma igreja monocultural num ambiente multicultural. Somente uma igreja intercultural poderá ter relevância e contribuir para a vivência e o avanço do evangelho.
António Rodolpho, pastor e missionário na Europa desde 1997.
Portugal, Janeiro de 2023.
IGREJA PERSEGUIDA NA ÁFRICA - Portas Abertas👇
https://www.youtube.com/watch?v=I7btKboVRyc&t=64s
O QUE É MISSÕES?
No dizer de John Stott, “missão” significa atividade divina que emerge da própria natureza de Deus”. Foi o Deus vivo quem enviou a seu filho Jesus Cristo ao mundo, que enviou pôr sua vez os apóstolos e a Igreja. Enviou também o seu Espírito Santo à Igreja e hoje envia aos nossos corações.
Daí surge a missão da Igreja como resultado da própria missão de Deus, devendo aquela ser modelada pôr esta. Para que todos nós entendamos a natureza da missão da Igreja, precisamos entender a natureza da missão do Filho. Não podemos pensar em missão como um dos aspectos do ser Igreja, um departamento, mas como afirma o Dr. J. Andrew Kirk, “a Igreja é missionária pôr natureza ao ponto de que, se ela deixa de ser missionária, ela não tem simplesmente falhado em uma de suas tarefas, ela deixa de ser Igreja.”
POR QUE FAZER MISSÕES?
Entendemos pela palavra que missões e a expressão de amor de Deus com a humanidade.
O amor de Deus foi personificado por meio de Cristo, que se entregou por nos, agora deve ser manifestado para toda humanidade por meio da igreja.
Fazer missões e cooperar com o sonho de Deus, do contrário seria lutar contra a vontade divina.
Devo fazer missões, porque este e o único meio do amor de Deus chegar nos lugares mais longínquos.
Não esqueça, os anjos se prontificaram, mas Deus entregou a responsabilidade da pregação em nossas mãos!
DE QUE DEPENDE UM MISSIONÁRIO PARA FAZER MISSÕES?
Nunca podemos deixar de afirmar que o missionário e um eterno dependente de Deus. O Senhor e sua fonte supridora de conforto, provisão e graça!
Mas podemos citar que o missionário em primeiro lugar deve se sentir salvo. A salvação e pela graça e em função disso me sinto eternamente endividado com os céus.
*O missionário precisa amar as almas.
*O missionário precisa estar disposto a se sacrificar.
*O missionário precisa se entregar incondicionalmente
*O missionário precisa de alguém que creia e invista no seu projeto de evangelização.
POR QUE MANTER MISSIONÁRIO?
Esta escrito: Como pregarão se não forem enviados?
Devemos entender que Deus não nos vê como donos de nada e sim como mordomos.
Não mandamos em nada, simplesmente administramos o que nos foi entregue.
Manter um missionário e uma das maiores provas de que creio no que Deus mandou. Também revela o quanto amo a Deus e sou entregue em prol do Seu plano.
Não há como fazer missões sem os patrocinadores. Jesus teve seus colaboradores, Paulo dependeu de ajuda.
Deus chamou o crente para ser um investidor de missões! Seria injusto a gente impedir o andamento da obra em função do nosso egoísmo.
PORQUE MANTER MISSIONÁRIOS?
Manter missionários é crer no que Deus disse. O egoísmo diz que não posso doar nada, já o Espírito Santo nos impulsiona a nos entregar sem reserva.
Não há como salvar o ser humano se não for pela pregação do evangelho. Pense que a salvação de alguém depende dos teus recursos.
Encontramos missionários decididos a expor a própria vida em função da pregação, mas não vemos uma igreja correspondendo esta expectativa.
Você deve manter missionários, pois fazendo assim Deus te dará mais recursos, pois DEUS DARÁ TUDO PARA QUEM NÃO E DONO DE NADA!
QUEM É ALCANÇADO PELA OBRA MISSIONARIA?
A ordem e de ir e pregar o evangelho a toda criatura. A obra missionária alcança a ricos e a pobres, a felizes e infelizes. Todos devem estar ao alcance da obra missionária.
Existem lugares que nos só vemos pela televisão, e julgamos que não haverá possibilidade de chegar lá. Mas o evangelho e como água que penetra em todos os lugares.
O alcance e global, em cada canto da terra temos um pregador, mas Jesus disse que grande e a Seara mas poucos são os trabalhadores. O alcance do evangelho se limita quando eu me limito. A palavra de Deus chega onde eu estou disposto a levar!
CONTRIBUIÇÃO COM CARTÃO – É SÓ CLICAR NO LINK ABAIXO👇
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MISSÕES TRANSCULTURAIS👇
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MISSÕES NACIONAIS👇
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MISSÕES URBANAS👇
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DICAS LITERÁRIA DE MISSÕES👇
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IGREJA PERSEGUIDA
Mais de 365 milhões de cristãos no mundo enfrentam algum tipo de oposição como resultado de sua identificação com Jesus Cristo
Quando os cristãos ao redor do mundo têm os direitos negados, por escolherem seguir a Jesus, eles se tornam vulneráveis a hostilidades em diferentes esferas da vida: na vida privada, na família, comunidade, na nação e na igreja. Isso faz com que eles sejam considerados cristãos perseguidos e pertençam à Igreja Perseguida.
De acordo com os dados da Lista Mundial da Perseguição 2024, mais de 365 milhões de cristãos no mundo enfrentam algum tipo de oposição como resultado da identificação com Cristo.
Essa perseguição religiosa ocorre quando alguém que se identifica como cristão, de todas as denominações e também quem não pertence a uma denominação específica, não tem os direitos de liberdade religiosa garantidos; quando a conversão ao cristianismo é proibida por conta de ameaças vindas do governo ou de grupos extremistas; são forçados a deixar as casas ou empregos por medo da violência; são agredidos fisicamente ou até mesmo mortos por causa da fé; são presos, interrogados e, por diversas vezes, torturados por se recusarem a negar a Jesus.
O número de cristãos perseguidos inclui aqueles que são confrontados com outras formas de hostilidade do que apenas a violência isolada. Também, em alguns países, a perseguição afeta todos os cristãos, qualquer que seja sua denominação. Em outras nações, ela afeta apenas uma parte da comunidade cristã, a qual se difere em algum aspecto das outras denominações. Sendo um cristão, por exemplo, menos ativo no evangelismo e/ou em outras atividades públicas que outros, chama para si menos atenção e é menos confrontado.
A perseguição também pode depender da região do país onde vivem os cristãos. Áreas dominadas pelos muçulmanos em países de maioria cristã podem exercer uma forte pressão sob os cristãos, até mesmo cometer atos de violência contra eles, mesmo que o país seja de maioria cristã.
É para socorrer e fortalecer o corpo de Cristo que a Portas Abertas atua há mais de 65 anos em mais de 60 países onde existe algum tipo de proibição, condenação, execução ou ameaça à vida de pessoas ou à liberdade de crer e expressar a fé em Jesus Cristo. A Portas Abertas está a serviço de todos que declaram crer em Jesus e são perseguidos por isso, sem fazer acepção por denominação.
MISSÕES,PARA ONDE ESTAMOS INDO?👇
VEJA A CHEGADA DE BÍBLIAS EM UMA TRIBO👇
O MUNDO ESTÁ PERDIDO👇
QUAL É O TEU CHAMADO?👇
VÍDEO INTERESSANTE PARA PASSAR EM CULTOS DE MISSÕES OU EM
EVENTOS TEMÁTICOS: “Negar ou não negar a CRISTO.”👇
Trouxeram-lhe, então, algumas crianças, para que lhes impusesse as mãos e orasse; mas os discípulos os repreendiam.
Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos e não os estorveis de vir a mim,porque dos tais é o Reino dos céus.
Mateus 19:13,14
👇E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.
2 Timóteo 3:12
Um testemunho de Fé - IMPACTANTE!!!👇
Missões se tornou um movimento global que começou com a ação de
Deus no mundo, pela sua graça, para reconciliar o mundo consigo mesmo (II
Co 5:18,19) e Ele conta conosco para continuar com essa
missão.
Com o passar
das épocas, aconteceram grandes movimentos missionários e tempos atrás, sob o
aspecto teológico, a Missão foi tratada apenas como subproduto do estudo da
Igreja, eclesiologia.
Nesse período o conceito adquirido sobre a forma de fazer missões era a prática
de abandonar a vida secular (trabalhos profissionais, estudos e etc) para se
dedicar integralmente aos ministérios somente dentro da igreja e poucos
cristãos tinham o entendimento de levar a igreja pra fora dela junto aos
afazeres diários.
Hoje,
com a diversidade de trabalho que os campos missionários exigem, não somente na
área eclesiástica (como pastor, capelão, educador cristão e ministro de
música), mas também na área profissional (como empresário, professor,
enfermeiro, médico, dentista, assistente social, dentre outras profissões), fez
com que aumentasse o número de cristãos na busca de profissionalizar suas
habilidades. Desta maneira as ações missionárias se tornaram mais eficazes e o
missionário passou a ter seu próprio sustendo, ou parte dele, maior facilidade
ao entrar e permanecer em países fechados ao Evangelho e mais oportunidades de
aproximação com pessoas não-cristãs, através de trabalhos específicos. Enquanto
prestam bons serviços, as oportunidades surgem para testemunhar a fé.
Ao fazer a
leitura bíblica nos deparamos com o exemplo de Paulo que trouxe um termo missiológico – Fazedor
de Tendas (At 18:1-4). Paulo usou essa atividade como
estratégia para expandir a mensagem de Cristo. Através de sua habilidade
profissional podia se aproximar das pessoas de diferentes crenças e também ser
seu próprio mantenedor. Paulo se tornou uma inspiração para os missionários que
usam suas habilidades profissionais para servir ao Senhor em qualquer contexto,
sendo local ou transcultural. É importante termos a clareza no entendimento que
Deus nos envia a dar continuidade na história da salvação, trabalhar pelo Reino
de Deus, sendo testemunhas de Cristo em todas as áreas das
nossas vidas.
Poder
trabalhar na área profissional e fazer disso uma porta de entrada do Evangelho
em lugares nunca antes anunciado é um privilégio (testemunho de vida, ponte de
contatos, menos custo, alcance evangelístico específico, realização
profissional, abertura de novas oportunidades), e também um desafio (testemunho
restrito, pouco tempo para se dedicar ao discipulado, preparo espiritual e
teológico) que devem ser vivenciados como forma de aprendizado para a busca e o
cumprimento eficaz da missão que Cristo nos ordenou.
Somos todos
vocacionados para servir a Cristo com o que somos e com o que temos, sendo o
objetivo principal glorificar o nome de Deus Pai (Rm 16.25-27) dentro
e fora da igreja. Tudo o que temos vem de Deus e deve ser usado para Sua
glória!
Referências:
SEPAL E PORTAL DE MISSÕES. Fazedores de tendas – isso pode dar certo?.
Disponível em:
http://www.rodrigoqueiroz.com.br/artigos/153-fazedores-de-tendas-isso-pode-dar-certo.html
REVISTA ULTIMATO. Profissionais e missionários. Disponível em:
http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/277/profissionais-e-missionarios
ALEIXO GONÇALVES, Marcelo. Teologia e história da missão cristã. Unicesumar. Maringá-Pr, 2014, 233 pg.
Que age ou trabalha somente por dinheiro ou pelas vantagens que lhe são oferecidas; interesseiro.
Sujeito mercenário, interesseiro, que só faz algo por dinheiro ou pelas vantagens que esse trabalho pode lhe trazer. , não é nenhum absurdo, tanto é verdade que a Bíblia registra o seguinte: E estes cães são gulosos, não se podem fartar; eles são pastores que nada compreendem: Todos eles se tornaram para o seu caminho, cada um para a sua ganancia, cada um por sua parte. (Is,56: 11) É justamente este este clima perverso, que esta contaminando a casa do Senhor.
O que esta em alta na maioria destas igrejas é a chamada teologia da prosperidade. Porem na verdade quem esta prosperando são estes lideres que se auto proclamam ministros de Deus, mas na realidade não passam de uma máfia, que fazem tudo por dinheiro.
Paulo exercia uma profissão (At 18.3), além de pregar o evangelho. Ele fabricava tendas e ganhava a vida assim, enquanto viajava ou ficava hospedado com alguém (20.34; 1 Ts 2.9; 2 Ts 3.08). Fica claro, pelo exemplo de Paulo, que os pastores que precisam trabalhar para ajudar no sustento de si mesmo e de sua família não têm o seu ministério inferior ao dos outros. A vocação ministerial que incluir uma outra secular (uma profissão) tem precedente bíblico e até mesmo apostólico . O Senhor não esta no meio destes mercenários, pois ele nos deu o exemplo, de como viver uma vida autentica e transparente, e acima de tudo com amor, pois quem ama não explora os menos favorecidos, muito pelo contrario, doa e serve, não sou contra quem prospera economicamente, desde que ele não use a palavra de Deus, como moeda de troca. Eu admiro mais o senhor Silvio Santos, que é um dos empresários mais ricos do país, pois o mesmo começou a sua carreira como camelô, e se chegou aonde está, foi usando o seu próprio nome, não em Nome de Jesus.
"Pois muitos são chamados, mas poucos são escolhidos".
Mateus 22.14
Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande ceifeiros para a sua seara.
Mateus 9.37-38
Missões envolvem uma proposta “desregionalizade”
Jonas era judeu demais.
Para o profeta, ir pregar em Nínive era extremamente difícil, porque a Assíria
era inimiga mortal de Israel e lhe infligia enorme sofrimento.
Quando Deus chamou Jonas para pregar aos ninivitas,
Israel enfrentava a pior crise de sua história. Mas Deus não é paroquiano, não
é uma divindade local. A universalidade do Evangelho vence as barreias da
língua, da cultura, ou da nacionalidade. Devemos pregar onde quer que aja um
homem em trevas espirituais.
Estima-se em
cerca de 4.800 o número de agências ao redor do mundo enviadoras de
missionários transculturais no ano 2.000, envolvendo 420.000 missionários em
terras estrangeiras. Contamos hoje com cerca de 4.000 estações Cristãs de
rádio/TV, alcançando uma média de 600.000.000 de ouvintes/espectadores por mês.
Setenta milhões de Bíblias são distribuídos por ano ao redor do mundo em
centenas de línguas e dialetos. A desregionalização da mensagem do Evangelho
resultou num crescimento fantástico da igreja ao redor do mundo, com milhares
de pessoas se convertendo todos os dias. Mas a porcentagem da população
evangelizada ao redor do mundo ainda está na casa dos 25%. E o pior é que essa
porcentagem tem diminuído constantemente do início do século xx para cá, e a
previsão estatística é de que até o ano 2025 esteja abaixo de 22%. Esse quadro
pode ser revertido, mas para isso é preciso que a mudança comece em nossos
corações. Ao contrário de Jonas, precisamos estar dispostos a ir aonde quer que
o senhor nos envie.
Para fazer missão transcultural,
necessitamos entender a natureza de uma cultura. Segundo o Aurélio, cultura é “o
complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e doutros
valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e característicos de
uma sociedade.”
Observemos esta definição dada no
século XIX por antropólogos da Alemanha. “Cultura é a herança total do homem
não transmitida biologicamente”. Cultura é o sistema total de normas de conduta
aprendidas que são comuns aos membros de uma sociedade em particular, e que não
são o resultado da natureza biológica do homem.
Em termo mais popular, pode ser
definido como a totalidade do modo de vida de um grupo étnico determinado, isto
inclui, a forma que este povo vê a realidade cósmica, os valores que lhe são
comuns, e as normas de conduta que aceitam como normais em seu meio. Inclui
também a forma como considera a existência do mundo e da humanidade, as coisas
que lhe custam muito trabalho obter e manter, e a forma em que se trata entre
os parentes e
os vizinhos.
O Que é
transculturação
Vamos nos valer outra vez de Aurélio.
Eis o que ele diz: Transculturação é o “processo de transformação cultural caracterizado
pela influência de elementos de outra cultura, com a perda ou alteração dos já
existentes”.
Aqui fica bem claro, de início, que
evangelização transcultural não é substituir valores de uma cultura por outros
de cultura diferente. O que importa, na evangelização, são os princípios bíblicos.
Estes, sim, podem exercer influência a alterar situações contrárias à fé
cristã.
Definição de Missões Transculturais: Quando alguém leva o evangelho para um grupo de pessoas que tem acesso à palavra de Deus. Na maioria dos casos, suas culturas e idiomas são tão diferentes que não conseguem entender a mensagem na língua nacional. Então isso significa que o missionário transcultural terá que ir para outra cultura e aprender sua língua e traduzir as escrituras fazendo discípulos. Isso também significa que o missionário transcultural terá que viver em um país distante por mais de vinte anos para cumprir a Grande Comissão.
A missão integral sem ser universal torna-se localismo. É etnocentrismo e egoísmo. Nós cuidamos das pessoas distantes. Por outro lado, a missão universal sem ser integral torna-se proselitismo. Corremos o risco de lidar apenas com o aspecto religioso, pessoal, interno, mas sem lidar com todos os aspectos da vida humana do povo.
VISÃO GERAL: O Marrocos é governado por um monarca que supostamente é descendente direto do profeta Maomé e que governa a nação com princípios islâmicos. Embora o país do norte da África tenha experimentado 1.400 anos de opressão islâmica, os habitantes originais do Marrocos, os berberes, não eram muçulmanos. O Islã foi trazido ao país invadindo os árabes no século VIII.
O QUE SIGNIFICA SER CRISTÃO NO MARROCOS: Hoje, menos de 1% da população é cristã. O crescimento do cristianismo tem sido lento, com um grande revés ocorrendo em 2010, quando centenas de missionários foram expulsos do país. Não há igrejas no Marrocos e as distribuições bíblicas e os missionários não são permitidos no país. Embora seja difícil ter comunhão, redes de igrejas subterrâneas se desenvolveram nos últimos anos. Muitos crentes não tem acesso à Palavra de Deus ou qualquer tipo de discipulado. Cerca de 35 milhões de pessoas vivem no Marrocos, mas apenas algumas Bíblias impressas existem no país. É difícil conseguir uma Bíblia, mas os crentes acessam as Escrituras através de métodos criativos, como arquivos digitais em cartões SD, que podem ser usados em seus telefones celulares e tablets.
PELO QUE ORAR: Independentemente de onde estejam, há sempre um meio pelo qual o Evangelho se achega aos cristãos. Deus sempre tem as melhores estratégias para se comunicar e se revelar com seu povo. Oremos hoje para que a criatividade de Deus seja presente na vida desses irmãos, para que eles possam desenvolver meios de cultivar sua fé e estarem unidos nessa caminhada.
(E+no mundo)
Capital: Cairo
Presidente: Ally Mansour (interino desde de 2013)
Língua oficial: árabe. Todas as línguas 11. Línguas com Escrituras 03
Bíblia, 01 NT, 02 Porções.(Operation World)
Sistema Político: República Presidencialista
População: 82,1 milhões de habitantes (2013).
Área Geográfica: 1.001.449 km2
Moeda: Libra Egípcia
Fuso horário: + 5h do Brasil
Código telefônico: 20
Religião: Islamismo 87,1%, cristianismo 12,2% (ortodoxos 11%, outros 1,2%), agnosticismo e ateísmo 0,7% (Almanaque Abril)
BASE BÍBLICA D MISSÕES – EXCELENTE PARA SER APRESENTADO EM CULTOS DE MISSÕES OU EM OUTROS TRABALHOS DO GÊNERO👇
Portanto,ide,ensinai todas as
nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; (Mateus 28:19)
porque tive fome,e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de
beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;
estava nu,e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me. (Mateus 25:34-36)
Para o
Brasil se tornar um celeiro de missões
Quero afirmar algo sobre nossa nação. Os irmãos sabem que a teologia predominante no Brasil é a chamada "teologia da prosperidade". É quase certo que o pregador que conseguir convencer brasileiros - evangélicos, católicos, espíritas e mesmo pessoas sem religião - de que possui poder para liberar bênçãos, como, por exemplo, saúde, emprego, salário maior e paz na família. Ou seja, de que serão bem-sucedidos. Quem promete abençoar o povo material e socialmente está fadado ao "sucesso". Contudo, quero enfatizar que é uma distorção do evangelho, pois não há interesse prioritário na "linha de baixo". As promessas da antiga aliança, que abençoaram Israel materialmente, tinham o propósito de persuadir os povos de que deveriam adorar e obedecer a Deus na totalidade de sua existência.
Quais são as promessas da nova aliança? Cristo voltará quando todas as nações tiverem ouvido que Cristo é o único caminho para Deus. Ele é o único Salvador. O descaso para com a obrigação missionária, em razão do interesse voltado para esta vida, demonstra pouco compromisso com a vida vindoura. Não se fala muito sobre o investimento no destino final.
A busca pelo poder do Espírito, como forma de obter alívio, conforto e bem-estar, em vez de testemunho e proclamação, está em desacordo com o propósito central de Deus. A teologia da prosperidade destaca o ter e não o ser. A lei da nova aliança deve ser interna. "Esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo" ( Jr 31.33). Não é a vontade de Deus que busquemos os benefícios do seu reino sem dar prioridade ao próprio reino. Os benefícios ilimitados de Deus virão no milênio, mas poucos querem esperar um futuro distante e pouco almejado.
O resultado dessa distorção pode ser percebido no desinteresse em conhecer a Palavra de Deus. Não há, também, quase nenhum interesse pela exegese, pela hermenêutica, pelo discipulado e pelo estudo da Palavra. Busca-se a experiência e não o Senhor das experiências. Parece uma diferença sutil, mas é importante. O Espírito Santo é apresentado mais como fonte de poder do que como pessoa divina que glorifica o Senhor Jesus (Jo 14.13). A ênfase exagerada sobre o indivíduo desvia a nossa atenção da comunhão e da responsabilidade mútua da Igreja de Cristo (1Pe 2.9,10).
Não é certo omitir a ênfase sobre a obrigação e destacar apenas a motivação do amor que produz a alegria no Senhor (1Co 13.1,4,5).
É muito comum omitir-se a proclamação da teologia bíblica acerca do sofrimento. Nesse caso, onde se encaixaria a cruz de Cristo ou as condições do discipulado? "Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz [diariamente] e siga-me". São palavras pouco ouvidas, mas foram pronunciadas por Jesus. Buscar os dons e as manifestações do poder de Deus em benefício próprio e não em benefício do Corpo de Cristo é mais um desvio do propósito bíblico revelado na Palavra.
Todas essas aberrações e distorções, até o ponto em que caracterizem a Igreja brasileira, mostram preocupação com a "linha de cima" e não com a "linha de baixo". Para o Brasil se tornar um verdadeiro celeiro de missões, é necessário que haja uma mudança de paradigma. Como Israel, no período do Antigo Testamento, teve a oportunidade de influenciar o mundo ao seu redor em prol do Deus único, cumprindo suas leis e demonstrando um amor profundo pelo Senhor, temos o desafio para realinhar nossas prioridades.
Se, genuinamente, nos preocuparmos com a "linha de baixo", isto é, que o evangelho seja proclamado e vivido entre todos os povos, a bênção gloriosa cairá sobre nós. Paulo assim se refere a esse futuro: "Para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós. A ardente expectativa da criatura aguarda a revelação dos filhos de Deus [...] para a liberdade da glória dos filhos de Deus" (Rm 8.18,19,21).
Fonte: Extraído do livro Perspectivas no movimento cristão mundial.
A teologia da antimissão
Por Rubens Muzio
Mestre em teologia pastoral pelo Calvin Thelogical Seminary e doutor em teologia pastoral pelo Westminster Theological Seminary
Ao olhar para a igreja atual, parece haver algo errado. De alguma forma, ela conseguiu mudar seu propósito e sua natureza. Conseguiu desviar-se do que, a princípio, foi estabelecido pelo próprio Jesus.
A Igreja brasileira, nos últimos anos, foi invadida por aquilo que denominamos de "teologias de antimissão". E uma delas é a teologia da prosperidade, que levou a Igreja evangélica brasileira a uma mudança de paradigma. As igrejas, bem como seus ministérios, suas pregações e suas ações, deixaram de servir para serem servidas. Nesse processo, as nossas igrejas buscam somente satisfazer seus próprios interesses.
Nos últimos anos, a igreja deixou de ser agente missionário para se tornar uma instituição mercadológica, por meio da qual o evangelho é vendido sem escrúpulos e o melhor vendedor é aquele que possui uma megaigreja, ou uma igreja de destaque na sociedade. Não que a construção de grandes tempos seja algo errado em si mesmo ou um critério absoluto para se determinar "igrejas mercadológicas". Mas, tenho uma séria preocupação com a maneira como a Igreja brasileira absorve modelos pré-prontos, tornando-os mais importantes que os princípios teológicos da missão. Quando olhamos atentamente para a Igreja brasileira, percebemos que ela sofre de uma síndrome que a distancia, a cada instante, da sua natureza missionária. Nossas igrejas não conseguem desenvolver uma ação prática que possa transformar a nossa comunidade.
Sobre a realidade da Igreja brasileira, Ariovaldo Ramos a descreve dessa forma: "A face mais visível da Igreja brasileira e, aparentemente, a que mais cresce, em vez de denunciar a injustiça social e propor e viver uma economia solidária, passou a pregar uma teologia que sustenta a desigualdade ao afirmar que a riqueza deveria ser o alvo do crente, e que o caminho é a fé atestada pelo nível de contribuição e pela capacidade de arbitrar, por decreto, sobre o que Deus deve fazer [...] Em vez de viver, sinalizar e anunciar o reino, a Igreja brasileira passou a caçar os principados e potestades nas regiões celestiais, ora localizando e derrubando os seus postes-ídolos, ora ungindo, de alguma forma criativa, a cidade, inaugurando o que James Houston chamou de evangelização cósmica. Outro houve que assumiu a igreja como uma empresa, sonhando também com impérios, e passou a importar modelos de gerenciamento que a organizasse, desenvolvesse excelência ministerial e produzisse crescimento, usando, muitas vezes, o princípio do apartheid, por meio do qual as ovelhas foram transformadas em mão-de-obra e os pastores, em gerentes de programa".
Diante desse quadro tão preocupante em que se encontra a Igreja brasileira, para que possamos retomar aos princípios neotestamentários sobre sua missão, é necessário redescobrir na igreja de que forma a missão cristã pode exercer mudanças em nossa geração, buscar, à luz de uma pesquisa teológica e bíblica, os princípios e valores inerentes à função da igreja cristã em nossa sociedade.
David Bosh, ao falar sobre esta natureza da igreja, diz: "Na eclesiologia emergente, a igreja é vista como essencialmente missionária. O modelo bíblico que está por trás dessa convicção e que tem sua expressão clássica em AG2 ('A igreja peregrina é missionária por sua natureza'), é aquele que encontramos em 1Pedro 2.9. Nesse texto, a igreja não é a remetente, mas a remetida. Sua missão (o fato de "ser enviada") não é secundário em relação à sua existência; a igreja existe ao ser enviada e edifica-se visando a sua missão. A eclesiologia, portanto, não constitui uma atividade periférica de uma igreja firmemente estabelecida, que está queimando fulgurantemente [...] A atividade missionária não é tanto uma ação da igreja, mas, sim, a igreja em ação".
Por intermédio de um estudo aprimorado sobre a identidade da igreja e sua ação missionária, queremos propor um novo pensamento a respeito da nossa caminhada e uma ação mais efetiva que possa trazer mudanças palpáveis em nossa sociedade, principalmente entre aqueles que necessitam de uma transformação integral, além de mostrar apontamentos sobre como podemos reverter essa realidade.
Precisamos retomar nossas idéias, parar com tudo e entrar num processo de reavaliação de nossos conceitos e paradigmas. Para tanto, precisamos deixar de lado a nossa ansiedade em "evangelizar" o mundo e começar a pensar em missão como um processo de transformação integral da vida de todos aqueles que são atingidos por ela.
Nosso primeiro passo deve consistir em buscar, de forma bíblica e teológica, os conceitos da missão que Cristo nos deixou e em identificar as verdades bíblicas a respeito desse tema e os modismos que devemos abandonar, pois os nossos modismos nos levam a servir muito mais a nós mesmos do que aos que ainda não conhecem o evangelho.
Sem uma visão clara sobre essa missão, corremos o risco de nos tornarmos uma simples instituição mercadológica preocupada só com o número de almas ou com as metas numéricas que devemos alcançar.
A igreja deve deixar seus programas gerenciais e voltar-se à vida das pessoas, trazendo um evangelho integral que atenda às necessidades espirituais do homem. Precisamos tornar nossas igrejas úteis aos necessitados e os nossos cultos acessíveis a todos, sem exceção. Assim, poderemos vivenciar e demonstrar o amor de Deus pelos povos. Um dos grandes passos para a igreja atual é romper com o evangelho apenas falado e começar a viver um evangelho prático, que caminha em direção às pessoas.
Usando Cristo como exemplo, podemos encontrar os parâmetros necessários para o cumprimento dessa missão. Olhar para Cristo nos levará a abandonar nosso orgulho e hipocrisia, que geram um muro que nos separa da missão autêntica.
Quando deixarmos de lado nosso próprio eu, daremos espaço para que o Espírito Santo aja por nosso intermédio. A missão começa quando experimentamos uma intimidade autêntica com Deus, que nos leva a compreender seu amor, sua graça e sua bondade. Mesmo que isso não seja uma atitude fácil, precisamos caminhar em direção a um processo de busca neotestamentária, seguindo o exemplo dos cristãos do século 1o.
De forma prática, a busca, para responder ao chamado da missão, deve ser uma só. Ou seja, a nossa atitude deve ser a mesma de Cristo Jesus, que, embora fosse Deus, não considerou que ser igual a Deus era algo ao qual deveria apegar-se, antes, esvaziou-se a si mesmo, fazendo-se servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz! (NVI, p. 941)
Referências:
1 RAMOS, Ariovaldo. A ética e a igreja. In: Congresso brasileiro de evangelização II. Missão Integral: proclamar o reino de Deus, vivendo o evangelho de Cristo. Viçosa: Ultimato; Belo Horizonte: Visão Mundial, 2004, p. 201-3.
2 BOSH, D. Missão transformadora: mudanças de paradigma na teologia da missão. São Leopoldo: Sinodal, 2002, p. 447.
MISSÕES NACIONAIS - Pr. Isaías Silva👇
https://www.youtube.com/watch?v=6Z5n1Ef3di8&t=38s
POVOS NÃO ALCANÇADOS
“Por que você demorou tanto”, questiona idoso na China ao ouvir o Evangelho
Os cristãos são altamente perseguidos na China, missionários têm que contrabandear Bíblias, eles apontam que a China não é um lugar fácil para compartilhar o evangelho ou até mesmo carregar uma Bíblia sem ser revistado. Também é difícil para os fiéis adorarem abertamente e publicamente. Os crentes se reúnem em igrejas subterrâneas e até mesmo em cavernas.
De acordo com God TV, às vezes, as pessoas são presas por causa de sua fé. Mas há muitas pessoas famintas pela Palavra de Deus e pela Verdade. Um homem compartilhou uma história sobre seus amigos, Matt e Becca, que eram missionários na China.
“Então ele estava conversando com os americanos que estavam lá. E esse líder da aldeia, depois de ouvir sobre a vida, a morte e a ressurreição de Jesus, disse: ‘Meu Deus, quando isso aconteceu? Foi há duas semanas? Foi há um mês?’”, disse ele.
Sendo assim, os americanos explicaram para ele que isso havia acontecido há 2.ooo anos. O rosto do homem caiu em surpresa com a notícia, pois ele nunca tinha ouvido falar em Jesus Cristo.
“Porque vocês demoraram tanto?”, questionou ele.
FONTE:/www.gospelprime.com.br/por-que-voce-demorou-tanto-questiona-idoso-na-china-ao-ouvir-o-evangelho/
FAZER DISCÍPULOS👇
https://www.youtube.com/watch?v=UZgRxH1JJTM&t=30s
SAIBA QUAIS SÃO AS CIDADES MENOS EVANGELIZADAS DO BRASIL
Segundo pesquisa Datafolha, publicada em janeiro do ano passado pelo jornal “Folha de S.Paulo”, 50% dos brasileiros são católicos, 31% evangélicos, e 10% não possuem religião. A pesquisa – realizada nos dias 5 e 6 de dezembro de 2019, com 2.948 entrevistados em 176 municípios de todo o país – aponta, ainda, que as mulheres representam 58% dos evangélicos e 51% dos católicos.
Ocupar a segunda posição entre as maiores religiões do país tem grande significado, já que antigamente a Igreja católica ocupava a condição de monopólio e pilar da sociedade e era conhecida como “a religião dos brasileiros”. Segundo o artigo Distribuição espacial da transição religiosa no Brasil, publicado em 2017 no site Scielo, “A presença dos chamados “evangélicos de missão” aumentou ao longo do tempo, mas o crescimento expressivo das filiações protestantes só adquiriu expressão de ameaça à hegemonia católica após as sucessivas ondas de crescimento das denominações pentecostais que ocorreram a partir do início do século xx.”
Ainda segundo os autores do artigo é possível perceber que “os cristãos (católicos apostólicos romanos + evangélicos tradicionais e pentecostais) são o grupo religioso amplamente majoritário. Mas o aumento da pluralidade religiosa fez o percentual de cristãos cair de 97% em 1970, para 89,3% em 2000 e para 86,8% em 2010. Além disso, dentro desse grupo há um movimento acelerado de queda dos católicos e de crescimento dos evangélicos.”
PERCENTUAL DE EVANGÉLICOS NO BRASIL
Ainda segundo o levantamento do Datafolha, a região Norte aparece com o maior número de evangélicos em relação às demais regiões do país, com 39%. Em seguida, está o Centro-Oeste com 33%, o Sudeste com 32%, o Sul com 30% e o Nordeste com 27%.
Mesmo com dados e informações bastante relevantes sobre a religião evangélica no Brasil, que faz o nosso país ser considerado “alcançado”, é importante ressaltar que existem diversas cidades que ainda não conhecem o evangelho.
Segundo informações do portal Povos e Línguas:
309: esse é o número mínimo de cidades brasileiras com menos de 5% de cristãos evangélicos.
24: esse é o número mínimo de cidades brasileiras com menos de 2% de cristãos evangélicos, que corresponde a cerca de 84 mil pessoas, sendo que a localização desses municípios é: um em Santa Catarina, um em Minas Gerais, dois no Piauí, dois em Alagoas, dois na Paraíba e 15 no Rio Grande do Sul.
ESTADOS MENOS EVANGELIZADOS DO BRASIL
Ainda segundo informações do portal Povos e Línguas, o Piauí e o Rio Grande do Sul são os dois estados menos evangelizados do nosso país, respectivamente.
O Piauí tem 9,7% de evangélicos, sendo que 24% dos 224 municípios possuem menos de 5% de evangélicos. São 52 cidades abaixo desse grupo. Nesses casos estão os municípios de José de Freitas, Palmeirais e São Miguel do Tapuio.
Já o Rio Grande do Sul, é o estado com o maior número de municípios com menos de 5% de evangélicos: 55 – mesmo tendo 18,3% da população declaradamente cristã evangélica. Dos 55, 48 têm menos de 5 mil habitantes. Os municípios que seriam base aqui são os de Arvorezinha, Coronel Pilar e Fagundes Varela.
Uma característica comum desse grupo de municípios é o fato de serem cidades pequenas. Assim como afirma o missionário Luis André Bruneto, autor do texto do portal Povos e Línguas, do qual algumas informações foram retiradas para a construção desse texto, observar essa característica pode ser um ponto de partida para traçar uma estratégia com o objetivo de cumprir o maior propósito e missão da Igreja de ir por todo o mundo e fazer discípulos de todas as nações (Mt 28.19).
Por Radar Missionário
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Rm.10.15
A IMPORTÂNCIA DO PREPARO MISSIONÁRIO

Observamos que Paulo está preocupado com a continuidade de seu ministério após a sua morte e, por isso, admoesta Timóteo para que transmita todo o conselho de Deus a homens fiéis e esses, por sua vez, transmitiriam a outros, e assim por diante.
Paulo seguia o exemplo de Jesus, demonstrando coragem e disposição em investir tempo com seus discípulos, a fim de prepará-los para uma obra que deveria ser expandida. Jesus nos deu um grande exemplo em como preparar pessoas, ficando três anos com os seus discípulos, ensinando-os dia a dia, até que pudessem levar adiante a obra de Deus. O resultado desse investimento é que todos os discípulos (com exceção de Judas, é claro) tornaram-se missionários e, por conta disso, o evangelho chegou aos cantos mais longínquos da terra. Esses discípulos, seguindo o exemplo do Mestre, plantavam igrejas e faziam discípulos, preparando-os para que dessem continuidade à missão de pregar as boas-novas a toda criatura.
Infelizmente, com o passar dos tempos, a Igreja deixou de se preocupar com o ministério - principal motivo do seu chamado, que é a proclamação do reino de Deus, considerando-o secundário. Para o exercício do ministério, de acordo com o que Deus deseja, a Igreja precisa ter discípulos devidamente preparados, imbuídos de uma visão correta de sua missão. A Igreja deve ter a consciência de que jamais realizará o projeto de Deus se não investir no preparo daqueles que são chamados.
Há algum tempo, pouco era dito sobre a capacitação, principalmente de missionários, mas estudos recentes têm mostrado a urgente necessidade de um bom preparo, a fim de evitar transtornos no campo, inclusive o retorno prematuro dos missionários. Existe uma corrente de pensamento que alega que o preparo missionário não é necessário. De acordo com essa linha de pensamento, é fácil falar de Jesus com quem não temos nenhum tipo de relacionamento ou vínculo; ou seja, com um desconhecido. É só falar de Jesus! A consequência, ao longo da história da Igreja, tem sido perdas irreparáveis de obreiros que abandonaram a obra de Deus por não suportarem as pressões e outros reveses do campo transcultural.
No campo, o missionário enfrenta muitos problemas, como, por exemplo, costumes diferentes, língua, cultura, estresse, depressão, desânimo, além da saudade da família ou país, entre outros fatores. Sem o devido preparo, tudo isso será insuportável. As agências missionárias do Brasil têm se preocupado cada vez mais em preparar adequadamente os candidatos à obra missionária, evitando-se, assim, o seu retorno prematuro.
A capacitação visa preparar o candidato para a complexa tarefa de adaptação cultural e comunicação eficaz do evangelho em outra cultura. Quando há um bom preparo, o missionário, além de estar ciente dos possíveis choques, consegue fazer uma contextualização correta para comunicar a Palavra de Deus com fidelidade, evitando o sincretismo ou o transporte de sua cultura para o povo em meio ao qual está trabalhando.
Está provado que, quanto melhor o preparo, menor o perigo de retorno prematuro e outras consequências desagradáveis ao campo, à agência, à igreja enviadora e ao próprio missionário. Adotar novos costumes é extremamente estressante e gera crise em qualquer pessoa, e essa crise, por sua vez, é comparada à mesma que um soldado experimenta quando vai à guerra. Em razão dessa situação estressante, é preciso que ele tenha uma âncora, pois, caso contrário, perderá facilmente o referencial e fracassará.
Segundo Taylor, em média 5% dos missionários voltam prematuramente e, infelizmente, o Brasil é um dos países que possui a maior taxa de retorno prematuro do mundo, ou seja, 8,5%. A principal causa é a falta de preparo. Esse problema faz parte das causas evitáveis e as agências missionárias podem contribuir para diminuir esse índice investindo num bom preparo de seus candidatos ao campo missionário.
As desistências acontecem porque o missionário não aguenta as pressões do campo e aqueles que não foram treinados ficam evidentemente em desvantagem. Por quê? Entre vários motivos, isso ocorre pela falta de consciência das dificuldades que vai enfrentar. Como praxe, as escolas de missões preparam os candidatos em várias áreas:
Espiritualmente: investimento no crescimento e relacionamento do aluno por meio da oração, do jejum e da leitura bíblica, por entender que estes quesitos são imprescindíveis na vida do missionário.
Relacionamento: aprender a viver em comunidade é fundamental para o desenvolvimento do trabalho missionário bem-sucedido. É importante que o aluno aprenda a viver em comunidade, pois, ali, ele é confrontado e resolve seus conflitos. Isso é necessário para que conheçamos as pessoas que irão para o campo. Se o candidato tem dificuldades em relacionar-se, precisa ser tratado antes de sair, pois, no campo, pode gerar vários problemas.
Psicologicamente: as escolas trabalham o lado psicológico dos candidatos visando conscientizá-los das dificuldades que enfrentarão e, por meio do pastoreio do missionário, dá o acompanhamento específico para ajudá-lo a superar os possíveis traumas e outros problemas.
Culturalmente: o problema do choque cultural tem sido a causa de muitos retornarem do campo. Na escola, ele vai ser conscientizado das dificuldades que pode enfrentar e como lidar com o choque que, inevitavelmente, em maior ou menor proporção, ocorrerá.
A doutora Antonia Leonora van der Meer diz: "O preparo cultural do missionário é a chave para uma boa adaptação, integração no campo e o bom êxito do seu ministério" (revista Capacitando, p. 25). A preparação não elimina automaticamente os problemas de adaptação, mas diminui o impacto dos mesmos, deixando o missionário mais sensível à realidade.
Mas, quando começa o preparo do missionário? Na igreja, evidentemente, mas continua com o curso teológico e a escola de missões. A igreja local deve cumprir o seu papel de preparar e indicar pessoas qualificadas para estudarem e serem enviadas ao campo. Raramente, pensa-se na igreja como um lugar de preparo, no entanto, ela deve ser o primeiro seminário do missionário, depois, sim, o preparo formal. A igreja não pode se esquivar do papel de educação cristã, preparando os seus membros para desempenhar o ministério (Ef 4.12).
O candidato à obra missionária precisa ter maturidade espiritual e emocional, e, acima de tudo, compromisso com Deus. É imprescindível que o candidato conheça bem a Palavra de Deus e tenha forte convicção do chamado de Deus para a sua vida. Deus não chama missionário simplesmente, mas servos que estejam dispostos a dedicarem-se inteiramente a Ele.
Amado leitor, você tem um chamado de Deus para a sua vida e quer que Ele o use na sua obra? Então, "procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja bem a palavra da verdade!" (2Tm 2.15). (Fonte – ICP – Instituto Cristão de Pesquisas.)
O MUNDO É O CAMPO MISSIONÁRIO (Mt 13.38)
1. O campo não é o templo
Ainda que obtenhamos algumas conversões em nossas
igrejas, devemos sempre ter em mente que ela é Casa de
oração (Mt 21.12,13) e de ensino (At 5.21). O exemplo de
Jesus é bem claro neste aspecto em Mateus 9.35, que registra
que Ele percorria todas as cidades e aldeias. A Igreja
Primitiva anunciava as Boas Novas também pelas casas (At 5.42).
Portanto, ainda que o templo seja o local onde o povo
de Deus se reúne para cultuá-lo, não é o campo missionário.
2. O campo não é outra igreja (2 Co 10.16)
O verdadeiro crescimento da igreja é decorrente das almas
que, arrependidas,aceitam a graça de Deus (At 9.31). Não
é o resultado de pessoas salvas que vêm de outras igrejas trazendo
sua carta de mudança. O missionário não deve pescar
no “aquário” alheio, mas sim no alto-mar.
3. O campo é o mundo (Mt 13 38)
A visão da Igreja deve ser missionária. Vejamos algumas
referências bíblicas:
Todas as sinagogas (Mt 4.23; 9.35); todas as aldeias (Mt
9.35); todas as nações (Mt 28.19; Lc 24.47); todo o mundo
(Mt 24.14; Mc 16.15); os confins da terra (At 1.8); os limites
da terra (SI 22.27); as extremidades da terra (Is 49.6); todos os
homens em todo lugar (At 17.30).
Isaías Silva – 11 – 952787366
BASE BÍBLICA DE MISSÕES👇
Evangelismo Online - Como IR sem SAIR
4 pontos cruciais que você precisa saber antes de começar com o evangelismo online:
6 ferramentas indispensáveis ao evangelismo online:
Evangelismo online para igrejas
2 Co.9.7
E dizia-lhes: Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara.
Lc.10.2
Is.55.2
MISSÕES URBANAS
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Pr. Elinaldo Renovato de Lima
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INTRODUÇÃO
Jesus Cristo mandou pregar o evangelho a toda a criatura, em todo o mundo. Nenhum lugar pode ficar excluído e nenhuma pessoa deve ser considerada não-evangelizável. No Brasil, como em muitos países, 80% das pessoas vivem nas cidades, ao contrário do que havia há poucas décadas, quando a maior parte vivia nas áreas rurais. Este é um grande desafio para as igrejas cristãs. As cidades têm grandes e graves problemas, próprios do crescimento urbano desordenado a que são submetidas, tais como concentração excessiva de pessoas, desigualdades sociais, problemas de habitação, favelas, falta de saneamento, de saúde, etc. No que tange à evangelização, as cidades oferecem facilidades e dificuldades, como veremos adiante. As igrejas precisam ter estratégias de trabalho para alcançar as cidades. Há diferenças, entre evangelizar numa Metrópole e num lugar interiorano. Neste estudo, apenas damos uma pequena contribuição à reflexão sobre o assunto. 1.0 FENÔMENO DAS CIDADES No inicio de tudo, os homens viviam em áreas agro-pastoris. Com o passar do tempo, a escassez de bens os obrigava a sair, em busca de outros locais para sobrevivência. Sempre houve uma tendência para os homens se concentrarem em tomo de um núcleo populacional. A famosa TORRE DE BABEL foi uma tentativa de concentração urbana, não aprovada por Deus. Este queria que os homens se multiplicassem, enchendo a Terra. Damy FERREIRA (P. 139) vê a evolução das cidades em várias etapas. A primeira, de 5.000 a.C. a 500 d.C, até à queda de Roma, quando se estabeleceram grandes cidades como Jericó, Biblos, Jerusalém, Babilônia, Nínive, Atenas, Esparta e Roma. Eram as chamadas "polis". A segunda, quando encontramos, na Renascença, já na Idade Moderna, as cidades de Roma, Florença, Constantinopla, Londres, Paris, Toledo, entre outras. Eram as chamadas "neópolis". A terceira, com a Revolução Industrial, por volta de 1750, quando apareceram cidades-pólos, como Nova lorque, Chicago, Londres, Berlim, Paris, Tóquio, Moscou, etc. São as "metrópoles", verdadeiras cidades-mães. A última etapa, já na época atual, suirgem as "megalópoles", com cidades-satélites e bairros ligados uns aos outros. Dentre elas, destacam-se S. Paulo, Rio de janeiro, Tóquio, Londres, N. lorque, etc. As cidades em geral são tratadas como de pequeno, médio e grande porte, dependendo da população, tamanho, influência, etc. 2.0 AS CIDADES NA BÍBLIA Há quem pregue que as cidades são de origem humana, sem a aprovação divina, alegando que a primeira cidade foi criada por um homicida, Caim. E que Deus planejou um jardim e não uma Cidade (Gn 4.17).Depois do Dilúvio, os homens procuraram fazer cidades. Nessa visito, diz-se que há um plano diabólico para as cidades. Elas, quanto maiores, são o refúgio ideal para criminosos, centros de prostituição, do crime, da violência. De fato, as aglomerações urbanas, nos moldes em que sido construídas, resultam em lugares perigosos, onde a qualidade de vida, em geral, torna-se difícil para o bem-estar espiritual e humano. Discordando da opinião dos que vêm a cidade como centros mais favoráveis ao diabo, Ferreira (P. 140) diz que Deus tem planos importantes para as grandes cidades. O Cristianismo surgiu numa grande cidade - Jerusalém - , espalhando-se por grandes centros, como Samaria, e Antioquia. Por outro lado, Deus mandou Abraão sair de Ur, uma grande cidade, e mandou começar a conquista de Canal por Jericó, de porte considerável para sua época. Linthicum, p. 27) diz que "a Cidade é campo de batalha entre Deus e satanás" e que Ele se preocupa com o bem-estar da Cidade (Jn 4.10) e que a atividade redentora de Deus centraliza-se em muito nas cidades (51 46.4-5; Zc 8.3; Mc 15.21.39) ~.31>, lembrando que a vinda do reino de Deus é descrita como a vinda de uma Cidade redimida - a Nova Jerusalém (Ap 21-22). -2- Deus permitiu que Israel construísse cidades (Am 9.14); em Canaã, em meio as cidades tomadas, Deus determinou que houvesse "cidades de refúgio (Nm 35.11). 3. JESUS E AS CIDADES No seu ministério terreno, Jesus desenvolveu a evangelização tanto na área rural como nas cidades. · Andava de cidade em cidade(Lc 8.l); · Chegou á cidade, viu-a e chorou sobre ela (Lc 19.41); · mandou pregar em qualquer cidade ou povoado ~t 10.11). Seguindo o exemplo de Jesus, a igreja atual precisa enfrentar o desafio da evangelização ou das missões urbanas. 4.0 DESAFIO DAS MISSÕES URBANAS As cidades, com sua complexidade social, cultural , econômica, emocional e espiritual, constituem-se campo propício para atuação da igreja ou do inferno; dos cristãos ou dos feiticeiros; dos homens de bem ou dos assassinos. A cidade em que vivemos é campo de batalha entre Deus e o diabo; a cidade pertencerá aos céus ou ao inferno; depende de quem agir com mais eficiência e eficácia, com as forças dos céus ou do inimigo. Segundo LINTHICUM (p. 23), os sistemas sociais, econômicos, políticos, educacionais. e outros, na Cidade, estio sob a influência dos demônios, das potestades das trevas. É preciso muito poder, muita oração, muito jejum e muita ação para que as estruturas das cidades sejam tomadas do poder do inimigo. O desafio é grande. 1'-- o que está conosco é maior do que ele. 4.1. PONTOS FAVORÁVEIS PARA AS MISSÕES URBANAS HESSELGRAVE (p. 71), diz que as cidades são pólos de influência sobre toda uma área a seu redor, sendo, por isso> mais favoráveis para a implantação de igrejas, pelas seguintes razões: 1) Abertura as mudanças; 2) Concentração de recursos; 3) Potencial para contato relevante com as comunidades em redor. 4.2. PONTOS DESFAVORÁVEIS PARA AS MISSÕES URBANAS 1) Populações concentradas verticalmente em edifícios fechados. Os condomínios, hoje, são quase impenetráveis aos que desejam evangelizar pessoalmente. 2) Excesso de entretenimento. Antigamente, só havia um pequeno campo de futebol em cidades de médio porte. Hoje, há estádios grandes, que atraem muita gente; a televisão tirou as pessoas das ruas e as confinou dentro de suas casas. O evangelismo pessoal é muito dificultado nessas condições. O uso da televisão é muito caro para atingir as pessoas confinadas em suas casas. 3) A concentração de igrejas diferentes, além das seitas diversas, causam confusão junto à população. Cada uma evangelizando com mensagens diferentes e contraditórias Parece que há um "supermercado da fé". Há quem ofereça religião como mercadoria mais barata, em "promoção", com descontos (sem exigências, sem compromissos) e há os que "cobram" caro demais, com exigências radicais. 4)0 elevado grau de materialismo e consumismo, do homem urbano faz com que o mesmo sinta-se auto-suficiente, sem a necessidade de Deus. 5) Os movimentos filosófico- religiosos, tipo Nova Era, apontam para uma vida isenta de responsabilidades para com o Deus pessoal, Senhor de todos. Como enfrentar essas dificuldades? 5.0 ESTRATÉGIAS PARA AS MISSÕES URBANAS 1) ORAÇÃO E JEJUM PELA CIDADE. O homem pecador se opõe a Deus (1 Co 2.14; Rm 8.7; Ef 2.1). O diabo força o homem a não buscar a Deus (Ef 2.2; 2 Co 4.4). Qualquer plano de evangelização por melhor que seja, com recursos, métodos, estratégias, fracassará, se tiver o PODER DE DEUS. Este só vem pela busca, pela Oração. Deus age. Fp 1.29; Ef 2.8; Jo 6.44. Os demônios infestam as cidades. Só são expulsos pelo poder da oração (Sl 122; Jr 29.7; Lc 19.41). A oração é a base. 2) PREPARO DAS PESSOAS PARA A EVANGELIZAÇÃO DAS CIDADES. Esse preparo refere-se ao estudo da Palavra de Deus. É o preparo na Palavra (2 Tm 2.15). As seitas preparam bem seus adeptos. As igrejas precisam gastar tempo e recursos no preparo dos que evangelizam. 3) PLANEJAMENTO DA EVANGELIZAÇÃO. O sucesso da evangelização depende do Espírito Santo. Só Ele convence o pecador (Jo 16.8). Entretanto, no que depende de nós, precisamos fazer o que está ao nosso alcance, a nossa parte. a) Definir áreas a serem evangelizadas. (Bairro, quarteirão, ruas) b) Definir os grupos de evangelização c) Distribuir as áreas com os grupos (Rua tal com grupo tal; ou quarteirão tal com tal grupo, etc. d) Estabelecer metas ou alvos (nº de decisões, pessoas batizadas, etc..) e) Preparar os meios necessários: literatura, equipamentos, recursos financeiros, etc. f) Mobilizar todos os setores da igreja para a execução do que for planejado: jovens, adolescentes, adultos, com a LIDERANÇA À FRENTE. 6.0 MÉTODOS DE EVANGELISMO PARA AS MISSÕES URBANAS 6.1. EVANGELISMO PESSOAL. E o mais tradicional e muito eficiente, principalmente nos bairros mais pobres. Inclui pessoa a pessoa; casa-em-casa; evangelização em aeroportos, em bares e restaurantes; co~tagem (venda de livros); ev. em estações rodo e ferroviárias; na entrada de estádios ; em feiras-livres; em filas (INAMPS, bancos, ônibus, etc.); em hospitais, penitenciárias, em escolas (intervalos de aula); 6.2. EVANGELISMO EM GRUPO. Inclui evangelização de grupos de pessoas: grupos de alunos, de professores, de menores abandonados, de homossexuais, de prostitutas, e também os já conhecidos GRUPOS FAMILIARES, ou células de evangelização; reuniões especiais em restaurantes, chás, classes na Escola Dominical (foi criada para isso); evangelização com fitas cassete e de vídeo (reúne-se um grupo); 6.3. EVANGELISMO EM MASSA. Inclui cultos ao ar-livre, série de palestras ou conferências nas igrejas; cruzadas evangelísticas, campanhas. Só tem valor se houver uma preocupação séria com o DISCIPULADO. E melhor preparar , primeiro, as pessoas para fazer o discipulado antes de fazer a evangelização. 7. DISCIPULADO. É indispensável que, em cada igreja ou congregação, haja grupos ou setores de discipulado, que integrem o novo converso de maneira segura e acolhedora. Sem esse trabalho, toda a evangelização fica frustrada. Perdem-se mais de 90% das decisões em pouco tempo. 8. MEIOS PARA A EVANGELIZAÇÃO URBANA 1) Programas de rádio e de televisão; 2) Adesivos para veículos; 3) Revistas, e jornais para autoridades, consultórios médicos; 4) Apresentações de corais, bandas e conjuntos em público, em praças, em escolas, em bancos, em repartições; 5) Distribuição de Bíblias a autoridades; 6) Literatura (folhetos) bem selecionados; 7) Exposição de Bíblias e de literatura evangélica; 8) Artigos em jornais da cidade; 9) Telefone; 10) Cartas e cartões-postais; e muitos outros... BIBLIOGRAFIA FERREIRA, Dam. Evangelismo total Rio, Juerp, 1990. HESSELGRAVE, David J. Plantando igrejas. 5. Paulo, Vida Nova, s.d. LINTHICUM, Roberto. A transformação da cidade. Belo Horizonte, Missão Editora, 1990. |
Pr. Elinaldo Renovato de Lima
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INTRODUÇÃO
Jesus Cristo mandou pregar o evangelho a toda a criatura, em todo o mundo. Nenhum lugar pode ficar excluído e nenhuma pessoa deve ser considerada não-evangelizável. No Brasil, como em muitos países, 80% das pessoas vivem nas cidades, ao contrário do que havia há poucas décadas, quando a maior parte vivia nas áreas rurais. Este é um grande desafio para as igrejas cristãs. As cidades têm grandes e graves problemas, próprios do crescimento urbano desordenado a que são submetidas, tais como concentração excessiva de pessoas, desigualdades sociais, problemas de habitação, favelas, falta de saneamento, de saúde, etc. No que tange à evangelização, as cidades oferecem facilidades e dificuldades, como veremos adiante. As igrejas precisam ter estratégias de trabalho para alcançar as cidades. Há diferenças, entre evangelizar numa Metrópole e num lugar interiorano. Neste estudo, apenas damos uma pequena contribuição à reflexão sobre o assunto. 1.0 FENÔMENO DAS CIDADES No inicio de tudo, os homens viviam em áreas agro-pastoris. Com o passar do tempo, a escassez de bens os obrigava a sair, em busca de outros locais para sobrevivência. Sempre houve uma tendência para os homens se concentrarem em tomo de um núcleo populacional. A famosa TORRE DE BABEL foi uma tentativa de concentração urbana, não aprovada por Deus. Este queria que os homens se multiplicassem, enchendo a Terra. Damy FERREIRA (P. 139) vê a evolução das cidades em várias etapas. A primeira, de 5.000 a.C. a 500 d.C, até à queda de Roma, quando se estabeleceram grandes cidades como Jericó, Biblos, Jerusalém, Babilônia, Nínive, Atenas, Esparta e Roma. Eram as chamadas "polis". A segunda, quando encontramos, na Renascença, já na Idade Moderna, as cidades de Roma, Florença, Constantinopla, Londres, Paris, Toledo, entre outras. Eram as chamadas "neópolis". A terceira, com a Revolução Industrial, por volta de 1750, quando apareceram cidades-pólos, como Nova lorque, Chicago, Londres, Berlim, Paris, Tóquio, Moscou, etc. São as "metrópoles", verdadeiras cidades-mães. A última etapa, já na época atual, suirgem as "megalópoles", com cidades-satélites e bairros ligados uns aos outros. Dentre elas, destacam-se S. Paulo, Rio de janeiro, Tóquio, Londres, N. lorque, etc. As cidades em geral são tratadas como de pequeno, médio e grande porte, dependendo da população, tamanho, influência, etc. 2.0 AS CIDADES NA BÍBLIA Há quem pregue que as cidades são de origem humana, sem a aprovação divina, alegando que a primeira cidade foi criada por um homicida, Caim. E que Deus planejou um jardim e não uma Cidade (Gn 4.17).Depois do Dilúvio, os homens procuraram fazer cidades. Nessa visito, diz-se que há um plano diabólico para as cidades. Elas, quanto maiores, são o refúgio ideal para criminosos, centros de prostituição, do crime, da violência. De fato, as aglomerações urbanas, nos moldes em que sido construídas, resultam em lugares perigosos, onde a qualidade de vida, em geral, torna-se difícil para o bem-estar espiritual e humano. Discordando da opinião dos que vêm a cidade como centros mais favoráveis ao diabo, Ferreira (P. 140) diz que Deus tem planos importantes para as grandes cidades. O Cristianismo surgiu numa grande cidade - Jerusalém - , espalhando-se por grandes centros, como Samaria, e Antioquia. Por outro lado, Deus mandou Abraão sair de Ur, uma grande cidade, e mandou começar a conquista de Canal por Jericó, de porte considerável para sua época. Linthicum, p. 27) diz que "a Cidade é campo de batalha entre Deus e satanás" e que Ele se preocupa com o bem-estar da Cidade (Jn 4.10) e que a atividade redentora de Deus centraliza-se em muito nas cidades (51 46.4-5; Zc 8.3; Mc 15.21.39) ~.31>, lembrando que a vinda do reino de Deus é descrita como a vinda de uma Cidade redimida - a Nova Jerusalém (Ap 21-22). -2- Deus permitiu que Israel construísse cidades (Am 9.14); em Canaã, em meio as cidades tomadas, Deus determinou que houvesse "cidades de refúgio (Nm 35.11). 3. JESUS E AS CIDADES No seu ministério terreno, Jesus desenvolveu a evangelização tanto na área rural como nas cidades. · Andava de cidade em cidade(Lc 8.l); · Chegou á cidade, viu-a e chorou sobre ela (Lc 19.41); · mandou pregar em qualquer cidade ou povoado ~t 10.11). Seguindo o exemplo de Jesus, a igreja atual precisa enfrentar o desafio da evangelização ou das missões urbanas. 4.0 DESAFIO DAS MISSÕES URBANAS As cidades, com sua complexidade social, cultural , econômica, emocional e espiritual, constituem-se campo propício para atuação da igreja ou do inferno; dos cristãos ou dos feiticeiros; dos homens de bem ou dos assassinos. A cidade em que vivemos é campo de batalha entre Deus e o diabo; a cidade pertencerá aos céus ou ao inferno; depende de quem agir com mais eficiência e eficácia, com as forças dos céus ou do inimigo. Segundo LINTHICUM (p. 23), os sistemas sociais, econômicos, políticos, educacionais. e outros, na Cidade, estio sob a influência dos demônios, das potestades das trevas. É preciso muito poder, muita oração, muito jejum e muita ação para que as estruturas das cidades sejam tomadas do poder do inimigo. O desafio é grande. 1'-- o que está conosco é maior do que ele. 4.1. PONTOS FAVORÁVEIS PARA AS MISSÕES URBANAS HESSELGRAVE (p. 71), diz que as cidades são pólos de influência sobre toda uma área a seu redor, sendo, por isso> mais favoráveis para a implantação de igrejas, pelas seguintes razões: 1) Abertura as mudanças; 2) Concentração de recursos; 3) Potencial para contato relevante com as comunidades em redor. 4.2. PONTOS DESFAVORÁVEIS PARA AS MISSÕES URBANAS 1) Populações concentradas verticalmente em edifícios fechados. Os condomínios, hoje, são quase impenetráveis aos que desejam evangelizar pessoalmente. 2) Excesso de entretenimento. Antigamente, só havia um pequeno campo de futebol em cidades de médio porte. Hoje, há estádios grandes, que atraem muita gente; a televisão tirou as pessoas das ruas e as confinou dentro de suas casas. O evangelismo pessoal é muito dificultado nessas condições. O uso da televisão é muito caro para atingir as pessoas confinadas em suas casas. 3) A concentração de igrejas diferentes, além das seitas diversas, causam confusão junto à população. Cada uma evangelizando com mensagens diferentes e contraditórias Parece que há um "supermercado da fé". Há quem ofereça religião como mercadoria mais barata, em "promoção", com descontos (sem exigências, sem compromissos) e há os que "cobram" caro demais, com exigências radicais. 4)0 elevado grau de materialismo e consumismo, do homem urbano faz com que o mesmo sinta-se auto-suficiente, sem a necessidade de Deus. 5) Os movimentos filosófico- religiosos, tipo Nova Era, apontam para uma vida isenta de responsabilidades para com o Deus pessoal, Senhor de todos. Como enfrentar essas dificuldades? 5.0 ESTRATÉGIAS PARA AS MISSÕES URBANAS 1) ORAÇÃO E JEJUM PELA CIDADE. O homem pecador se opõe a Deus (1 Co 2.14; Rm 8.7; Ef 2.1). O diabo força o homem a não buscar a Deus (Ef 2.2; 2 Co 4.4). Qualquer plano de evangelização por melhor que seja, com recursos, métodos, estratégias, fracassará, se tiver o PODER DE DEUS. Este só vem pela busca, pela Oração. Deus age. Fp 1.29; Ef 2.8; Jo 6.44. Os demônios infestam as cidades. Só são expulsos pelo poder da oração (Sl 122; Jr 29.7; Lc 19.41). A oração é a base. 2) PREPARO DAS PESSOAS PARA A EVANGELIZAÇÃO DAS CIDADES. Esse preparo refere-se ao estudo da Palavra de Deus. É o preparo na Palavra (2 Tm 2.15). As seitas preparam bem seus adeptos. As igrejas precisam gastar tempo e recursos no preparo dos que evangelizam. 3) PLANEJAMENTO DA EVANGELIZAÇÃO. O sucesso da evangelização depende do Espírito Santo. Só Ele convence o pecador (Jo 16.8). Entretanto, no que depende de nós, precisamos fazer o que está ao nosso alcance, a nossa parte. a) Definir áreas a serem evangelizadas. (Bairro, quarteirão, ruas) b) Definir os grupos de evangelização c) Distribuir as áreas com os grupos (Rua tal com grupo tal; ou quarteirão tal com tal grupo, etc. d) Estabelecer metas ou alvos (nº de decisões, pessoas batizadas, etc..) e) Preparar os meios necessários: literatura, equipamentos, recursos financeiros, etc. f) Mobilizar todos os setores da igreja para a execução do que for planejado: jovens, adolescentes, adultos, com a LIDERANÇA À FRENTE. 6.0 MÉTODOS DE EVANGELISMO PARA AS MISSÕES URBANAS 6.1. EVANGELISMO PESSOAL. E o mais tradicional e muito eficiente, principalmente nos bairros mais pobres. Inclui pessoa a pessoa; casa-em-casa; evangelização em aeroportos, em bares e restaurantes; co~tagem (venda de livros); ev. em estações rodo e ferroviárias; na entrada de estádios ; em feiras-livres; em filas (INAMPS, bancos, ônibus, etc.); em hospitais, penitenciárias, em escolas (intervalos de aula); 6.2. EVANGELISMO EM GRUPO. Inclui evangelização de grupos de pessoas: grupos de alunos, de professores, de menores abandonados, de homossexuais, de prostitutas, e também os já conhecidos GRUPOS FAMILIARES, ou células de evangelização; reuniões especiais em restaurantes, chás, classes na Escola Dominical (foi criada para isso); evangelização com fitas cassete e de vídeo (reúne-se um grupo); 6.3. EVANGELISMO EM MASSA. Inclui cultos ao ar-livre, série de palestras ou conferências nas igrejas; cruzadas evangelísticas, campanhas. Só tem valor se houver uma preocupação séria com o DISCIPULADO. E melhor preparar , primeiro, as pessoas para fazer o discipulado antes de fazer a evangelização. 7. DISCIPULADO. É indispensável que, em cada igreja ou congregação, haja grupos ou setores de discipulado, que integrem o novo converso de maneira segura e acolhedora. Sem esse trabalho, toda a evangelização fica frustrada. Perdem-se mais de 90% das decisões em pouco tempo. 8. MEIOS PARA A EVANGELIZAÇÃO URBANA 1) Programas de rádio e de televisão; 2) Adesivos para veículos; 3) Revistas, e jornais para autoridades, consultórios médicos; 4) Apresentações de corais, bandas e conjuntos em público, em praças, em escolas, em bancos, em repartições; 5) Distribuição de Bíblias a autoridades; 6) Literatura (folhetos) bem selecionados; 7) Exposição de Bíblias e de literatura evangélica; 8) Artigos em jornais da cidade; 9) Telefone; 10) Cartas e cartões-postais; e muitos outros... BIBLIOGRAFIA FERREIRA, Dam. Evangelismo total Rio, Juerp, 1990. HESSELGRAVE, David J. Plantando igrejas. 5. Paulo, Vida Nova, s.d. LINTHICUM, Roberto. A transformação da cidade. Belo Horizonte, Missão Editora, 1990. |
O Evangelismo Resolve os Problemas
O evangelismo enche de pessoas qualquer igreja. Encheu as igrejas metodistas há mais de duzentos anos. O metodismo nasceu por causa do evangelismo. Esse movimento wesleyano só cresce e tem vida em função do evangelismo. A igreja de Cristo só é igreja por causa do evangelismo, desde os dias dos apóstolos. É o que leva as pessoas à salvação. Os novos convertidos vão ocupando os assentos (até então vazios) das igrejas.
Além disso, o evangelismo resolve o problema financeiro. Tudo quanto Pedro teve de fazer foi apanhar o peixe: o dinheiro encontrava-se em sua boca. Sempre foi assim. Basta que conquistemos os perdidos para Cristo, que estes suprem os recursos para levar avante a sua obra. É pelo fato de o evangelismo haver-se amortecido que tantas de nossas igrejas foram obrigadas a fechar as portas.
A Igreja dos Povos não é exceção. Ao longo de todos os anos de sua existência, temos conduzido um contínuo ministério de evangelismo, e continuamos a evangelizar. Entoamos hinos de louvor de teor evangelístico e pregamos sermões que anunciam a salvação em Cristo.
Temos usado muito o rádio. Durante duas horas e meia, todos os domingos à noite, vamos ao ar. Desse modo milhares e milhares de ouvintes recebem a mensagem do Evangelho.
Todos os domingos à noite fazemos um apelo. Não nos limitamos a pregar e anunciar a benção final. Oferecemos com insistência ao auditório na igreja a oportunidade de as pessoas aceitarem a Cristo. Convidamos a todos para uma conversa pessoal. É muito duvidoso que passe uma semana sem que algumas almas sejam salvas. Sabemos perfeitamente bem que a Igreja tem de evangelizar, porque do contrário ela se fossiliza. Dedicamo-nos à evangelização porque a igreja que não evangeliza em breve deixará de ser evangélica.
Nossa declaração de fé afirma que nosso maior interesse é, antes de mais nada, a conversão das almas, a edificação dos crentes e o evangelismo de escopo mundial. E nada há em nossa confissão que não apareça à primeira vista. Alguns nos chamariam de antiquados, só porque ainda cremos na “conversão de almas”. Mas o homem necessita da salvação. Essa verdade, tão negligenciada hoje em dia, precisa ser destacada agora, mais do que nunca. Além disso, os crentes devem ser edificados na fé. E nosso evangelismo sob hipótese alguma se confina à nossa própria cidade. Graças a Deus nosso evangelismo tem alcance mundial. Cremos no trabalho das missões estrangeiras e dele nos orgulhamos genuinamente.
Os Quatros elementos Essenciais
Você já viu nossos quatros elementos essenciais do evangelismo: a Salvação, a Vida Interior Profunda, as Missões Estrangeiras e o Segundo Advento de nosso Senhor. Não desconsideramos outros elementos igualmente importantes. De forma alguma. Mas é em torno dessas verdades que se concentram os ensinos vitais das Escrituras.
Pregamos tudo quanto está envolvido na vida interior mais profunda. Deus quer que os seus filhos sejam cheios do Espírito Santo, que sejam vitoriosos sobre o pecado e que lhe pertençam integralmente, cem por cento. Que os crentes tenham entregado tudo ao Senhor, separados de vez do mundo e suas obras, para que possam ser usados ao máximo. Enfatizamos o Espírito Santo como uma Pessoa divina, e não tanto os dons, as experiências e manifestações do Espírito. “Tudo em Jesus, e Jesus em tudo”.
Por outro lado não ousamos negligenciar a bendita verdade da Segunda Vinda de Jesus. Essa é a grande esperança da Igreja. Nosso Senhor em breve voltará. Não frisamos as interpretações detalhadas e pessoais das profecias, pois quanto a isso os homens sempre diferiram e sempre hão de diferir. Podemos discordas das pessoas e continuar sendo seus irmãos, mas insistimos sobre a importantíssima verdade do retorno pessoal e visível de nosso Senhor, o que será coroado pelo estabelecimento do Seu reino.
Nossa declaração de fé termina com as palavras: “Esforçando-nos por todos os meios por levar o Evangelho às massas em Cristo, tanto no âmbito nacional como no estrangeiro, no menor prazo possível”. Afinal de contas, esse é nosso alvo principal. Para ter precisamos dar. Para colher precisamos distribuir. Foi para isso que Cristo veio, viveu, morreu, ressuscitou e enviou o Espírito Santo. Essa é a suprema tarefa da Igreja. É por esse motivo que existimos. Nossa tarefa primordial consiste em anunciar o Evangelho, propagando-o por todos os meios legítimos.
Em especial, compete-nos levar o Evangelho às massas que ainda não têm Cristo. Precisamos estar altruisticamente interessados em levá-lo, por semelhante modo, aos campos estrangeiros, e não só ao nosso país. É justamente ao seguir o programa de nosso Senhor, que consiste de pregar o Evangelho do reino “em todo o mundo, em testemunho a todas as nações” (Matheus 24:14), que poderemos abreviar a sua vinda, visto que Deus está visitando os gentios a fim de “... tomar dentre eles um povo para seu nome” (Atos 15:14).
Oh, que visão arrebatadora! Que chamado tremendo! É um trabalho magnífico! Como pode alguém criticar malevolamente um programa como esse? Haverá alguém que ame ao Senhor e que advogue os grandes princípios fundamentais da fé, e que apesar disso se recuse a dar cem por cento de apoio a essa causa? Deveríamos louvar a Deus por um evangelismo salutar e bíblico, rogar-lhe um reavivamento que inflame as almas, uma chama que venha não do homem nem da vontade da carne, e sim, de Deus.
Com toda fé no Senhor, lancemo-nos ao evangelismo. Mantenhamo-nos firmes nesse trabalho, sem cansaço, para que os homens tenham a oportunidade de ouvir o Evangelho, e venham a ser salvos. Que os ministros do Evangelho, os verdadeiros ministros de Deus, dediquem-se ao evangelismo em seus próprios púlpitos. Que façam de suas igrejas centros ativos de evangelização, pois Deus abençoa a pregação do Evangelho de forma muitíssimo especial. Ele colocará seu selo de aprovação sobre o evangelismo, sob a forma de salvação de almas, de restauração de desviados, e de edificação dos crentes, porquanto o evangelismo continua sendo a prioridade número um.
(Paixão pelas Almas - Oswald Smith)
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