

A teologia não é nada mais do que a gramática da língua do Espírito
Santo.
(Martinho Lutero)
ENTENDES TU O QUE LÊS?
Toda palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele.Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda, e sejas achado mentiroso.
E eu, irmãos, apliquei essas coisas, por semelhança, a mim e a Apolo, por amor de vós, para que, em nós, aprendais a não ir além do que está escrito, não vos ensoberbecendo a favor de um contra outro.
Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro;19 e, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida e da Cidade Santa, que estão escritas neste livro.
Estas são as origens dos céus e da terra, quando foram criados; no dia em que o Senhor Deus fez a terra e os céus.
Gênesis 2:4
CURIOSIDADE SOBRE GÊNESIS👇
VOCÊ SABE QUAL A ORDEM CRONOLÓGICA DO AT?👇
No princípio, criou Deus os céus e a terra.
Gênesis 1:1


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Como a Bíblia foi escrita
Deus é o verdadeiro autor da Bíblia, foi Ele quem inspirou os homens na elaboração de cada livro: "Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo." (2 Pedro 1:20-22).
Segundo estudiosos, cerca de 40 pessoas escreveram os livros bíblicos num período aproximado de 1600 anos entre o primeiro e o último escritor - de Moisés a João Evangelista. Apesar de tantos livros escritos e poucas ligações entre os seus escritores, a Bíblia se mostra inerrante e infalível.
Material Usado na Escrita do AT.
1. Papiro.
Também conhecido como junco, é uma planta aquática muito comum no Egito (Ex 2.3; Jó 8.11; Is 18.2). Do cerne de seu caule produzia-se um material semelhante à folha de papel, que os antigos usavam para a escrita. Os primeiros livros da Bíblia tiveram como matéria-prima o papiro.
O Novo Testamento faz menção do papiro (2 Jo 12), da tinta nele utilizada, no grego melan (2 Co 3.3; 2 Jo 12); e da pena empregada para nele se escrever, kalamos em grego (3 Jo 13). Do vocábulo papiro originou-se a palavra papel.
2. Pergaminho. O nome deste material provém de Pérgamo – cidade da Ásia Menor, na atual Turquia, onde originalmente era ele produzido. Fabricado com peles de cabra, ou de ovelhas, o pergaminho era submetido a vários processos industriais até estarem completamente prontos para a escrita.
O pergaminho, conhecido também como couro ou velino, era duradouro que o papiro, porém muito mais caro. E embora os livros dos tempos apostólicos fossem de pergaminhos, os papiros jamais deixaram de ser usados. Paulo menciona o pergaminho numa de suas cartas (2 Tm 4.13).
Divisão da Bíblia: entenda como foi formada e está organizada
A Bíblia é um conjunto de 66 livros, que foram escritos entre 1500 - 1400 a.C. e 100 d.C. A Bíblia Sagrada é dividida em duas grandes partes: o Antigo Testamento - ou Velho Testamento - composto por 39 livros e o Novo Testamento que reúne 27 livros. Dentro dessas duas partes, ela ainda contém 8 grupos de livros, como pode ser conferido abaixo. Ter uma Bíblia é ter uma biblioteca em mãos!
A palavra 'bíblia' é o plural da palavra grega biblos que significa 'livro'. A palavra também remete a cidade do Líbano chamada Biblos - que atualmente se chama Jbeil - local onde eram produzidos os papiros comercializados na Grécia Antiga.
Todos os textos bíblicos foram escritos originalmente em hebraico e grego, com poucas partes em aramaico. Cada livro foi elaborado em épocas distintas, sendo reunidos nos primeiros séculos da igreja cristã.
Antigo Testamento:
1. Pentateuco
O Pentateuco - do grego pentateuchos, que significa 'livro de cinco volumes' - é composto pelos 5 primeiros livros da Bíblia. Estes fazem parte da Torá, o Livro da Lei para os judeus. Todos estão dispostos em ordem cronológica. São eles: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
2. Livros Históricos
Este conjunto é formado por 12 livros que contam a história do povo de Israel desde a conquista da Terra Prometida até o exílio babilônico. Os 12 livros também estão em ordem cronológica: Josué, Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.
3. Livros Poéticos
5 livros fazem parte deste grupo. São poesias, sabedorias, provérbios e cânticos. Estes estão organizados por ordem de relevância, são eles: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares
4. Profetas Maiores
Os livros proféticos - num total de 17 - são registros dos profetas sobre o Povo de Israel. Neste grupo há uma subdivisão - profetas maiores e menores - organizados por ordem de relevância. Fazem parte dos profetas maiores 5 livros: Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel e Daniel.
5. Profetas Menores
Neste grupo estão organizados 12 livros proféticos. A nomenclatura não quer dizer que um profeta era "maior do que o outro", na verdade, a definição está relacionada a extensão da obra literária. Os livros dos profetas menores tem menos capítulos do que os livros dos profetas maiores, são eles: Oseias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
Período Intertestamentário (ou Interbíblico)
Este período remete ao que não foi escrito, é justamente o espaço de tempo em que nada foi profetizado entre o Antigo e o Novo Testamento. Os "anos de silêncio" durou aproximadamente 400 anos.
Novo Testamento:
1. Evangelhos
Os 4 Evangelhos relatam o nascimento, o ministério, a morte, a ressurreição e a ascensão de Jesus. Destes, 3 Evangelhos são denominados como sinóticos - que tem a mesma visão - pois respeitam a mesma sequência de fatos. Apenas o Evangelho de João se difere dos demais por ter diferenças em vários detalhes, na ênfase e no vocabulário. São os 4 livros: Mateus, Marcos, Lucas e João.
2. A História da Igreja Primitiva
É composto por apenas um livro histórico. O livro aborda sobre a implementação da Igreja Primitiva depois do derramar do Espírito Santo e a expansão do Evangelho. O livro é conhecido como Atos dos Apóstolos.
3. Epístolas ou Cartas Apostólicas
São cartas apostólicas direcionadas às primeiras igrejas espalhadas no mundo antigo, são um total de 21 cartas. Todas as cartas estão organizadas cronologicamente, sendo que as 13 primeiras cartas são de autoria do Apóstolo Paulo, são elas: Romanos, I e II Coríntios, Gálatas, Efésios, Felipenses, Colossenses, I e II Tessalonicenses, I e II Timóteo, Tito e Filemon. Já as 8 cartas restantes foram escritas por outros autores, são elas: Hebreus, Tiago, I e II Pedro, I, II e III João e Judas.
4. Apocalipse ou Revelação
No caso, apenas o Livro de Apocalipse - escrito por João Evangelista - faz parte desta categoria.
LIVROS DA BÍBLIA SAGRADA - CLASSIFICAÇÃO👇
O QUE É ESCATOLOGIA👇
tomaram ramos de palmeiras, e saíram-lhe ao encontro, e clamavam: Hosana! Bendito o Rei de Israel que vem em nome do Senhor!
E achou Jesus um jumentinho e assentou-se sobre ele, como está escrito:
Não temas, ó filha de Sião! Eis que o teu Rei vem assentado sobre o filho de uma jumenta.
João 12:13-15
A IMPORTÂNCIA DO CONTEXTO NA LEITURA BÍBLICA👇
HOMILÉTICA - Ricardo Gondin👇
Enquanto o aliancismo enatiza a continuidade das promessas divinas ao longo da história, o dispensacionalismo destaca a distinção entre os diferentes períodos da história da salvação.
Métodos Interpretação Bíblica A teologia cristã é uma área vasta e complexa, caracterizada por diversas escolas de pensamento e interpretações teológicas. Duas dessas correntes de pensamento, dentro teologia protestante, têm desempenhado um papel significativo na compreensão das Escrituras e da teologia cristã são o Dispensacionalismo e o Aliancismo; abordagens interpretativas da Bíblia que têm se destacado no âmbito das comunidades cristãs, tanto no Brasil quanto globalmente. Embora ambas sejam ramificações do cristianismo evangélico e compartilhem muitos princípios fundamentais, existem diferenças notáveis que afetam suas interpretações das Escrituras e suas visões do plano divino para a história humana. Para uma análise equitativa, é crucial considerar de maneira imparcial os fundamentos de cada um desses sistemas de interpretação bíblica.
DISPENSACIONALISMO O dispensacionalismo, por exemplo, representa um sistema teológico que se baseia em duas estruturas centrais: a interpretação literal das profecias bíblicas e a separação entre Israel e a igreja dentro do plano divino. Defensores dessa perspectiva argumentam que a Bíblia endossa claramente essa abordagem; bem como, o cumprimento literal das profecias referentes a Jesus Cristo no Antigo Testamento é visto como prova inequívoca dessa posição. Consequentemente, esse ponto de vista enfatiza a superioridade do método literal de interpretação. Neste sistema teológico argumenta-se que, a falta de adoção da interpretação literal no estudo das Escrituras poderia resultar na ausência de um critério objetivo para sua compreensão. Assim sendo, sob essa premissa, a teologia dispensacionalista sustenta a ideia de dois grupos distintos: Israel e a igreja. De acordo com esse sistema, a Bíblia é dividida em sete dispensações: Inocência, Consciência, Governo Humano, Promessa, Lei, Graça e Reino Milenar. A ênfase na divisão da história humana em diferentes “dispensações” ou eras, justifica-se diante das suas próprias características e propósitos específicos divinos. Uma das características distintivas do Dispensacionalismo é a ênfase nas profecias do Antigo Testamento, particularmente aquelas relacionadas a Israel, como eventos futuros que ainda serão cumpridos literalmente. Isso inclui a reconstrução do Templo de Jerusalém e o papel central de Israel nas profecias escatológicas. Os dispensacionalistas acreditam que Deus tem diferentes planos para Israel e a Igreja e que esses planos são independentes um do outro. Eles veem o retorno de Cristo em duas fases: a primeira para arrebatar a Igreja (o Arrebatamento) e a segunda para estabelecer Seu reinado milenar na Terra. Autores proeminentes defensores do Dispensacionalismo:
John Nelson Darby, uma figura proeminente do século XIX, destacou a importância da interpretação das Escrituras à luz das diferentes dispensações, ressaltando a distinção entre Israel e a Igreja em obras como “Notas e Comentários sobre o Livro do Gênesis”.
Charles C. Ryrie, autor de “Dispensationalism Today”, desenvolveu ainda mais as ideias de Darby, enfatizando a interpretação das profecias bíblicas de forma literal. Ryrie argumenta que as diferentes dispensações representam vários aspectos do plano redentor de Deus, com a distinção entre Israel e a Igreja sendo central para a correta compreensão da escatologia bíblica.
C.I. Scofield, defensor notável do dispensacionalismo, ficou famoso por sua “Bíblia de Referência Scofield“. Scofield popularizou o dispensacionalismo entre os cristãos americanos, enfatizando a distinção entre Israel e a Igreja, bem como a interpretação das Escrituras à luz das diferentes dispensações. Sua abordagem teve um impacto significativo na teologia evangélica americana no século XX. ALIANCISMO ou TEOLOGIA DO PACTO Uma perspectiva de continuidade teológica: o Aliancismo, como corrente teológica, enfatiza a continuidade das alianças divinas ao longo da história bíblica. Também conhecida como Teologia do Pacto, sua abordagem teológica enfatiza a ideia de alianças entre Deus e a humanidade. Os aliancistas argumentam que as Escrituras podem ser compreendidas melhor quando vistas como um desenvolvimento progressivo das promessas de Deus por meio de alianças. Diante disto, existem várias alianças principais nas Escrituras, incluindo a aliança adâmica, a noaica, a abraâmica, a mosaica e a nova aliança em Cristo. A centralidade da aliança de Deus com Abraão e, subsequentemente, com Israel, é enfatizada como uma promessa cumprida em Jesus Cristo, que estende a salvação a todas as nações. A perspectiva Aliancista interpreta as escrituras por meio de uma lente histórica, sublinhando a importância da interpretação contextual para entender o plano redentor de Deus. O cumprimento das promessas bíblicas é percebido como realização em Cristo e na igreja, representando uma continuidade da história de redenção. Uma característica essencial do Aliancismo é a crença de que as promessas feitas por Deus a Israel no Antigo Testamento foram transferidas para a Igreja no Novo Testamento, levando à ideia de que a Igreja é a continuação espiritual de Israel. Portanto, o Aliancismo tende a interpretar as profecias do Antigo Testamento, especialmente as relacionadas a Israel, de maneira alegórica e espiritualizada. Ou seja, a espiritualização/substituição (teologia da substituição) das promessas feitas a Israel no Antigo Testamento e sua aplicação à Igreja no Novo Testamento são justificadas pela rejeição de Israel e de seu Messias.
Autores proeminentes defensores do Aliancismo:
Geerhardus Vos, conhecido por sua obra seminal “Teologia Bíblica”, destaca a unidade e coerência do plano redentor de Deus, argumentando que as promessas feitas por Deus no Antigo Testamento são cumpridas em Cristo, evidenciando a continuidade entre as Escrituras judaicas e cristãs.
Herman Ridderbos, em seu livro “A Obra de Cristo e suas Etapas”, defende uma perspectiva aliancista, enfatizando a centralidade de Cristo na história da redenção. Ridderbos destaca a unidade dos propósitos divinos ao longo das várias etapas da história bíblica, ressaltando a importância das alianças estabelecidas por Deus com seu povo.
O. Palmer Robertson, relevante no campo do Aliancismo, em sua obra notável “Cristo no Antigo Testamento”, Robertson argumenta que a promessa de um redentor é um tema central que percorre toda a Escritura, unificando o Antigo e o Novo Testamento. Ele destaca a importância de compreender a obra redentora de Cristo à luz das alianças estabelecidas por Deus com seu povo ao longo da história. Diferenças Chave (para facilitar segue a cor: Aliancismo e Dispensacionalismo) Existem várias diferenças chave entre o Aliancismo e o Dispensacionalismo:
1. Interpretação das Profecias: O Aliancismo tende a interpretar as profecias, especialmente as relacionadas a Israel, de maneira espiritualizada e alegórica, enquanto o Dispensacionalismo as interpreta de forma literal.
2. Relação entre Israel e a Igreja: O Aliancismo vê a Igreja como a continuação espiritual de Israel, enquanto o Dispensacionalismo acredita que Israel e a Igreja são entidades distintas com planos separados.
3. Divisão da História: O Dispensacionalismo divide a história em diferentes dispensações, cada uma com seu propósito específico, enquanto o Aliancismo enfatiza o desenvolvimento progressivo das alianças de Deus com a humanidade.
4. Escatologia: O Aliancismo NÃO SEPARA a segunda vinda de Cristo em duas fases, enquanto o Dispensacionalismo defende o Arrebatamento pré-tribulacional seguido pelo reinado milenar de Cristo. Conclusão Em síntese, as diferenças fundamentais entre o Aliancismo e o Dispensacionalismo residem em suas abordagens distintas em relação à continuidade versus descontinuidade na história da salvação e ao papel de Israel na teologia escatológica. Ambos representam duas abordagens teológicas distintas na interpretação das Escrituras e na compreensão do plano de Deus para a história humana. Enquanto o aliancismo enfatiza a continuidade das promessas divinas ao longo da história, o dispensacionalismo destaca a distinção entre os diferentes períodos da história da salvação. Embora compartilhem raízes no cristianismo evangélico, suas diferenças fundamentais têm impacto nas interpretações das profecias bíblicas e na relação entre Israel e a Igreja. Ambos os sistemas teológicos desempenham papéis significativos no debate teológico e continuam a influenciar a interpretação das Escrituras entre estudiosos e teólogos cristãos contemporâneos. Ao considerar as obras dos principais autores em ambos os campos, torna-se evidente que a compreensão da relação entre o Antigo e o Novo Testamento continua a desempenhar um papel crucial na teologia cristã contemporânea.
Written by Jussiê Ferreira
Publish on outubro 22, 2023
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"E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo", Heb. 9:27
Dentre as diversas verdades que esse texto ensina, ressalta-se alguns pontos importantes: 𝟭. 𝗔 𝗠𝗢𝗥𝗧𝗘 𝗙𝗔𝗭 𝗣𝗔𝗥𝗧𝗘 inevitavelmente da existência humana, se existe a vida, a morte é seu oposto.
𝟮. 𝗧𝗢𝗗𝗢𝗦 𝗜𝗥𝗘𝗠𝗢𝗦 𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗔́-𝗟𝗔, independente de cor, nacionalidade, classe social, um dia terá que enfrentá-la.
𝟯. 𝗦𝗔𝗕𝗘𝗡𝗗𝗢 𝗗𝗔 𝗩𝗘𝗥𝗗𝗔𝗗𝗘. Uma vez ocorrida a morte, no primeiro segundo em que o espírito se retira do corpo, já começamos a entender a realidade do mundo espiritual.
𝟰. 𝗦𝗔𝗕𝗘𝗡𝗗𝗢 𝗣𝗔𝗥𝗔 𝗢𝗡𝗗𝗘 𝗩𝗔𝗠𝗢𝗦. Nosso destino eterno é conhecido a partir desse momento pós morte, independente se você é crente ou ateu. O primeiro minuto depois da morte você passa a conhecer a realidade do mundo espiritual.
𝟱. 𝗡𝗔̃𝗢 𝗛𝗔́ 𝗥𝗘𝗧𝗢𝗥𝗡𝗢. A morte é algo irretornável. Não há como retornar depois que ela ocorre, salvo algumas exceções, especialmente com Jesus que retornou da morte depois de três dias morto no seio da terra.
𝟲. 𝗦𝗘𝗠 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗔̃𝗢. Com todo respeito a quem acredita mas para um cristão bíblico, mediante uma farta documentação bíblica sobre o tema, não existe reencarnação ou qualquer outra coisa do tipo. A morte é um evento único e intransferível.
𝟳. 𝗝𝗨𝗟𝗚𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢. Toda pessoa, logo após a morte, será submetida ao Julgamento divino de acordo com suas ações na terra. Ninguém escapará do Juízo, mesmo que aqui na terra, tenha escapado mas na eternidade, não.
𝟴. 𝗢 𝗩𝗘𝗡𝗖𝗘𝗗𝗢𝗥 𝗗𝗔 𝗠𝗢𝗥𝗧𝗘. Cristo, entrou nos domínios da morte, enfrentou, enfrentando-a ao morrer. E quando ressuscitou provou ser digno de realizar nossa REDENÇÃO e Expiação a qual nos qualifica a vencer a morte. Como Ele ressuscitou, também ressuscitaremos por ocasião de seu retorno quando enfim, seremos transformados (vivos) e ressuscitados os que morreram nessa esperança.
Que Deus nos ajude a sermos fiéis até a morte, quando enfim, receberemos a coroa da vida eterna.
Na esperança daquele que venceu a morte, JESUS
Texto e Lettering: Enomir Santos
A MORTE, VENCIDA POR CRISTO 
"Onde está oh morte a tua vitória?
Onde está oh morte o teu aguilhão"?
Para falar sobre esse misterioso fenômeno humano é preciso primeiramente saber o que ele é. 1. O QUE É A MORTE?
Primeiramente, ela não tem a aparência do estereótipo popular. Não é um esqueleto coberto com um manto segurando uma foice. Ela não é uma pessoa, um ente com personalidade.
Ela é uma condição, um estado em que todos nós estamos sujeitos.
A ciência que estuda a morte é a chamada Tanatologia, que define a morte como “o estado do ser humano, quando já não pode sobreviver por suas próprias energias, cessados os recursos médicos por um tempo suficiente e isso se evidencia averiguado o silêncio cerebral e concomitantemente, a parada cardiorrespiratória em caráter definitivo”. Portanto, cessando a atividade cerebral e cardíaca é quando uma pessoa é declarada, fisicamente morta.
BIBLICAMENTE, morte significa:
SEPARAÇÃO: Primeiramente de DEUS. (Morte espiritual) Depois, do convívio SOCIAL (morte física). Após nossa morte, somos encaminhados ao cemitério, isto é, separados e isolados de parentes e amigos. Há ainda a morte ETERNA que é separação definitiva entre o homem e Deus. Este é o aspecto mais terrível da morte pois se trata da impossibilidade de comungar com Deus e a inimaginável realidade de um sofrimento por toda a eternidade.
2. COMO A MORTE ENTROU NO MUNDO?
A morte entrou no mundo como decorrência do pecado dos nossos primeiros pais. Deus havia alertado que se o homem desobedecesse sua ordem de não comer do fruto proibido, ele morreria.
3. O que acontece quando morremos?
Há estudos científicos que procuram entender o que acontece com o espírito, no ato da morte. Estudo dos chamado Estados de Quase Morte (EQM) tentam lançar luz ao assunto, quando mostram a sobrevivência do ente espiritual em nós. Paulo mesmo fala de algo nesse sentido, quando diz que foi ao PARAÍSO ou ao TERCEIRO CÉU, embora ele mesmo não esteja certo se tal experiência aconteceu "no corpo ou fora dele" ou seja, ele não especifica se a experiência foi intracorpórea ou extracorpórea. Por outro lado, Há relatos sérios de pesquisadores honestos como o Dr. Maurice Rawlings que escreveu o livro ELES VIRAM O INFERNO no qual relata Experiências extracorpóreas (EQMs) de pacientes dele mesmo que foram declarados clinicamente mortos mas que, de alguma forma, voltaram da morte. Dr. Raswlings é médico legista e pesquisou inúmeros casos de pessoas que contam que realmente estiveram em um lugar infernal.
3. CRISTO e a MORTE.
Mas a história do “rei dos terrores” ainda estava para sofrer uma grande reviravolta em seu império de medo. Houve um homem que a venceu. Jesus ao morrer, desfere um golpe na morte, pois ela não poderia detê-lo. É importante que, A religiosidade reinante naquela época, notadamente a mitologia, era a de que ninguém poderia entrar no reino do dos mortos ou seja, nos domínios do deus HADES e voltar de lá. Há até relatos de cavernas onde pessoas teriam tentado escapar mas não conseguiram. Tais PORTAS foram vencidos pelo MAIS VALENTE, que chegou naquele reino e amarrou o outro valente, ALELUIA! Jesus aniquilou a autoridade (chaves) daquele que tinha poder sobre o império a morte, a saber o diabo, (Hb. 2.14) ao ressuscitar e triunfar sobre a ela. Por isso, Jesus poderia dizer com propriedade, que "As portas do HADES (morte/inferno) não prevalecerão contra minha igreja"
4. A MORTE FOI VENCIDA POR CRISTO
O medo da morte foi retirado quando Cristo morreu e triunfou sobre ela. Ao entrar no reino da morte e ressuscitar, nosso Senhor nos garante que, do mesmo Jeito que ressuscitou nós também ressuscitaremos com o Senhor. Esta era a verdade que movia e ainda move os cristãos de todos os séculos. Que os fazia enfrentar a morte por mais terrível que ela se apresentasse, seja queimado vivo, seja esfacelado por leões ou mesmo, decapitado como foi com Paulo que a enfrentou destemidamente sabendo com toda convicção para onde estava indo depois da morte. Havia uma profunda convicção de que, No primeiro segundo após a morte, nossos olhos se fechavam aqui mas se abriam na eternidade, nos lugares celestiais.
CONCLUSÃO: DEUS NÃO É DEUS DE MORTOS, MAS DE VIVOS! A morte não é um SONO como dizem alguns, mas o que dorme é o corpo físico. Ela não é um estado de PURGAÇÃO pois não tem fundamentação bíblica. Ela também não é um interminável estado de IDA E VINDA, de morte e reencarnação. Pois como diz a escritura, “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, Hebreus 9:27” Sim, Jesus venceu na cruz todos os nossos inimigos que nos oprimiam: E, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando sobre eles na cruz. Cl. 2:15
Sigamos pois em frente, pois o "rei dos terrores" já foi destronado e vencido e podemos então cantar:
"Porque Ele vive, Posso crer no amanhã"
(Enomir Santos)
Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.
Atos 1:8
¹ E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar;
² E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
³ E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
⁴ E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
⁵ E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.
⁶ E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.
⁷ E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando?
⁸ Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?
⁹ Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Asia,
¹⁰ E Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos,
¹¹ Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.
Atos 2:1-11



Mas, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei então que é chegada a sua desolação.
Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; os que estiverem no meio da cidade, saiam; e os que nos campos não entrem nela.
²² Porque dias de vingança são estes, para que se cumpram todas as coisas que estão escritas.
Lucas 21:20-22
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Então, lhes disse: Levantar-se-á nação contra nação, e reino, contra reino;
e haverá, em vários lugares, grandes terremotos, e fomes, e pestilências; haverá também coisas espantosas e grandes sinais do céu.
Lucas 21:10,11
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¹ Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
² E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção.
³ E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
⁴ Assim, partiu Abrão, como o Senhor lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos, quando saiu de Harã.
⁵ E tomou Abrão a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e toda a sua fazenda, que haviam adquirido, e as almas que lhe acresceram em Harã; e saíram para irem à terra de Canaã; e vieram à terra de Canaã.
⁶ E passou Abrão por aquela terra até ao lugar de Siquém, até ao carvalho de Moré; e estavam, então, os cananeus na terra.
⁷ E apareceu o Senhor a Abrão e disse: À tua semente darei esta terra. E edificou ali um altar ao Senhor, que lhe aparecera.
⁸ E moveu-se dali para a montanha à banda do oriente de Betel e armou a sua tenda, tendo Betel ao ocidente e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao Senhor e invocou o nome do Senhor.
⁹ Depois, caminhou Abrão dali, seguindo ainda para a banda do Sul.
Gênesis 12:1-9


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Condutores cegos! Coais um mosquito e engolis um camelo.
Mateus 23:24
O PROBLEMA É SEU - MENSAGEM EM ÁUDIO
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nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa
Mateus 5:14,15
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Meu senhor, agora não faça este homem de Belial, a saber, Nabal, impressão no seu coração, porque tal é ele qual é o seu nome. Nabal é o seu nome, e a loucura está com ele, e eu, tua serva, não vi os jovens de meu senhor, que enviaste.
(1 Samuel 25:25)
"A teologia não é nada mais do que a gramática da língua do Espírito
Santo."
(Martinho Lutero)
A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO
Quando Jesus disse: "Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre" (Jo 14.16), aparece no texto sagrado a palavra grega allos, para "outro", e não heteros. O vocábulo allos significa que o Consolador é da mesma natureza, da mesma espécie e da mesma qualidade do Filho. E óbvio, quem estaria à altura para substituir o Filho senão um Ser igualmente divino? Se não fosse "outro", da mesma classe, a palavra seria heteros, e não allos. Isso mostra que o Espírito Santo é da mesma substância do Filho.
Assim como o Espírito Santo é chamado de "Espírito de Deus, Espírito de Jeová", ou "Espírito do Senhor", é também chamado de "Espírito de Cristo", pois diz a Bíblia: "Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele" (Rm 8.9); ou "Espírito de Jesus Cristo", como está escrito: "... pela vossa oração e pelo socorro do Espírito de Jesus Cristo" (Fp 1.19); ou ainda "Espírito de Jesus", como lemos: "... intentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não lho permitiu" (At 16.7). O versículo 6 chama esse mesmo "Espírito de Jesus" de "Espírito Santo". Isso ressalta tanto a divindade do Filho como a divindade do Espírito Santo, pois é chamado alternadamente de Espírito de Jesus e de Espírito de Deus.
Jesus disse: "digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá, porque se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei" (Jo 16.7). O nome "Consolador", que no grego é parakletos, significa "Ajudador", alguém chamado para auxiliar, um "advogado". Essa mesma palavra aparece em 1 João 2.1 com este significado: "Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo".
A palavra "Advogado", aqui, é Parakletos, a mesma palavra grega usada para Consolador, que aparece em João 14.16,26; 15.26; 16.7. Em outras palavras, Jesus dizia aos seus discípulos que esta- va voltando para o Pai, mas que continuaria cuidando da igreja, pelo seu Espírito Santo, seu Parakletos, um como ele, que teria o mesmo poder para preservar o seu povo.
Aparece como Deus, no Antigo Testamento, atuando na criação do céu e da terra: "Envias o teu Espírito, e são criados, assim renovas a face da terra" (SI 104.30). Ele inspirou os profetas do Antigo Testamento: "os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo" (2 Pe 1.21), por essa razão o profeta era chamado de "homem de espírito" (Os 9.7). O Espírito Santo atuava neles para que eles pudessem receber recursos do céu para profetizar, julgar, liderar, lutar e governar, conforme a vontade de Deus.
No Novo Testamento a sua manifestação pode ser classifica-da em duas etapas: antes do Pentecostes, na vida de Jesus; e de-pois, na vida da Igreja. Ele atuou na concepção virginal de Jesus, a Bíblia diz que Maria "achou-se ter concebido do Espírito Santo... José, filho de Davi, não temas a receber Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo" (Mt 1.18,20). Operou também em todo o ministério terreno de Jesus: "E como Deus ungiu a Jesus de Nazaré como Espírito Santo e virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele" (At 10.38).
Já vimos em estudos anteriores que a Bíblia afirma textual-mente que o Espírito Santo é Deus igual ao Pai e ao Filho. A Bí-blia revela também todos os atributos absolutos, relativos e mo-rais existentes em Deus, já estudados em capítulos anteriores. São afirmações categóricas e irrefutáveis que ninguém terá êxito ao refutar essa doutrina. Os três elementos básicos, encontrados nas Santas Escrituras, que provam a deidade absoluta do Espírito San-to são: a declaração direta e textual, como: "... para que mentisses ao Espírito Santo.... Não mentiste aos homens, mas a Deus" (At 5.3,4); os atributos, como a onipresença: "Para onde me irei do teu Espírito ou para onde fugirei da tua face" (SI 139.7); e as obras exclusivas da divindade, como dá a vida eterna ao homem: ".. o que semeia no Espírito do Espírito ceifará a vida eterna" (G1 6.8).

E, correndo Filipe, ouviu que
lia o profeta Isaías e disse: Entendes tu o que lês?
Atos 8:30
E leram o livro, na Lei de
Deus, e declarando e explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse.
Neemias 8:8
O QUE É O CORPO HUMANO?
A Estrutura do Corpo Humano
C Qual é a estrutura do corpo humano?
A Bíblia declara que Deus fez o homem do pó da
terra (Gên. 2.7), e a ciência afirma que o corpo é constituído de vários
elementos químicos terrígenos. Tais elementos são enumerados como cálcio,
carbono, cloro, flúor, hidrogênio, tintura de iodo, ferro, magnésio, manganês,
nitrogênio, oxigênio, fósforo, potássio, silicone, sódio, súlfur. Juntos eles
não ultrapassam 6% de todo o corpo e o restante é composto de água, carbono e
gases. A Bíblia afirma que o corpo humano “é da terra, terreno” (1 Cor.
15.47-49). Essa é a parte material do ser humano.
Os seguintes nomes aplicam-se ao
corpo
a) casa, ou Tabernáculo (2 Cor. 5.1). É a tenda na
qual a alma do homem, qual peregrina mora
duramente sua viagem do tempo para a eternidade. À morte, desarma-se a barraca
e a alma parte (Is. 38.12; 2 Ped. 1.13,14).
b) Invólucro (Dan. 7.15). O corpo é
a bainha da alma. A morte é o desembainhar a espada.
c)
Templo. O templo é um lugar consagrado
pela presença de Deus – um lugar onde a onipresença de Deus é localizada (1
Reis 8.27,28). O corpo de Cristo foi um templo (João 2.21) porque Deus estava
nele (2 Cor. 5.19). Quando Deus entra em relação espiritual com uma pessoa, o
corpo dessa pessoa torna-se um templo do Espírito Santo (1 Cor. 6.19).
Os
filósofos pagãos falavam do corpo com desprezo, consideravam-no um estorvo à
alma, e almejavam o dia quando a alma estaria livre das suas complicadas e
enredosas roupagens. Mas se as Escrituras em toda parte tratam o corpo como
obra de Deus a ser apresentado a Deus (Rom 12.1), usado para a glória de Deus
(1 Cor. 6.20). Por que, no livro de Levítico contém tantas leis governando a
vida física dos israelitas? Para ensiná-los que o corpo como instrumento da
alma, deve conservar-se forte e santo.
É verdade
que este corpo é terreno (1 Cor. 15.47) e como tal um corpo de humilhação (Fil.
3.21), sujeito às enfermidades e à morte (1 Cor. 15.52), de maneira que gememos
por um corpo celestial (2 Cor. 5.2). Mas à vinda de Cristo, o mesmo poder que
vivificou a alma transformará o corpo, assim completando a redenção do homem. E
o penhor dessa mudança é o Espírito que nele habita (2 Cor. 5.5; Rom. 8.11).
O Corpo Humano
Diversas
palavras hebraicas são traduzidas como ‘corpo’, sendo que a principal delas é ‘gewyya’,
que é usada principalmente no sentido de ‘cadáver’, ainda que também se
refira ao corpo humano e suas formas de expressões (Gên. 47.18). Outras
passagens das Escrituras como, por exemplo: em Deuteronômio 28. 4, a palavra ‘Beten’,
que significa ‘ventre’, é traduzida como ‘corpo’ em outras versões. Somos
também informados pelos eruditos que Isaias 51.23: ‘gewe’ – tem o
sentido de ‘costas’. Em Lamentações 4.8, por ‘eçem’, que significa ‘osso’.
O homem
através do corpo, não só é senhor de si mesmo, como também graças a ele
torna-se senhor do mundo. Assim o corpo torna-se um dos componentes
fundamentais do existir, do viver, do conhecer, do desejar, do fazer, do ter,
etc. Ou seja, foi criado por Deus como elemento essencial do homem. Sem ele o
homem não poderá realizar as seguintes coisas:
â Não pode
alimentar-se,
â Não pode
reproduzir-se,
â Não pode
aprender,
â Não pode
comunicar-se,
â Não pode
divertir-se,
â Não pode
trabalhar,
â Não pode
adorar,
É mediante o corpo que o homem é um ser social.
Mediante o corpo o homem é um ser religioso e, por meio deles, suas obras serão
um dia aprovadas ou reprovadas diante de Deus (2 Cor. 5.10).
Um Químico Inglês
Um
químico inglês depois de analisar o corpo humano cuidadosamente, chegou à
curiosíssima conclusão:
Se os elementos químicos do corpo humano pudessem
ser separados, fabricaríamos os seguintes objetivos: com a gordura, sete
sabonetes, com o fósforo, uma caixa de fósforos, com o potássio, tirar uma
fotografia de tamanho normal, com o açúcar, adoçar uma xícara de café, com o
ferro, fazer um prego, enfim, o valor (segundo este cálculo) químico é
aproximadamente de um dólar. (veja a cotação do dólar no câmbio oficial e
deduza o valor)

👇
A tri-unidade humana
Segundo Gên. 2:7, o homem se compõe de duas substâncias
— a substância material, chamada corpo, e a substância
imaterial,
chamada alma. A alma é a vida do corpo e quando a alma se
retira
o corpo morre. Mas, segundo 1 Tess. 5:23 e Heb. 4:12, o
homem se
compõe de três substâncias — espírito, alma e corpo;
alguns
estudantes da bíblia defendem essa opinião de três partes
da
constituição humana versus doutrina de duas partes
apenas,
adotada por outros. Ambas as opiniões são corretas quando
bem
compreendidas. O espírito e a alma representam os dois
lados da
substância não-física do homem; ou, em outras palavras, o
espírito
e a alma representam os dois lados da natureza
espiritual. Embora
distintos, o espírito e a alma são inseparáveis, são
entrosados um
no outro. Por estarem tão interligados, as palavras
"espírito" e
"alma" muitas vezes se confundem (Ecl. 12:7;
Apoc. 6:9);
de maneira que em um trecho a substância espiritual do
homem
se descreve como a alma (Mat. 10:28), e em outra passagem
como
espírito (Tia. 2:26). Embora muitas vezes os termos sejam
usados
alternativamente, têm significados distintos. Por
exemplo: "A alma"
é o homem como o vemos em relação a esta vida atual. As
pessoas
falecidas descrevem-se como "almas" quando o
escritor se refere à
sua vida anterior. (Apoc. 6:9, 10; 20:4.) "O
espírito" é a descrição
comum daqueles que passaram para a outra vida. (Atos
23:9; 7:59;
Heb. 12:23; Luc. 23:46; 1 Ped. 3:19.) Quando alguém for
"arrebatado" temporariamente fora do corpo (2
Cor. 12:2) se
descreve como "estando no espírito".(Apoc. 4:2;
17:3.) Sendo o
homem "espírito", é capaz de ter conhecimento
de Deus
e comunhão com ele; sendo "alma", ele tem
conhecimento de si
próprio; sendo "corpo", tem, através dos
sentidos, conhecimento do
mundo. — (Scofield)



A letra mata? - A marginalização do estudo teológico
Por Elvis
Brassaroto Aleixo
Deus existe? Quem é Deus? Onde Deus está? Para onde vou após a morte?
Existe céu? Existe inferno? Devo crer na Bíblia como Palavra de Deus?
Todos os cristãos que algum dia já se detiveram na reflexão destas
simples mas inquietantes interrogações experimentaram, ainda que
inconscientemente, momentos de meditações teológicas, pois a teologia é uma
matéria importante e inerente a todos os crentes que, de forma inevitável,
contemplam os mistérios da vida e as revelações divinas.
Neste sentido estrito, podemos afirmar que todos os membros das nossas
igrejas são teólogos, mesmo que ignorem ou até abdiquem desta condição. Se
mergulharmos ainda um pouco mais no assunto, e num sentido mais amplo que o
acima mencionado, poderíamos dizer que todo indivíduo de bom senso, que possua
um conceito formalizado acerca de um ser divino superior, independente de seu
credo, é um teólogo. Cada religião possui a sua "teologia".
Definindo o termo
Mas, afinal, o que é teologia cristã?
Na perspectiva da teologia acadêmica e histórica, uma resposta objetiva
e clássica seria: "fé em busca de entendimento". Orientados por este
significado, perceberemos que o genuíno desígnio da teologia acadêmica não deve
ser o exame da Bíblia para de forma indiscriminada e leviana construir
doutrinas para justificar uma crença. Muito pelo contrário, o teólogo cristão
deve utilizar a teologia para compreender melhor aquilo que previamente
expressa o texto bíblico, a despeito das suas crenças.
Os assassinos da letra
Não obstante a todas estas ponderações, não é difícil encontrar
opositores do estudo teológico entre os mais diversos grupos religiosos. Em
verdade, esse comportamento é peculiar em muitos deles. Entretanto e
lastimavelmente, isso é constatado também no seio da igreja evangélica.
Geralmente, o texto áureo e justificativo desse posicionamento
encontra-se nas conhecidas palavras do apóstolo Paulo, que dizem: "O qual
nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra,
mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica" (2Co 3.6;
grifo do autor). Eis aí a questão que lança os fundamentos para a hostilidade
de alguns em relação ao estudo teológico.
Pois bem, se o apóstolo Paulo declara que a letra mata, então este fato
é conclusivo. O que alguns precisam descobrir é quem de fato é essa
"assassina".
O que nos move a ressaltar este ponto é o fato de que essa "tal
letra", mencionada pelo apóstolo, tem sido alvo de distorções prejudicando
o desenvolvimento do ensino na igreja. É verdade que essa objeção ao estudo
teológico é defendida por cristãos sinceros, mas que deliberaram marginalizar o
estudo teológico acreditando ser uma atitude louvada pela Bíblia.
É curioso e contraditório, ao mesmo tempo. Mas o fato é que essa tal
"letra que mata" vem tendo seu verdadeiro sentido também assassinado
por alguns que a tentam interpretar. São aqueles a quem podemos chamar de
"os assassinos da letra". Se você, porventura, se identifica como um
dos tais, por favor, não se ofenda! A verdade é que essa repulsa tem no mínimo
duas razões para existir. Proponho refletir um pouco mais sobre estas duas
questões e depois retornamos ao "homicídio espiritual causado pela
letra", o qual supostamente Paulo teria apregoado.
A marginalização da teologia
Quais seriam os fatores que cultivam esta marginalização?
Antes de qualquer palavra, é fundamental esclarecer que não é nossa
finalidade aqui censurar a devoção autêntica de nossos irmãos. A sinceridade de
sua fé não está em discussão. Até porque, um dos fatores que mais ajudam a
alimentar a rejeição da teologia encontra raízes nos próprios teólogos.
Conversando com uma missionária, algum tempo atrás, fui interpelado com
uma questão que, de certa forma, reflete o julgamento de muitos membros de
igrejas em relação à teologia. Ela questionava por que os teólogos são tão
apáticos em sua piedade e testemunho cristão. Não quero aqui entrar em méritos,
como, por exemplo, discutir essa generalização injusta ou que está escondida
atrás do conceito de apatia. Todavia, e inegavelmente, não se exige muitos
esforços para identificar comportamentos teológicos que instigam a rejeição da
teologia. Esse estereótipo pejorativo parece ser preservado por alguns poucos
teólogos, mas acabam por macular toda a classe. O orgulho intelectual, a
racionalização vazia, as conjeturas e especulações são tidos como alguns frutos
nocivos da teologia. E se torna mais grave ainda quando tais frutos são vindos
de pessoas que conhecem as Escrituras e que por isso deveriam proceder
totalmente ao contrário.
Contudo, em detrimento deste comportamento que, sabemos, não atinge os
teólogos comprometidos com a Palavra de Deus, existem ainda outras objeções
alicerçadas no desconhecimento bíblico. Logicamente, é muito mais confortável
escolher os mitos e as lendas do que cultivar uma fé racional, pois esta vai
exigir uma atitude trabalhosa em busca do conhecimento, enquanto que aquelas
conservam os fiéis na inércia, fazendo-os concordar, sem qualquer exercício
mental, com tudo o que ouvem. Como disse o grande teólogo Agostinho: "Deus
não espera que submetamos nossa fé sem o uso da razão, mas os próprios limites
de nossa razão fazem da fé uma necessidade". Eis aqui o matrimônio entre a
fé e a razão!
Outro fator a ser considerado é que o estudo teológico é marginalizado
porque ele incomoda, é inconveniente. É como se fosse uma pedra no sapato dos
manipuladores da Bíblia. Quanto menos conhecimento as pessoas possuírem, mais
facilmente serão controladas. É um comportamento assumido pelas seitas, nas
quais o líder se encarrega de pensar pelos adeptos e implanta um método sutil
de controle total.
Enquanto a teologia se opor aos modismos e ventos de doutrinas que não
coadunam com a Palavras de Deus e que levam muitos crentes à fantasias místicas
e subjetivas que beiram à heresias, ela continuará sendo menosprezada.
A letra mata?
Retomando a questão, mas respeitando seu contexto bíblico, alertamos que
a letra a que Paulo se referiu não pode ser identificada como sendo o estudo
(conhecimento) teológico. Até porque o apóstolo, que era um dos doutores da
igreja (At 13.1) e jamais poderia pensar assim. Acreditamos que são
dispensáveis aqui quaisquer comentários sobre a erudição e a aplicação de Paulo
aos estudos. Isso é uma prova cabal dos benefícios da educação teológica!
Acerca de Coríntios 2.6, Paulo estava falando sobre a superioridade da
nova aliança sobre a antiga. A morte causada pela letra realmente é espiritual,
porém, é bom salientar que se trata de uma alusão ao código escrito da lei
mosaica. A lei mata porque demanda obediência irrestrita, mas não proporciona
poder para isso. É representada pelas tábuas de pedra (3.3). Por outro lado, o
espírito vivifica porque escreve a lei de Deus em nossos corações, trazendo-nos
a vida em medida muito maior do que realizava sob a antiga aliança. É
representado pelas tábuas da carne (3.3). Portanto, como podemos ver, o texto
comentado não fundamenta, em qualquer instância, a rejeição aos estudos
teológicos.
Por que teologia?
Os teólogos leigos, ainda que inconscientemente, se beneficiam da
educação teológica. Criticam o estudo teológico, mas lançam mão dele. Todo o
legado doutrinário que usufruímos hoje foi preservado por causa do zelo
impetrado pelos teólogos que formalizaram a fé por meio de credos, confissões e
outras obras. As doutrinas cristãs sobreviveram ao tempo porque o Espírito
Santo se encarregou de inspirar e levantar teólogos comprometidos com a fé! O
estudo da teologia é um instrumento indispensável para o saudável
desenvolvimento da Igreja. Todos nós precisamos da teologia!
Os teólogos leigos deveriam reconhecer o auxílio que recebem dos
teólogos acadêmicos e as duas classes representadas, de mãos dadas, deveriam
seguir o conselho de Pedro, um teólogo que não possuía a erudição de Paulo, mas
que conseguiu equacionar a questão ordenando o crescimento na graça e no
conhecimento, concomitantemente (2Pe 3.18).
Dessa forma, o evangelho sairá ganhando e cada membro da igreja estará
no seu posto, lapidando o aperfeiçoamento dos santos, para a edificação do
corpo de Cristo, segundo o ministério que lhe for confiado por Deus (Ef
4.11,12).
Sobretudo, e finalmente, nosso desejo e oração é para que consigamos
aplicar a teologia à nossa vida. Se fracassarmos neste intento, a teologia não
será mais que mera futilidade.
Que o Senhor nos guie ao genuíno conhecimento de suas revelações, pelo
seu amor e para a sua glória!
(Defesa da Fé - Edição 63)

A teologia liberal e suas implicações
para a fé bíblica
Por Danilo Raphael
Do jeito que
as coisas andam em nossos dias, precisamos urgentemente nos libertar da
teologia liberal. É espantoso o crescente número de livros (inclusive
publicados por editoras evangélicas) que esboçam os ensinamentos deste tipo de
teologia ou tecem comentários favoráveis. Embora esta teologia tenha nascido
com os protestantes, hoje, porém, seus maiores expoentes são os católicos
romanos. Em qualquer livraria católica encontramos grande quantidade de obras
defendendo e/ou propagando a teologia liberal. E não é só isso. A forma com que
alguns seminários e igrejas vêm se comprometendo com os ensinos desta teologia
também é de impressionar.
A libertação
da teologia liberal não só é necessária como também é vital para a Igreja
brasileira, ameaçada pelo secularismo e pelo liberalismo teológico corrosivo.
Apesar das
motivações iniciais dos modernistas, suas ideias, no entanto, representaram
grave ameaça à ortodoxia, fato já comprovado pela história. O movimento gerou
ensinamentos que dividiram quase todas as denominações históricas na primeira
metade deste século. Ao menosprezar a importância da doutrina, o modernismo
abriu a porta para o liberalismo teológico, o relativismo moral e a incredulidade
descarada. Atualmente, a maioria dos evangélicos tende a compreender a palavra
"modernismo" como uma negação completa da fé. Por isso, com
facilidade esquecemos que o objetivo dos primeiros modernistas era apenas
tornar a igreja mais "moderna", mais unificada, mais relevante e mais
aceitável em uma era caracterizada pela modernidade.
Mas o que
caracterizaria um teólogo liberal? O verbete sobre o "protestantismo
liberal" do Novo Dicionário de Teologia, editado por Alan Richardson e
John Bowden, nos traz uma boa noção do termo. Vejamos três destaques de
elementos do liberalismo teológico:
1. É
receptivo à ciência, às artes e estudos humanos contemporâneos. Procura a
verdade onde quer que se encontre. Para o liberalismo não existe a
descontinuidade entre a verdade humana e a verdade do cristianismo, a disjunção
entre a razão e a revelação. A verdade deve ser encontrada na experiência
guiada mais pela razão do que pela tradição e autoridade e mostra mais abertura
ao ecumenismo;
2. Tem-se
mostrado simpatia para com o uso dos cânones da historiografia para interpretar
os textos sagrados. A Bíblia é considerada documento humano, cuja validade
principal está em registrar a experiência de pessoas abertas para a presença de
Deus. Sua tarefa contínua é interpretar a Bíblia, à luz de uma cosmovisão
contemporânea e da melhor pesquisa histórica, e, ao mesmo tempo, interpretar a
sociedade, à luz da narrativa evangélica;
3. Os
liberais ressaltam as implicações éticas do cristianismo. O cristianismo não é
um dogma a ser crido, mas um modo de viver e conviver, um caminho de vida.
Mostraram-se inclinados a ter uma visão otimista da mudança e acreditar que o
mal é mais uma ignorância. Por ter vários atributos até divergentes, o liberal
causa alergia para uns e para outros é motivo de certa satisfação, por ser
considerado portador de uma mente aberta para o diálogo com posições
contrárias.
As grandes
batalhas causadas pelo liberalismo foram travadas dentro das grandes
denominações históricas. Muitos pastores que haviam saído dos EUA no intuito de
se pós-graduarem nas grandes universidades teológicas da Europa,
especificamente na Alemanha, em que a teologia liberal abraçava as teorias
destrutivas da Alta Crítica produzida pelo racionalismo humanista, acabaram
retornando para os EUA completamente descrentes nos fundamentos do cristianismo
histórico. Os liberais, devido à tolerância inicial dos fiéis para com a sã
doutrina, tiveram tempo de fermentar as grandes denominações e conseguiram
tomar para si os grandes seminários, rádios e igrejas, de modo que não sobrou
outra alternativa para grande parte dos fundamentalistas senão sair dessas
denominações e se organizar em novas denominações. Daí surgiram os Batistas
Regulares (que formaram a Associação Geral das Igrejas Batistas Regulares, em
1932), os Batistas Independentes, as Igrejas Bíblicas, as Igrejas Cristãs
Evangélicas, a Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos (em 1936, que mudou seu
nome para Igreja Presbiteriana Ortodoxa), a Igreja Presbiteriana Bíblica (em
1938), a Associação Batista Conservadora dos Estados Unidos (em 1947), as
Igrejas Fundamentalistas Independentes dos Estados Unidos (em 1930) e muitas
outras denominações que existem ainda hoje.
Podemos dizer
que algumas das características do cristianismo ortodoxo se baseiam nos
seguintes pontos:
Manter fidelidade incondicional à Bíblia, que
é inerrante, infalível e verbalmente inspirada;
Acreditar que o que a Bíblia diz é verdade
(verdade absoluta, ou seja, verdade sempre, em todo lugar e momento);
Julgar todas as coisas pela Bíblia e ser
julgado unicamente por ela;
Afirmar as verdades fundamentais da fé cristã
histórica: a doutrina da Trindade, a encarnação, o nascimento virginal, o
sacrifício expiatório, a ressurreição física, a ascensão ao céu, a segunda
vinda do Senhor Jesus Cristo, o novo nascimento mediante a regeneração do
Espírito Santo, a ressurreição dos santos para a vida eterna, a ressurreição
dos ímpios para o juízo final e a morte eterna e a comunhão dos santos, que são
o Corpo de Cristo.
Ser fiel à fé e procurar anunciá-la a toda
criatura;
Denunciar e se separar de toda negativa
eclesiástica dessa fé, de todo compromisso com o erro e de todo tipo de
apostasia;
Batalhar firmemente pela fé que foi concedida
aos santos.
Contudo, o
liberalismo, em sua apostasia, nega a validade de quase todos os fundamentos da
fé, como, por exemplo, a inerrância das Escrituras, a divindade de Cristo, a
necessidade da morte expiatória de Cristo, seu nascimento virginal e sua
ressurreição. Chegam até mesmo a negar que existiu realmente o Jesus narrado
nas Escrituras. A doutrina escatológica liberal se baseia no universalismo
(todas as pessoas serão salvas um dia e Deus vai dar um jeito até na situação
do diabo) e, consequentemente, para eles, não existe inferno e muito menos o
conceito de pecado. O liberalismo é um sistema racionalista que só aceita o que
pode ser "provado" cientificamente pelos próprios conhecimentos
falíveis, fragmentados e limitados do homem.
Os primeiros
estudiosos que aplicaram o método histórico-crítico sem critérios ao estudo das
Escrituras negavam que a Bíblia fosse, de fato, a Palavra de Deus inspirada.
Segundo eles, a Bíblia continha apenas a Palavra de Deus.
O liberalismo
teológico tem procurado embutir no cristianismo uma roupagem moderna: pegam as
últimas ideias seculares e, sorrateiramente, espalham no mundo cristão. J.G.
Machem, em seu livro Cristianismo e liberalismo, trata deste assunto com
maestria. Na contracapa, podemos ver uma pequena comparação entre o
cristianismo e o liberalismo: "O liberalismo representa a fé na
humanidade, ao passo que o cristianismo representa a fé em Deus. O primeiro não
é sobrenatural, o último é absolutamente sobrenatural. Um é a religião da
moralidade pessoal e social, o outro, contudo, é a religião do socorro divino.
Enquanto um tropeça sobre a 'rocha de escândalo', o outro defende a
singularidade de Jesus Cristo. Um é inimigo da doutrina, ao passo que o outro
se gloria nas verdades imutáveis que repousam no próprio caráter e autoridade
de Deus".
Muitos, por
buscarem aceitação teológica acadêmica, têm-se comprometido fatalmente, pois,
na prática, os liberais tentam remover do cristianismo todas as coisas que não
podem ser autenticadas pela ciência. Sempre que a ciência contradiz a Bíblia, a
ciência é preferida e a Bíblia, desacreditada.
Hoje, a
animosidade que demonstram para com a Bíblia tem caracterizado aqueles que
crêem que ela é literalmente a Palavra de Deus e inerrante (sem erros em seus
originais) como "fundamentalistas".1 Ora, podemos por acaso negociar
o inegociável?
Os liberais
acusam os evangélicos de transformarem a Bíblia em um "papa de
papel", ou seja, em um ídolo. Com isso, culpam os evangélicos de
bibliolatria.2 Estamos cientes de que tem havido alguns exageros por parte de
alguns fundamentalistas evangélicos, mas a verdade é que os "eruditos"
liberais têm-se mostrado tão exagerados quanto muitos do que eles denominam de
fundamentalistas. Teoricamente falando, a maioria dos liberais acredita em
Deus, supondo que Ele pode intervir na história da humanidade, porém, na
prática, e com frequência, mostram-se muito mais deístas.3 Normalmente, os
liberais também favorecem o "relativismo", ou seja, difundem que no
campo da verdade não há absolutos. Segundo este raciocínio, se não há verdades
absolutas, então, as verdades da Bíblia (que são absolutas) são relativas,
logo, não podem ser a Palavra de Deus. Tendo rejeitado a Bíblia como a
infalível Palavra de Deus e aceitado a idéia de que tudo está fluindo, o
teólogo liberal afirma que não é segura qualquer idéia permanente a respeito de
Deus e da verdade teológica.
Levando o
pensamento existencialista às últimas consequências, conclui-se que: se
quisermos que a Bíblia tenha algum valor para a modernidade e fale ao homem
moderno, temos de criar uma teologia para cada cultura, para cada contexto,
onde nenhum ensino é absoluto, mas relativo, variando conforme o contexto
sociocultural. Obviamente, tal pensamento possui fundamento em alguns pontos,
mas daí ao radicalismo de pregar que nada é absoluto, isso já extrapola e fere
diversos princípios bíblicos.
Raízes
O liberalismo
teológico começou a florescer de forma sistematizada devido à influência do
racionalismo de Descartes e Spinoza, nos séculos 17 e 18, que redundou no
iluminismo.4 O liberalismo opunha-se ao racionalismo extremado do iluminismo.
Na verdade,
quando a igreja começa a flertar com o liberalismo e se render aos seus
interesses, ela perde sua autoridade e deixa de ser embaixadora de Deus. A
história tem provado que onde o liberalismo teológico chega a Igreja morre.
Este é um aviso solene que deve estar sempre trombeteando em nossos ouvidos.
A baixa crítica
Conforme
Gleason L. Archer Jr, "a 'baixa crítica' ou crítica textual se preocupa
com a tarefa de restaurar o texto original na base das cópias imperfeitas que
chegaram até nós. Procura selecionar as evidências oferecidas pelas variações,
ou leituras diferentes, quando há falta de acordo entre os manuscritos
sobreviventes, e pela aplicação de um método científico chegar àquilo que era
mais provavelmente a expressão exata empregada pelo autor original".5
A alta crítica
J. G.
Eichhorn, um racionalista germânico dos fins do século 18, foi o primeiro a
aplicar o termo "alta crítica" ao estudo da Bíblia. E, por esse
motivo, ele tem sido chamado de "o pai da crítica do Antigo
Testamento". Segundo R. N. Champlin, "a 'alta crítica' aponta para o
exame crítico da Bíblia, envolvendo qualquer coisa que vá além do próprio texto
bíblico, isto é, questões que digam respeito à autoria, à data, à forma de
composição, à integridade, à proveniência, às idéias envolvidas, às doutrinas
ensinadas, etc. A alta crítica pode ser positiva ou negativa em sua abordagem,
ou pode misturar ambos os pontos de vista".6 Mas o que temos visto na
prática é que esta forma de crítica tem negado as doutrinas centrais da fé cristã,
em nome da ciência, da modernidade e da razão. O que fica evidente é que alguns
críticos partem com o intuito de desacreditar a Bíblia, devido a alguns
pressupostos naturalistas, chegando ao cúmulo de dizer que a Igreja inventou
Jesus.
Conforme
Norman Geisler "a alta crítica pode ser dividida em negativa (destrutiva)
e positiva (construtiva). A crítica negativa, como o próprio nome sugere, nega
a autenticidade de grande parte dos registros bíblicos. Essa abordagem, em
geral, emprega uma pressuposição anti-sobrenatural".7
Métodos
aplicados a qualquer tipo de literatura passaram a ser aplicados também à
Bíblia, com grandes doses de ceticismo (no que diz respeito à validade
histórica e à integridade de seus livros), com invenções de entusiastas que
tinham pouca base nos fatos históricos. Assim, onde vemos nas narrativas da
Bíblia fatos sobrenaturais esta teologia lhes confere interpretações naturais,
retirando da Palavra de Deus todas as intervenções miraculosas. Claramente é
impróprio, ou mesmo blasfematório, nos colocarmos como juízes sobre a Bíblia.
Penosamente,
a "alta crítica" tem empregado uma metodologia faltosa, caindo em
alguns pressupostos questionáveis. E, devido aos seus resultados, ultimamente
vem sendo descrita como "alta crítica destrutiva". Para melhor
compreensão, veja, a seguir, o quadro comparativo:8
Parâmetros /
Crítica positiva (construtiva) / Crítica negativa (destrutiva)
Base /
Sobrenaturalista / Naturalista
Regra / O
texto é "inocente até que prove ser culpado" / O texto é
"culpado até que prove ser inocente"
Resultado / A
Bíblia é completamente verdadeira / A Bíblia é parcialmente verdadeira
Autoridade
final / Palavra de Deus / Mente do homem
Papel da
razão / Descobrir a verdade (racionalidade) / Determinar a verdade
(racionalismo)
C. S. Lewis,
sem dúvida o apologista cristão mais influente do século 20, em seu artigo
"A teologia moderna e a crítica da Bíblia", tece os seguintes
comentários:
"Em
primeiro lugar, o que quer que esses homens possam ser como críticos da Bíblia,
desconfio deles como críticos9 [...] Se tal homem chega e diz que alguma coisa,
em um dos evangelhos, é lendária ou romântica, então quero saber quantas lendas
e romances ele já leu, o quanto está desenvolvido o seu gosto literário para
poder detectar lendas e romances, e não quantos anos ele já passou estudando
aquele evangelho10 [...] os críticos falam apenas como homens; homens
obviamente influenciados pelo espírito da época em que cresceram, espírito esse
talvez insuficientemente crítico quanto às suas próprias conclusões11 [...] Os
firmes resultados da erudição moderna, na sua tentativa de descobrir por quais
motivos algum livro antigo foi escrito, segundo podemos facilmente concluir, só
são 'firmes' porque as pessoas que sabiam dos fatos já faleceram, e não podem
desdizer o que os críticos asseguram com tanta autoconfiança".12
Prove e veja
Na
Universidade de Chicago, Divinity School, em cada ano eles têm o que chamam de
"Dia Batista", quando cada aluno deve trazer um prato de comida e
ocorre um piquenique no gramado. Nesse dia, a escola sempre convida uma das
grandes mentes da literatura no meio educacional teológico para palestrar sobre
algum assunto relacionado ao ambiente acadêmico.
Certo ano, o
convidado foi Paul Tillich,13 que discursou, durante duas horas e meia, no
intuito de provar que a ressurreição de Jesus era falsa. Questionou estudiosos
e livros e concluiu que, a partir do momento que não haviam provas históricas
da ressurreição, a tradição religiosa da igreja caía por terra, porque estava
baseada num relacionamento com um Jesus que, de fato, segundo ele, nunca havia
ressurgido literalmente dos mortos.
Ao concluir
sua teoria, Tillich perguntou à platéia se havia alguma pergunta, algum
questionamento. Depois de uns trinta segundos, um senhor negro, de cabelos
brancos, se levantou no fundo do auditório: "Dr Tillich, eu tenho uma
pergunta, ele disse, enquanto todos os olhos se voltavam para ele. Colocou a
mão na sua sacola, pegou uma maçã e começou a comer... Dr Tillich... crunch,
munch... minha pergunta é muito simples... crunch, munch... Eu nunca li tantos
livros como o senhor leu... crunch, munch... e também não posso recitar as
Escrituras no original grego... crunch, munch... Não sei nada sobre Niebuhr e
Heidegger... crunch, munch... [e ele acabou de comer a maçã] Mas tudo o que eu
gostaria de saber é: Essa maçã que eu acabei de comer... estava doce ou azeda?
"Tillich
parou por um momento e respondeu com todo o estilo de um estudioso: 'Eu não
tenho possibilidades de responder essa questão, pois não provei a sua maçã'.
"O
senhor de cabelos brancos jogou o que restou da maçã dentro do saco de papel,
olhou para o Dr. Tillich e disse calmamente: 'O senhor também nunca provou do meu
Jesus, e como ousa afirmar o que está dizendo?". Nesse momento, mais de
mil estudantes que estavam participando do evento não puderam se conter. O
auditório se ergueu em aplausos. Dr. Tillich agradeceu a platéia e,
rapidamente, deixou o palco".
É essa a diferença!
É fundamental
considerar que tudo o que engloba a fé genuinamente cristã está amparado em um
relacionamento experimental (prático) com Deus. Sem esse pré-requisito, ninguém
pode seriamente afirmar ser um cristão. Seria muito bom se os críticos se
atrevessem a experimentar este relacionamento antes de tecerem suas conjeturas.
Se assim fosse, certamente se lhes abriria um novo horizonte para suas
proposições e, quem sabe, entenderiam que o sobrenatural não é uma brecha da
lei natural, mas, sim, uma revelação da lei espiritual.
Notas de referência:
1 O
fundamentalismo foi um movimento surgido nos Estados Unidos durante e
imediatamente após a 1ª Guerra Mundial, a fim de reafirmar o cristianismo
protestante ortodoxo e defendê-lo contra os desafios da teologia liberal, da
alta crítica alemã, do darwinismo e de outros pensamentos considerados danosos
para o cristianismo.
2 Adoração à
Bíblia.
3 Segundo a
comparação clássica entre Deus e o fabricante de um relógio, Deus, no
princípio, deu corda ao relógio do mundo de uma vez para sempre, de modo que
ele agora continua com a história mundial sem a necessidade de envolvimento da
parte de Deus.
4 O
Iluminismo enfatizava a razão e a independência e promovia uma desconfiança
acentuada da autoridade. A verdade deveria ser obtida por meio da razão,
observação e experiência. O movimento foi dominado pelo anti-sobrenaturalismo e
pelo pluralismo religioso.
5 ARCHER,
Gleason L. Merece confiança o Antigo Testamento? Edições Vida Nova, p.54.
6 CHAMPLIN,
R.N. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol 1. Candeia, p. 122.
7 GEISLER,
Norman. Enciclopédia de Apologética. Editora Vida, p.113.
8 Ibid. p.
116.
9 MCDOWELL,
Josh. Evidência que exige um veredicto. Vol 2. Editora Candeia, p.522.
10 Ibid.,
p.526.
11 Ibid.,
p.526.
12 Ibid.,
p.528.
13 Paul
Tillich nasceu em 20 de agosto de 1886, em Starzeddel, na Prússia Oriental,
perto de Guben. Foi um teólogo-filósofo e representante do existencialismo
religioso.




E leram o livro, na Lei de Deus, e declarando e explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse.
Neemias 8:8
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O QUE É DISPENSAÇÃO
A
palavra “dispensação” vem do “latim” e significa “dispensatio”, que dizer
“dispensar”, “distribuir”.
- Uma
“Dispensação” é um período de tempo em que o homem é experimentado em
relação à sua obediência a alguma revelação especial da vontade tanto
permissiva como diretiva de Deus. Na Bíblia podem discriminar-se “sete
dispensações”:
1ª
Dispensação – “Inocência”
A primeira
dispensação é a da inocência. Ela teve inicio na criação e se estendeu até a
queda de Adão. [iniciou em Gn. 1.28; e terminou em Gn. 3.7,24] (o tempo dessa
dispensação não foi revelado).
2ª Dispensação – “Consciência”
Esta dispensação
começou em Gênesis 3.24 que abrange da queda do homem até o Dilúvio (Gn.
7.21,22) – (o período dessa Dispensação foi cerca de 1.656 anos).
3ª Dispensação – “Governo Humano”
Esta Dispensação
começou em Gênesis 8.20 do Dilúvio até Abrão Gn. 12.1 (o período dessa Dispensação foi de
427 anos).
4ª Dispensação – “Patriarcal ou Aliança”
Esta Dispensação teve
inicio com a Aliança de Deus com Abraão (Gn. 12.1) e terminou na Lei, no monte
Sinai (Ex. 19.1-8)
(o
período dessa Dispensação foi de 430 anos).
5ª Dispensação – “Lei”
Esta Dispensação
começou em (Êxodo 19.1-8) com Moisés e terminou em Cristo (Mt. 27)
(o
período dessa Dispensação foi de 1.430 anos).
6ª Dispensação – “Graça”
Esta Dispensação
iniciou com a morte e ressurreição de Cristo Jesus nosso Senhor (Mt capítulos
27 e 28) (Era Cristã) – e terminará na evidencia da ocasião do Arrebatamento da
Igreja (2 Ts. 4.16).
(O período dessa Dispensação Indeterminado) -
(Mt. 24.36).
7ª Dispensação – “Milênio”
Esta
Dispensação é conhecida como a Dispensação do “Reino”, iniciará com a volta
pessoal de Cristo (Ap. 19.11-16) e terminará um pouco antes do Juízo Final (Ap.
20.1-6)
(o período dessa Dispensação é de 1000 anos).
.png)

Equilíbrio escriturístico

As respectivas posições
fundamentais, tanto do Calvinismo como do Arminianismo, são ensinadas nas
Escrituras. O Calvinismo exalta a graça
de Deus como a única fonte de salvação — e assim o faz a Bíblia; o Arminianismo
acentua a livre vontade e responsabilidade do homem — e assim o faz a Bíblia. A
solução prática consiste em evitar os extremos antibíblicos de um e de outro
ponto de vista, e em evitar colocar uma idéia em aberto antagonismo com a outra.
Quando duas doutrinas bíblicas são colocadas em posição antagônica, uma contra
a outra, o resultado é uma reação que conduz ao erro. Por exemplo: a ênfase demasiada
à soberania e à graça de Deus na salvação pode conduzir a uma vida descuidada,
porque se a pessoa é ensinada a crer que conduta e atitude
nada têm a ver com sua salvação, pode tornar-se negligente. Por outro lado,
ênfase demasiada sobre a livre vontade e responsabilidade do homem, como reação
contra o Calvinismo, pode trazer
as pessoas sob o jugo do legalismo e despojá-las de toda a confiança de sua
salvação. Os dois extremos que devem ser evitados são: a ilegalidade e o
legalismo.
( Conhecendo as Doutrinas
da Bíblia – Editora Vida)
TEOLOGIA - DEFINIÇÃO
Teologia é a ciência que trata do nosso conhecimento de Deus, e das coisas divinas. A teologia abrange vários ramos, vejamos:
Teologia exegética Exegética vem da palavra grega que significa extrair. Esta teologia procura descobrir o verdadeiro significado das Escrituras.
Teologia Histórica Envolve o Estudo da História da Igreja e o desenvolvimento da interpretação doutrinária.
Teologia Dogmática É o estudo das verdades fundamentais da fé como se nos apresentam nos credos da igreja.
Teologia Bíblica Traça o progresso da verdade através dos diversos livros da Bíblia e descreve a maneira de cada escritor em apresentar as doutrinas mais importantes.
Teologia Sistemática Neste ramo de estudo os ensinamentos concernentes a Deus e aos homens são agrupados em tópicos.
DEUS E A CRIAÇÃO
“No
principio criou Deus os céus e a terra” (Gn. 1.1)
“No
principio” “criou” “Deus” “os
céus” “e a
terra”
H Hebraico = Berexit
Bará Elohim et hashamaim we haeretz
1. No Principio
Aqui não há nenhuma definição sobre
o tempo. Nos estudos e conclusões de muitos estudiosos, e teólogos da palavra
de Deus, é que existe milhões e milhões de “anos”, entre o Primeiro e o Segundo
Versículo da Bíblia (entre os ver. 1e2).
2. Criou Deus
Deus
se apresenta como a Origem de todas as coisas. Quando a Bíblia expressa “Criar”
é usada uma palavra Hebraica “Bará”, que significa
“Fazer algo do nada”. Foi exatamente isto que aconteceu! (Sl. 33.9;
145.5; Hb. 11.3). “Tudo veio do
nada” - Só Pela Palavra de Deus. Gloria a Deus por isso!
3. Os Céus
A
palavra “Céus” na língua original Hebraica é “Chamaim”,
com terminação “im”, que indica o plural no Hebraico.
Isto mostra que há mais que um só Céu.
Biblicamente
existe três “Céus” :
1. Primeiro “CÉU”
(AURONOS) =
“Inferior” = as Nuvens (Lc. 17.24)
2. Segundo
“CÉU” (MESSORANIOS) = Intermediário = Universo (Gn 15.5)
3. Terceiro “CÉU” (EPORANIOS) =
Superior = Morada de Deus (2 Co 12.2)
|
¹ Os céus manifestam

5 motivos para você estudar teologia
Quero te dá 5 bons motivos para você começar aprender sobre a Teologia. Isso pode mudar a sua vida. Então leia os 5 motivos
Você já pensou em fazer um curso de teologia? Pois saiba que a teologia pode ser muito útil na vida de todos. Seja para se aproximar mais de Deus ou aplicar a teologia no seu ministério cristão, o que este curso ensina pode mudar a sua vida e até a sua carreira. Afinal, o que é a teologia senão a chance de se aprofundar nos mistérios divinos e ser um cristão melhor?
Confira algumas dicas para estudar teologia que vão te fazer querer começar agora mesmo:
. Se aprofundar na palavra de Deus
O primeiro e mais importante motivo para se fazer um curso de teologia é se aprofundar nos ensinamentos de Deus. Estudar e aprender a analisar e interpretar a Bíblia e temas relacionados a religião e a Deus são importantes para qualquer cristão. Se você tem um papel ativo na sua igreja, a teologia se torna crucial para desempenhar bem a sua função.
2. Ter uma base sólida para guiar suas atitudes
Precisamos guiar nossas atitudes segundo a palavra e as leis de Deus. O cristão precisa estudar teologia para entender exatamente os ensinamentos do Senhor e aí então poder coloca-los em prática na sua vida. A teologia oferece a todos a possibilidade de construir uma base sólida para a sua fé, se aproximando de Deus de forma efetiva, sem margem para achismos e equívocos. Ter atitudes cristãs é o dever de todo aquele que se diz cristão.
3. Defender sua fé
Essa base sólida também serve para defender as suas crenças perante o mundo. Há sempre quem duvide e ataque os ensinamentos de Deus, mas o curso de teologia te prepara para explicar de forma clara e fundamentada a sua fé. Se você desenvolve um trabalho dentro da fé, precisa saber como argumentar em defesa do cristianismo.
4. Levar a palavra de Deus para mais pessoas
Quando você conhece e entende a sua fé e sabe dizer com certeza porque é cristão, é um sinal de que está apto a espalhar a palavra de Deus e garantir que mais pessoas tenham acesso a ela. O que ensina a teologia permite que você tenha o conhecimento e a desenvoltura para aproximar de Deus novos fiéis e reaproximar ou aproximar ainda mais os antigos. Seja exercendo um ministério ou conversando com um vizinho, você pode mudar a vida de alguém levando Deus até ele.
5. Ter uma compreensão científica e sistemática do cristianismo
O que é a teologia? Uma ciência que faz o estudo sistemático de Deus, dos textos sagrados, da religião, enfim, de tudo que é pertinente ao cristianismo. Estudar teologia é uma tarefa séria, que leva em consideração estudos, provas científicas, marcos históricos, tudo isso de forma organizada, facilitando a compreensão de diversos temas cristãos.
Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja corretamente a palavra da verdade.(2 Timóteo 2.15)
DICAS DE BIBLIOLOGIA👇
HOMILÉTICA - PARTE 1
Sendo
a HOMILÉTICA a "Arte de Pregar", deve ser considerada a mais nobre
tarefa existente na terra. O próprio Senhor Jesus Cristo em Lucas 16 : 16
disse: Ide pregai o evangelho... Quando a Homilética é observada e aplicada,
proporciona-se ao ouvinte uma melhor compreensão do texto. A observação da
Homilética traz orientação ao orador.
A Eloquência
Eloquência é um termo derivado
Latim “Eloquentia” que significa: “Elegância no falar, Falar
bem, ou seja, garantir o sucesso de sua comunicação, capacidade de
convencer”. É a soma das qualidades do pregador. Não é gritaria,
pularia ou pancadaria no púlpito. A elocução é o meio mais comum para a
comunicação; portanto devemos
observar três pontos importantes do pregador:
1. “Voz”.
â
A voz é o principal aspecto de um discurso.
â Audível Todos possa ouvir.
â Entendível Todos possa entender.
â Pronunciar claramente as palavras.
â Leitura incorreta, não observa as pontuações e acentuações.
2.
“Vocabulário”.
â Quantidade de palavras que conhecemos.
â Fácil de falar - comum a todos, de fácil compreensão - saber o
significado.
â Evitar as gírias, Linguagem incorreta, Ilustrações impróprias.
â Quando estiver pregando – Nunca colocar as mãos no bolso.
Algumas Regras de Eloquência
â Procurar ler o mais que puder sobre o assunto a ser exposto.
â Conhecimento do publico ouvinte.
â Procurar saber o tipo de reunião e o nível dos ouvintes.
â Seriedade, pois o orador não é um animador de platéia.
â Ser objetivo, claro para não causar nos ouvintes o desinteresse.
â Utilizar uma linguagem bíblica.
â Evitar usar o pronome EU e sim o pronome NÓS.
3.
“Postura”.
â Ficar em posição de nobre atitude.
â Olhar para os ouvintes.
â Não demonstrar rigidez e nervosismo.
â Evitar exageros nos gestos.
â Não demonstrar indisposição.
â Evitar as leituras prolongadas.
â Sempre preocupado com a indumentária. (Cores, Gravata, Meias)
â Cabelos penteados melhora muito a aparência.
â O assentar também é muito importante. “Lembre-se que existem muitos
ouvintes, e estão atentos, esperando receber alguma coisa boa da parte de Deus
através de você”.
O Preparo da Pregação
Existem três aspectos a serem abordados quanto ao preparo em que o pregador deverá se empenhar até chegar a hora da transmissão de sua mensagem: o preparo constante, o preparo específico para o texto a ser pregado e a interpretação do texto.
a) O Preparo Constante
A vida toda do pregador deve ser um preparo constante para aquele momento único e precioso no qual estará pregando a Palavra. Ele sabe que sua vida fala ou “prega” mais alto. Sabe que. de sua piedade pessoal, da sua “unção” (sem excluir é claro, o principal - a Graça de Deus) pode depender todo o sucesso da sua empreitada. O preparo constante passa pela vida de oração do pregador, s:eu jejum, sua meditação na Palavra e a. vigilância no seu testemunho pessoal de vida.
b) O Preparo Específico
Não existe pregação bíblica sem que se tenha um texto bíblico como base. A
verdadeira pregação bíblica, como já vimos, é a exposição da verdade divina contida na
Palavra de Deus. O texto bíblico é o que dá autoridade à mensagem, é o que nos capacita a dizer: “assim diz o Senhor”.
Algumas coisas simples, mais importantes quanto à escolha do texto sobre o qual vamos pregar:
-Faça a escolha do texto debaixo de oração sincera e fervorosa, de preferência, a partir de sua vida devocional (que tenha falado ao seu próprio coração).
-Prefira textos claros, que contenham um pensamento completo, de compreensão e assimilação mais fácil. Se o pregador tem dúvidas, não terá certeza para transmitir à congregação.
-Escolha os textos, tanto no Antigo como no Novo Testamento. Faça isso com objetividade. Não procure responder perguntas que ninguém está fazendo. Procure mensagens que tragam lições pertinentes, estímulo, que aponte soluções para os problemas. Enfim, que venham para exortar, edificar e consolar (1 Co. 14.3).
c) A Interpretação do Texto
Algumas dicas para interpretar o texto bíblico corretamente:
-O texto deve ser interpretado honesta e eticamente. Devemos aceitar o que o escritor está querendo dizer. Muitas vezes o texto é torcido a fim de confirmar o ponto de vista do pregador.
-O texto deve ser interpretado com cuidado teológico. Precisa ter cuidado com o sentido das palavras em si, como no caso de Mc. 9.44,45 e Lc. 12.49.
O texto pode ser interpretado com criatividade. Desde que não distorça seu sentido original, pode-se criar maneiras novas de interpretar a Bíblia.
-Se possível, procure conhecer um pouco das línguas originais da Bíblia para compreender melhor o sentido de alguns termos.
Por exemplo, a palavra MUNDO com três significados diferentes:
-cosmo, universo, tudo o que existe (Jo. 1.10).
-social, os homens, a humanidade (Jo. 3.16).
-ético, sistema, influências (I João 2.15).
LINKS DE VÍDEOS DICAS DE HOMILÉTICA👇
https://www.youtube.com/watch?v=phIVXCYXDjQ&t=123s
https://www.youtube.com/watch?v=vHwDZ7g_qqI&t=30s
https://www.youtube.com/watch?v=1Dv0CQg3KuM&t=34s
https://www.youtube.com/watch?v=U4k8aXj-5bg&t=26s
https://www.youtube.com/watch?v=AyCANLm7hO0&t=34s
https://www.youtube.com/watch?v=45WK_J7ZrqM&t=62s
https://www.youtube.com/watch?v=2mCWAOC-VdA&t=19s
https://www.youtube.com/watch?v=mXxQ8uA7jBA&t=73s

A Bíblia e as seitas
As seitas rejeitam a autoridade e inspiração das Escrituras. Há movimentos que admitem crer na Bíblia e segui-la, como as Testemunhas de Jeová, embora na prática não seja assim. Não reconhecem a autoridade dos manuscritos gregos, do contrário não usariam o nome "Jeová" 237 vezes no Novo Testamento da Tradução do Novo Mundo, mesmo reconhecendo que o Tetragrama não aparece uma vez sequer em nenhum manuscrito ou papiro grego.
Creem cegamente nas publicações da Sociedade Torre de Vigia. Chegaram a declarar: "Em essência, mostramos que a So-ciedade é uma sociedade inteiramente religiosa; que os membros aceitam como seus princípios de crença a Santa Bíblia, conforme explicada por Charles T. Russell". A Bíblia só é aceita com a expli-cação do fundador do movimento das Testemunhas de Jeová.
Acreditam que a Bíblia não pode ser entendida sem a revista A Sentinela e sem a Sociedade Torre de Vigia: "É todo-importante estudar a Bíblia, e, visto que A Sentinela auxilia a entender a Bíblia, seu estudo é também imperativo." No parágrafo seguinte continua: "O estudo particular da revista é essencial... Se tivermos amor a Jeová, e à organização de seu povo, não teremos suspeitas, mas como diz a Bíblia, 'creremos em todas as coisas', todas as coisas que A Sentinela esclarece, uma vez que tem sido fiel em nos dar conhecimento dos propósitos de Deus e em nos guiar no caminho da paz, da segurança e da verdade, desde seu início até o dia atual" (Qualificados para Ser Ministros, p. 144). Nessa declaração A Sentinela é colocada no mesmo nível da Bíblia. Colocar qualquer outro escrito com a mesma autoridade da Bíblia ou acima dela constitui-se heresia.
Os mórmons têm o Livro de Mórmon, A Pérola de Grande Valor, Doutrina e Convênios e outras obras chamadas de "obra padrão". Logo na folha de rosto do Livro de Mórmon diz: "Um outro testamento de Jesus Cristo". Se é outro testamento, podemos, com autoridade da Palavra de Deus, impugná-lo. Não podemos recebê-lo de acordo com o que ensina o apóstolo Paulo, não devemos receber outro evangelho além do que está no Novo Testamento, ainda que seja pregado por um anjo, conforme lemos em Gálatas 1.8,9.
O credo mormonista coloca o Livro de Mórmon acima da Bíblia quando declara sua crença na Bíblia "desde que seja fiel a sua tradução e também no Livro de Mórmon" (Regras de Fé, artigo 8°). Por que para se crer na Bíblia exigiu restrição, mas no Livro de Mórmon não? James E. Talmage, proeminente líder mórmon do início do séc. XX, responde a essa pergunta dizendo que "não há e nem pode haver uma tradução absolutamente fidedigna desta e de outras Escrituras". Essa resposta é uma maneira sutil de dizer que o mormonismo não crê ser a Bíblia a Palavra de Deus.
Há seitas que não reconhecem a autoridade da Bíblia como a Palavra de Deus, como a Nova Era, os espíritas e suas ramifica-ções, seitas orientais, Hare Krishna e Seicho-no-iê. Embora às vezes façam citações da Bíblia, quando essas passagens bíblicas parecem oferecer sustentação a suas crenças. (Ezequis Soares)
Um guia bíblico sobre ortodoxia e heresia
A cognoscibilidade da doutrina
Algumas pessoas evitam o estudo da doutrina cristã porque estão convictas de que é muito difícil ou complexa para ser entendida. Todas as pessoas são responsáveis por adquirir conhecimentos doutrinários segundo permitem suas faculdades mentais e seu nível cultural. As Escrituras mandam que todos os cristãos aprendam a doutrina. Geralmente, os obstáculos espirituais, passíveis de ser removidos - e não os intelectuais irremovíveis - impedem os cristãos de avançar na compreensão doutrinária (Hb 5.11-14). Cristo tem dado mestres à Igreja a fim de que ajudem os crentes a compreender a doutrina (Ef 4.11).
Fica claro que esses mestres devem dominar a doutrina num nível mais alto do que a maioria dos demais cristãos, mas assim fazem com o propósito de transmitir tanta verdade quanto possível ao restante dos membros do Corpo de Cristo.
A doutrina ortodoxa é bastante difícil, pois requer honestidade e disciplina, porém é bastante fácil para que - com as exceções mencionadas acima - todos quantos procuram a graça de Deus e que façam o esforço necessário possam aprendê-la (2 Pe 3.16-18).
A doutrina e a salvação
Ao considerar a pertinência da doutrina, mencionei que a salvação de uma pessoa pode depender, até certo ponto, da compreensão da doutrina. Posto que essa questão é tão freqüentemente disputada em nossos dias, merece ser examinada mais de perto.
Quase todos os que reconhecem Jesus Cristo de alguma maneira estão de acordo que os que completa e explicitamente O repudiam estão perdidos. Muitos, porém, acham difícil crer que alguns podem pensar sinceramente que estão seguindo a Cristo e ainda estar perdidos devido as suas crenças heréticas. O próprio Jesus prometeu: "Buscai, e achareis" (Mt 7.7); Os que buscam a Cristo não vão achá-lo, portanto? E não existem muitos membros sinceros de grupos que os evangélicos designam como hereges que realmente desejam encontrar a Cristo? Podem até mesmo ler a Bíblia com mais aplicação do que muitos membros evangélicos da Igreja; podem expressar um desejo ardente de conhecer a Deus e de obedecer a Ele; podem procurar com todo o zelo proclamar a mensagem de Cristo conforme foram ensinados a fazer. Eles, portanto, não estão buscando a Cristo, e não o encontrarão em seguida, de conformidade com a Sua promessa? E se for assim, como a salvação poderá depender das crenças doutrinárias?
Estas perguntas podem ser respondidas à luz dos seguintes princípios bíblicos:
(1) Nem todos os que reconhecem a Jesus como Senhor serão salvos. Essa é a conclusão direta das palavras de Jesus em Mateus 7.21. O simples reconhecimento de que Jesus é Senhor não garante a salvação de uma pessoa. Essa confissão pode ser somente da boca para fora, conforme demonstra a recusa de obedecer-lhe como Senhor (Lc 6.46). Ou alguém pode chamá-lo de "Senhor" sem querer significar o mínimo daquilo que a Bíblia quer dizer. E isso me leva ao segundo princípio.
(2) Muitos daqueles que alegam que confessam Cristo estão crendo "noutro Jesus", e ou estão enganados ou são engana dores. Conclui-se, assim, direta men te de 2 Co rín- tios 11.4. Muitos daqueles que falam da fé em "Jesus" têm uma compreensão de quem e o que Jesus é, tão diferente da realidade, que não têm absolutamente nenhuma fé real no Jesus verdadeiro. Se uma pessoa pensasse que Buda era outro nome para Moisés, não a consideraríamos normalmente "budista", não importa quão piedosa e moralmente tenha posto em prática a sua crença em Buda. Da mesma forma, quem nega o conceito bíblico de Cristo não deve ser identificado como cristão, não importa quão religiosamente siga a sua crença.
Algumas pessoas que crêem "noutro Jesus" são, sem dúvida, insinceras, e Paulo nos adverte contra os "obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo" (2 Co 11.13). Gosto de pensar o melhor a respeito das pessoas, mesmo daquelas com as quais tenho discordado. Tenho conhecido, no entanto, algumas pessoas a respeito das quais tenho concluído, despra ze rosamente, que são simplesmente mentirosas. Essas pessoas sabem de modo bem consciente que a mensagem que propagam é falsa.
Por outro lado, algumas pessoas, mesmo sendo membros das igrejas cristãs, podem "ser desviadas" (2 Co 11.3b) por esses enganadores. É possível, portanto, que pessoas sinceras, mesmo aquelas que faziam parte da comunidade de cristãos verdadeiros, sejam enganadas a ponto de seguir "outro Jesus". Não que essas pessoas sejam perfeitamente inocentes - são mais como Eva que, embora enganada pela serpente (2 Co 11.3a), era culpada do seu pecado e foi considerada responsável por Deus (Gn 3.1-6, 13-16).
(3) Os que são zelosos nos assuntos religiosos não são necessariamente salvos. Em Romanos 10.2 Paulo disse a respeito dos seus irmãos judeus que repudiam Jesus: "Têm zelo de Deus, mas não com entendimento". Pressupõe-se que o fervor implica sinceridade, ou seja: o estado mental de crer que alguém está fomentando baseia-se na verdade. Os judeus que rejeitavam Jesus eram, na sua maior parte, zelosos e, portanto, sinceros nesse sentido - mas mesmo assim estavam perdidos (Rm 10.1-3). Seu fervor visava, em especial, à justificação diante de Deus - mas a procuravam na base das suas próprias obras, como se a salvação fosse por obras, em vez de receberem a justificação que pode ser recebida de Cristo mediante a fé (Rm 9.30-10.4).
Mateus 23.15 refere-se a um fervor de outra índole - fervor este que procura converter os outros. Os fari seus estavam extremamente zelosos na obra missionária, mas tudo quanto conseguiram fazer era levar as pessoas a doutrinas falsas. O fervor no testemunhar ou no proselitizar não indica que um grupo religioso é o povo de Deus.
(4) Nenhum ser humano pode realmente buscar a Deus a não ser que o Espírito de Deus tenha atraído essa pessoa; portanto, os que parecem estar buscando a Deus, mas que não vêem segundo a maneira de Deus, não estão buscando a Deus de modo nenhum. Em Romanos 3.11 Paulo cita Salmos 14.2, dizendo: "não há ninguém que busque a Deus". O pecado tem pervertido de tal maneira os seres humanos que ninguém entre nós busca a Deus por nossas próprias inclinações naturais. Isto porque "a inclinação da carne é inimizade contra Deus" (Rm 8.7). Fica claro que algumas pessoas realmente buscam a Deus, pois doutra forma Deus não nos chamaria para buscá-lo (Isaías 55.6 etc.). Mas quando as pessoas buscam a Deus, é somente porque Deus primeiramente as "buscara" e as atraíra para Si mediante a Sua graça (Lc 19.10; Jo 6.44; 15.16).
Quando as pessoas, portanto, parecem estar "buscando a Deus" - quando estudam a Bíblia (2 Pe 3.16), comparecem às reuniões, oram, mudam sua maneira de viver, procuram obedecer aos mandamentos, e falam do seu amor por Deus e Cristo - mas persistem em adorar a um Deus falso, ou honram a um Cristo falso, ou seguem um evangelho falso (Gl 1.7-9; 2 Co 11.4), devemos concluir que não estão realmente buscando a Deus. É mais provável que tenham estado buscando poder espiritual, segurança, paz mental, relacionamentos calorosos, conhecimentos, emoções, ou qualquer coisa que não seja simplesmente Deus. E a dizer isto, não estou alegando que todos os cristãos genuínos, por sua vez, têm buscado pura e simplesmente a Deus. Ao contrário, nosso testemunho como cristãos deve ser que estávamos caminhando pelo caminho errado quando Deus nos buscou e nos fez parar, e então nos conduziu a um novo caminho, estreito, que conduz à salvação em Jesus Cristo (Mt 7.13).
(5) Qualquer pessoa que realmente deseja saber a verdade a respeito de Deus e do Seu caminho da salvação, acima de todas as demais coisas, pode ser salva e será salva. Esse é o outro lado da moeda, por contraste com o tema anterior. Jesus prometeu que "o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora" (Jo 6.37). Sem dúvida alguma, teremos de chegar até ao Jesus verdadeiro segundo as Suas próprias condições. Judas chegou-se até ao Jesus verdadeiro, pelo menos exteriormente (Judas não sabia, na verdade, quem Jesus realmente era), mas não o seguiu segundo as próprias condições impostas por Jesus e, como conseqüência, estava perdido (Jo 7.12).
Para muita gente, o preço de abandonar a heresia é alto demais - a perda de amigos, a vergonha de ter de se confessar errado, as ameaças dos mestres da heresia no sentido de que todos os que deixam os seus ensinos estão perdidos. Mas a salvação está à disposição de qualquer pessoa que, mediante a graça de Deus, coloque a verdade (e Aquele que É a Verdade) acima de todas as demais coisas.
O cristianismo aberrante
Talvez pareça que o discerni mento doutrinário deve ser um procedimento bastante fixo nos mínimos detalhes para determinar se uma doutrina é ortodoxa ou herética. Afinal de contas, temos distinguido a ortodoxia da heresia de um modo tal que todas as possibilidades foram abrangidas. Ou uma doutrina é tal que os que a sustentam devem ser recebidos como cristãos (neste caso, é doutrina ortodoxa), ou não é (neste caso, é herética). Isso talvez parece implicar um ponto de vista "branco ou preto", segundo o qual toda a doutrina fica sendo ou completamente ortodoxa ou completamente herética.
Embora o discernimento doutrinário seria muito mais organizado e simples, se este fosse o caso, as coisas são lastimavelmente mais complicadas - de duas formas distintas, no mínimo.
Primeiramente, uma só doutrina nunca se mantém em isolamento de outras doutrinas, ao contrário, sempre faz parte de um sistema ou corrente de crenças mantidas por certa pessoa ou grupo. Algumas vezes esse sistema de crenças inclui muitas doutrinas que são ortodoxas, bem como algumas que são heréticas. Por exemplo: certo grupo religioso poderá sustentar que a Bíblia é a Palavra de Deus, que há um só Deus, que Jesus nasceu da virgem e ressuscitou dentre os mortos, e ainda negar a divindade de Jesus Cristo.
Esse sistema de crenças do grupo é herético, embora contenha muitas crenças verdadeiras. Além disso, as crenças heréticas do grupo geralmente o levam a entender mal ou a aplicar mal as próprias crenças verdadeiras que confessam, posto que as crenças tendem a ser interdependentes e, portanto, afetam-se mutuamente. Por isso, uma das tarefas do discernimento doutrinário é separar quais das crenças no sistema herético são realmente heréticas, quais não o são, e como as crenças não-heréticas são mal aplicadas por causa do sistema herético dentro do qual são afirmadas.
A segunda classe de complicações a serem notadas é que as pessoas freqüentemente sustentam crenças contrárias. Isso porque as pessoas são freqüentemente inconsistentes, e em alguns casos, podem manter crenças ortodoxas, mas também mantêm crenças que abalam ou contradizem suas crenças ortodoxas. A dificuldade que se apresenta em tais casos é a de determinar se o sistema é basicamente ortodoxo, ou não.
Por exemplo: muitos grupos que professam ser cristãos hoje em dia confessam a crença num só Deus, mas também falam que os seres humanos (normalmente cristãos em particular) são "deuses" em certo sentido. Essa contradição verbal pode ou não mostrar uma verdadeira contradição no modo de sustentar as suas crenças. Tornando ainda mais difíceis as coisas, há o fato de que esses grupos diferentes querem dizer coisas totalmente diferentes ao chamarem os crentes de "deuses".
Em alguns casos, fica evidente que realmente não crêem num único Deus, de modo nenhum. Em outros casos, fica claro que empregam a palavra "deuses" aos crentes de uma maneira tão figurada que sua confissão em um só Deus não sofre nenhuma contradição. Em outros casos, ainda, existe uma tensão real, e é difícil evitar a conclusão de que o grupo está mantendo conscientemente idéias contraditórias.
Para definir melhor esse fenômeno, é proveitoso chamar de aberrantes as doutrinas religiosas que ou subvertem as crenças ortodoxas do grupo ou estão em tensão com elas. Manter essas idéias aberrantes - um problema grave, e os que as mantêm devem considerar- se em pecado, e devem procurar colocar-se na conformidade. Especificamente, os que defendem tais erros não devem ter licença para ensinar ou oficiar na Igreja, e os que se recusam a abster-se de tais idéias aberrantes devem ser excomungados.
A acusação de que as crenças de uma pessoa ou de um grupo são aberrantes e graves não deve ser feita levianamente. Podemos sustentar que, em certo nível, qualquer crença incorreta está em tensão com as crenças ortodoxas, ou as subverte. Mas realmente me refiro, com a palavra "aberrante", somente às crenças falsas que danificam seriamente a integridade de uma confissão ortodoxa da fé.
Resumindo o assunto: o discer nimento doutrinário é uma tarefa difícil - que exige sensibilidade, um senso de proporção e de equilíbrio, e uma compreensão profunda daquilo que é essencial e daquilo que não o é. Heresias e erros novos sempre estão aparecendo, com novas percepções da verdade bíblica, e é necessário discernimento para perceber a diferença. Portanto, a tarefa do discernimento doutrinário é uma necessidade sempre real na Igreja Cristã.
(ICP - Instituto Cristão de Pesquisas)
ORTODOXIA BÍBLICA

Ortodoxia, vem da palavra grega "orthodoxia" (de orthos "certo", e doxa "opinião"), o que significa crença correta, em contraste com a heresia ou a heterodoxia que é o desvio de princípios doutrinários [antônimo de ortodoxo]. Essa palavra para nós expressa a idéia de que certas declarações sintetizam com exatidão o conteúdo do Cristianismo às verdades reveladas e, portanto, são por sua própria natureza normativas para a igreja universal. A idéia da ortodoxia veio a ser importante na igreja a partir do século II por causa de conflitos, primeiramente com o gnosticismo e depois com outros erros a respeito da trindade e da pessoa de Cristo. A aceitação rigorosa da "regra de fé"(regula fidei) era exigida como uma condição prévia da comunhão, e surgiu uma multiplicidade de credos que explicavam essa "regra". Seja qual fosse a questão, as ESCRITURAS sempre eram o suporte para se definir a ortodoxia da Igreja.
É motivo de grande satisfação notarmos que as Escrituras contêm todos os fatos da teologia, admitindo verdades intuitivas, tanto intelectuais como morais, por causa da nossa constituição como seres racionais e morais.
Ao mesmo tempo admitem as Escrituras o poder controlador sobre as crenças exercido pelo ensino intimo do Espírito Santo, ou seja a experiência religiosa.
Esta verdade ao bem se ilustra na palavra do apóstolo Paulo que disse:
"A minha palavra, e a minha pregação não consistiu em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito e de poder" (1 Cor. 2:4).
Esse ensino ou "demonstração" íntima do Espírito Santo limita-se às verdades objetivamente reveladas nas Escrituras, não como revelação de novas verdades, mas como iluminação da mente que a torna apta para perceber a verdade, a excelência e a glória das coisas anteriormente reveladas.
Assim disse o apóstolo Paulo em continuação da passagem:
"Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.
Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.
Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais.
Ora o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido.
Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo" (1 Cor. 2:10-16).
Essa posição doutrinária e bíblica, simples e espiritual, deve ser a posição tomada por nós, posição do apóstolo Paulo. Uma pósição ORTODOXA.
Nessa posição a Bíblia contém todos os fatos e todas as verdades reveladas pelo Espírito de Deus ao homem.(Comunidade.net)
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Você já pensou em fazer um curso de teologia? Pois saiba que a teologia pode ser muito útil na vida de todos. Seja para se aproximar mais de Deus ou aplicar a teologia no seu ministério cristão, o que este curso ensina pode mudar a sua vida e até a sua carreira. Afinal, o que é a teologia senão a chance de se aprofundar nos mistérios divinos e ser um cristão melhor?
Confira algumas dicas para estudar teologia que vão te fazer querer começar agora mesmo:
1. Se aprofundar na palavra de Deus
O primeiro e mais importante motivo para se fazer um curso de teologia é se aprofundar nos ensinamentos de Deus. Estudar e aprender a analisar e interpretar a Bíblia e temas relacionados a religião e a Deus são importantes para qualquer cristão. Se você tem um papel ativo na sua igreja, a teologia se torna crucial para desempenhar bem a sua função.
2. Ter uma base sólida para guiar suas atitudes
Precisamos guiar nossas atitudes segundo a palavra e as leis de Deus. O cristão precisa estudar teologia para entender exatamente os ensinamentos do Senhor e aí então poder coloca-los em prática na sua vida. A teologia oferece a todos a possibilidade de construir uma base sólida para a sua fé, se aproximando de Deus de forma efetiva, sem margem para achismos e equívocos. Ter atitudes cristãs é o dever de todo aquele que se diz cristão.
3. Defender sua fé
Essa base sólida também serve para defender as suas crenças perante o mundo. Há sempre quem duvide e ataque os ensinamentos de Deus, mas o curso de teologia te prepara para explicar de forma clara e fundamentada a sua fé. Se você desenvolve um trabalho dentro da fé, precisa saber como argumentar em defesa do cristianismo.
4. Levar a palavra de Deus para mais pessoas
Quando você conhece e entende a sua fé e sabe dizer com certeza porque é cristão, é um sinal de que está apto a espalhar a palavra de Deus e garantir que mais pessoas tenham acesso a ela. O que ensina a teologia permite que você tenha o conhecimento e a desenvoltura para aproximar de Deus novos fiéis e reaproximar ou aproximar ainda mais os antigos. Seja exercendo um ministério ou conversando com um vizinho, você pode mudar a vida de alguém levando Deus até ele.
5. Ter uma compreensão científica e sistemática do cristianismo
O que é a teologia? Uma ciência que faz o estudo sistemático de Deus, dos textos sagrados, da religião, enfim, de tudo que é pertinente ao cristianismo. Estudar teologia é uma tarefa séria, que leva em consideração estudos, provas científicas, marcos históricos, tudo isso de forma organizada, facilitando a compreensão de diversos temas cristãos.
Essa lista de motivos com certeza vai fazer qualquer cristão se interessar, e muito, por tudo o que ensina a teologia.
DEUS EM TRÊS PESSOAS
"Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mateus 28.19).
A Trindade é parte da doutrina de Deus por isso é também uma questão de vida ou morte. A Bíblia ensina que há só um Deus e que Deus é um só. Esse é o monoteísmo judaico-cristão revelado nas Escrituras. Mas, isso não contradiz a doutrina da Trindade? É sobre isso que trata o presente capítulo. A abordagem aqui é para apresentar um resumo histórico dessa doutrina, defini-la e mostrar suas bases bíblicas.
HISTÓRIA DA DOUTRINA DA TRINDADE
Várias tentativas foram feitas nos quatro primeiros séculos da era Cristã para conciliar a divindade absoluta de Jesus com o monoteísmo, sem sacrificar a deidade do Pai. Nesses debates sur-giram os que defendiam o monoteísmo sacrificando a divindade absoluta do Filho. Os ebionitas criam em Jesus como o seu Messias, mas negavam sua deidade. Viviam o ritual da lei e os costumes judaicos, eram hostilizados tanto pelos judeus quanto pelos cristãos. Eram uma comunidade de judeus cristãos que floresceu no início do segundo século da Era Cristã. O nome vem do hebraico e significa "pobre". Em virtude das discussões sobre a cristologia do Logos, na segunda metade do segundo século e na primeira do século se-guinte, surgiram os chamados monarquianistas, termo dado por Tertuliano aos opositores da doutrina do Logos, os alogoi, aqueles que rejeitavam o Evangelho de João. Os monarquianistas se dividiam em dois grupos: monarquianismo dinâmico, que negava a divindade de Jesus; e o monarquianismo modalista, que defendia a divindade absoluta de Jesus mas confundia as Pessoas. Para eles, o Pai, o Filho e o Espírito Santos seriam 3 máscaras de Deus. Em outras palavras, "não separava a substância, mas confundia as Pessoas".
O arianismo foi a maior controvérsia da história do Cristianismo. Fundado por Ário, entre 321-325, o qual pregava que o Filho era criatura (doutrina advogada ainda hoje pelas Testemunhas de Jeová) e esta inovação sacudiu o Cristianismo da época. Esta controvérsia nasceu em Alexandria, Egito, e terminou no primeiro concílio ecumênico da história, o Concílio de Nicéia, onde pela primeira vez se reuniram os bispos do Oriente e do Ocidente para discutir a causa arianista, na cidade de Nicéia, em 325 d.C. Nesse Concílio nasceu o Credo Niceno, que diz: "Cremos em um só Deus, Pai Onipotente, Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis. Em um só Senhor Jesus Cristo, Verbo de Deus, Deus de Deus, Luz de Luz, Vida de Vida, Filho Unigénito, Primogênito de toda a criação, por quem foram feitas todas as coisas; o qual foi feito carne para nossa salvação e viveu entre os homens, e sofreu, e ressuscitou ao terceiro dia, e subiu ao Pai e novamente virá em glória para julgar os vivos e os mortos. Cremos também em um só Espírito Santo." O apolinarianismo veio depois da controvérsia ariana. Apolinário foi bispo de Laodicéia e morreu em 392. Uma vez definida a divindade do Logos e resolvida a questão ariana, a controvérsia girava agora em torno das duas naturezas de Cristo: a humana e a divina. Apolinário foi diametralmente oposto ao arianismo, no entanto, combateu uma heresia desenvolvendo outra tão grave quanto a que combatia: deu muita ênfase à divindade de Cristo e sacrificou a sua genuína humanidade.
Apolinário dizia que a deidade de Cristo era a sua alma. Veja que sem alma não pode Jesus ser o verdadeiro homem: "Visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas... convinha que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos" (Hb 2.14,17). Os nestorianos ensinavam que as duas naturezas de Cristo eram duas pessoas e que essa era tão íntima que poderia ser chamada uma só pessoa, como no caso de marido e mulher serem "uma só carne" (Gn 2.24).
Assim como os modalistas confundiam as Pessoas da Trindade, o monofisismo confundia as duas naturezas de Cristo. "Monofisismo vem de duas palavras gregas monos, "único", e physis, "natureza". É a doutrina que defende uma única natureza de Cristo, só a divina ou divina e humana amalgamada, ensinada pelas igrejas cóptica, armênia, abissínia e pelos jacobitas, mesmo depois do século V. Essa doutrina foi condenada no Concílio da Calcedônia, em 451. Jacó Baradeus e seus seguidores rejeitaram a decisão desse Concílio. Por isso a igreja nacional da Síria é conhecida como Jacobita.
Nós reconhecemos a ortodoxia definida no Concílio da Calcedônia porque tem base bíblica. Essa doutrina é chamada de Hipóstase. Esse vocábulo vem de duas palavras gregas hypo, "sob", e istathai, "ficar". Nas discussões teológicas sobre a doutrina da Trindade, na era da patrística, era usada como sinônimo de ousia, "essência, ser". Com relação a Jesus, significa a união das suas duas naturezas: divina e humana.
Há ainda hoje alguns que ensinam que Jesus abdicou de sua deidade quando esteve na terra como homem, e que os poderes sobrenaturais eram oriundos do Espírito Santo. Como fica, portanto, a adoração de Jesus e a sua autoridade para perdoai" pecados? Veja que Jesus foi adorado diversas vezes e nunca recusou essa adoração: "Aproximaram-se os que estavam no barco e o adoraram, dizendo: És verdadeiramente o Filho de Deus" (Mt 14.33). Há várias passagens bíblicas que comprovam essa verdade. Veja Mateus 2.2,11; 8.2; 9.18; 15.25; Marcos 15.19; João 9.38. Os discípulos adoraram ao Jesus Deus ou ao Jesus homem? O anjo, ao recusar ser adorado, disse a João: "Adora a Deus" (Ap 19.10; 22.9,10). Jesus disse ao paralítico: "Perdoados te são os teus pecados" (Mt 9.2). O homem pode perdoar pecados? Veja a passagem paralela em Marcos 2.7.

A teologia, definida com simplicidade, é o estudo de
Deus e do seu relacionamento com tudo quanto Ele criou.
Cremos que a teologia deriva-se da revelação de Deus na
Bíblia, pois de nenhuma outra maneira poderia postar-se como
testemunho fidedigno para os que buscam a verdade.
A revelação bíblica não somente dirige o teólogo às
doutrinas que devem ser cridas, como também define os
limites do conteúdo da fé. A teologia deve referendar como crença obrigatória somente o que a Bíblia ensina explícita ou
implicitamente. A teologia deve também importar-se vitalmente
com a interpretação correta da Bíblia e sua aplicação
apropriada.
Embora a matéria fundamental da teologia seja tirada
da Bíblia, a teologia também se interessa pela comunidade da
fé de onde surgiu a revelação. E de igual modo se importa com
a comunidade para a qual a mensagem será transmitida. Sem
haver compreensão da comunidade da antiguidade, a
mensagem não será corretamente aplicada. Esse duplo
esforço pode ser ressaltado em deixar claro que a teologia
empenha-se em "oferecer uma declaração coerente" dos
ensinos da Bíblia, colocada no contexto da cultura em geral,
expressada em linguagem idiomática contemporânea e
relacionada com as questões da vida. Tem sido definida, ainda,
como uma reflexão sistemática sobre as Escrituras... e a
missão da igreja em mútuo relacionamento, tendo as
Escrituras como a norma. A teologia é uma disciplina viva e
dinâmica; sua fonte de autoridade não muda; esforça-se por
comunicar as verdades eternas ao mundo que vive em
constante mudança.
NÃO CONFUNDA A MANIFESTAÇÃO DE CRISTO COM 0 ARREBATAMENTO
Basta estudar sobre a volta de Jesus sem preconceito para entender que haverá dois adventos distintos, intervalados por sete anos. Pessoas que não temem a Deus nem conhecem a sua Palavra zombam: "Quando Jesus voltar, vão matá-lo de novo. Dessa vez será por meio de cadeira elétrica, injeção letal, fuzilamento". No entanto, quando Ele se manifestar visivelmente, fará isso com grande poder e glória! Aos seus inimigos só restará uma alternativa: lamentar (Ap 1.7).
Em Apocalipse 19.11-16, a volta do Senhor é descrita de modo muito diferente da narrativa de 1 Tessalonicenses4.16,17. Porquê? Porque esta passagem refere-se, claramente, ao Arrebatamento, e o texto apocalíptico alude à manifestação do Senhor: "E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça. [...] E seguiam-no os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro. [...] E na veste e na sua coxa tem escrito este nome: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES".
Na sua manifestação, o Senhor virá com os seus exércitos. O que significa isso? Alguém, de modo apressado, poderá pensar que Ele virá apenas com os seus anjos. Entretanto, como a Igreja também forma parte dos exércitos do Deus vivo (2 Tm 2.3,4), e considerando o fato de os salvos já estarem no céu, por ocasião da manifestação de Cristo (Ap 19.1-14), cumprir-se-á o que está escrito em Colossenses 3.4: "Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, também vós vos manifestareis com ele em glória".
Em Zacarias 12-14, Mateus 24.30,31 e 2 Tessalonicenses 2.6-8 vemos as características da gloriosa manifestação de Cristo em poder e grande glória. Ela não deve ser confundida com o Arrebatamento porque Jesus descerá à Terra, a fim de julgar os vivos, com todos os seus santos. Além disso, um dos propósitos dessa segunda etapa será pôr um fim à Grande Tribulação, sete anos após o Rapto da Igreja. Em Mateus 24.31 está escrito que
o Senhor enviará anjos, com rijo clamor de trombeta, para reunir os seus escolhidos desde uma à outra extremidade dos céus. A trombeta aqui nada tem a ver com a mencionada 1 Coríntios 15.52, cuja finalidade é convocar os salvos ressuscitados e vivos no momento do Arrebatamento.
Na manifestação do Senhor em poder e glória haverá a reunião de todos os santos, de todas as épocas: os que já estiverem no céu, em corpos glorificados, e os vivos — remanescentes judeus e gentios (Mt 25.32) —, que sobreviveram à Grande Tribulação. Todos juntos ingressarão no Milénio. O texto de Marcos 13.27 é ainda mais claro que Mateus 24.31 quanto a isso, pois informa que os anjos reunirão os escolhidos da extremidade da Terra até ao céu.
Cristo e seus exércitos descerão à Terra: "E, naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras" (Zc 14.4). E Ele porá fim à Grande Tribulação, vencendo a falsa trindade, na batalha contra os seus exércitos: "E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo e ao seu exército. E a besta foi presa
e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e enxofre" (Ap 19.19,20).
Diferentemente do Rapto, na manifestação de Cristo o mundo todo o verá: "Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Certamente. Amém!" (Ap 1.7, ARA). Ele virá publicamente: "há de vir assim como para o céu o vistes ir" (At 1.11). Jesus será visto pelos judeus — os que o traspassaram — e por todas as nações. Todos os adoradores da Besta o contemplarão e lamentarão, pois, na segunda etapa da Segunda Vinda, Ele virá como Rei dos reis, Senhor dos senhores e Juiz de toda a Terra.
As passagens que mencionam a reunião de Cristo com os seus santos, por ocasião da Segunda Vinda, necessitam de atenção redobrada, a fim de que não haja confusão entre o Arrebatamento da Igreja e a manifestação do Senhor. Em ambas as fases menciona-se que o Senhor Jesus virá com os seus santos. E isso faz com que alguns teólogos se apressem em considerá-las — erroneamente — uma coisa só.
Joel 2.28,29. Quando confrontamos esta passagem com Atos 2.17, vemos que não é o Arrebatamento que será precedido por um grande avivamento, como alguns pregadores têm afirmado, e sim a manifestação de Cristo em poder e grande glória. Deus derramará o seu Espírito especialmente sobre Israel. Os seus remanescentes reconhecerão que Jesus é o Messias e, olhando para Ele, chorarão amargamente, arrependidos. Eles hão de reconhecer a culpa pelo traspassamento de seu Juiz, Legislador e Rei (SI 22.16; Is 53.5; Jo 19.34).
Engana-se quem pensa que, na Grande Tribulação, o Espírito Santo se retirará da Terra. Ele continuará agindo, pois os juízos de Deus derramados, nesse período, não visam a outra coisa senão levar os pecadores ao arrependimento. E, como o Senhor é misericordioso e gracioso, os que se arrependerem usufruirão de um grande derramamento do Espírito. A profecia desse glorioso avivamento que permeará a Grande Tribulação está registrada em Ezequiel 37.
Mateus 24—25. Estes dois capítulos são textos-chave para o entendimento das duas etapas da Segunda Vinda de Cristo e outros eventos escatológicos. Em Mateus 24, vemos os últimos dias, próximos ao Arrebatamento; a primeira e a segunda fases da Grande Tribulação; a manifestação de Jesus em poder e glória; e várias analogias a respeito da vigilância ante a Segunda Vinda. Em Mateus 25, além da parábola das dez virgens, que aponta para a iminência do Arrebatamento, e da dos talentos, que alude ao Tribunal de Cristo, vemos o julgamento das nações e o prelúdio do Reino Milenar de Cristo.
Colossenses 3.4. Este texto — como vimos acima — diz respeito à Revelação de Cristo em glória, quando os salvos, em corpos glorificados, vierem com Ele.
1 Tessalonicenses 3.13. Nesta passagem está escrito: "para confortar o vosso coração, para que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os seus santos". Neste texto, o termo "santos" refere-se aos espíritos+almas dos salvos que serão transportados do Paraíso à Terra, a fim de se unirem aos corpos na ressurreição, por ocasião do Arrebatamento da Igreja.
Tito 2.13. Há passagens em que as duas etapas são mencionadas juntas, exigindo do exegeta ainda mais atenção. O versículo em apreço c um bom exemplo disso: "aguardando a bem-aventu-rada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo". A expressão "a bem-aventurada esperança" alude ao Arrebatamento, enquanto que a outra — "o aparecimento da glória do grande Deus" — se refere à manifestação de Cristo.
Judas vv. 14,15. Essa passagem alude à segunda etapa da Segunda Vinda, haja vista enfatizar que o Senhor virá "com milhares de seus santos, para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios".
Apocalipse 19.8,14. Aqui também vemos as duas etapas. No versículo 8, a Igreja, galardoada, está nas Bodas do Cordeiro, vestida de linho puro, fino e resplandecente. No versículo 14, ela acompanha o Senhor Jesus, em sua manifestação em poder e grande glória: "E seguiam-nos os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro".
(Extraído do livro Erros Escatológicos que os Pregadores Devem Evitar.)
A Igreja Precisa de Teologia?
Rev. João
Alves dos Santos
Introdução
e Conceitos
É
comum ouvirmos que “a teologia mata a religião” ou que “a Igreja não precisa de
teologia e, sim, de vida”. Serão verdadeiras essas afirmações? Admitimos que há
muita coisa por aí levando o nome de “teologia” que não passa de especulação
humana, por não se basear em pressupostos de uma hermenêutica bíblica. E até a
“boa teologia”, quando se torna um fim em si mesma, pode não ter qualquer uso
prático e reduzir-se a mero academicismo. Não é disto que falamos aqui.
Perguntamos se a
verdadeira Teologia é necessária à Igreja.
E
o que é verdadeira Teologia? Como o próprio nome indica, Teologia é o estudo de
Deus, ou, definindo mais formalmente, “é a ciência que trata de Deus em Si mesmo
e em relação com a Sua obra” (B.B. Warfield). Perguntamos, por conseguinte,
se a Igreja pode prescindir do conhecimento de Deus e da Sua obra e ainda ser
Igreja de Deus. É quase certo que aqueles que negam a necessidade da Teologia
na vida da Igreja não diriam, conscientemente, que alguém pode ser cristão sem
conhecer a Deus. O que lhes falta é um bom conhecimento do que é Teologia e de
suas implicações.
Como
podemos conhecer a Deus sem estudar a revelação que Ele faz de Si mesmo?
Como saber quem Ele é e o que Ele tem feito e faz, quem somos nós em relação
a Ele, o que Ele requer de nós, etc., se não investigarmos o que Ele deixou
revelado para nosso conhecimento? Pois esse é o trabalho da Teologia. Esse
trabalho parte de três pressupostos: O primeiro é o de que Deus existe; o segundo,
de que Ele pode ser conhecido, embora não de modo exaustivo e completo;
e o terceiro, de que Ele tem Se revelado tanto por meio de Suas obras
(criação
e providência - Revelação Geral - Sl19:1,2; At 14:17), como, principalmente,
nas Santas Escrituras (Revelação Especial - Hb1:1,2; 1 Pd 1:20,21).
É
porque Deus Se revelou que podemos conhece-Lo. Nosso conhecimento de Deus
não é intuitivo, nem natural, mas comunicado por Ele mesmo através dos meios
que soberanamente escolheu. “Fazer teologia”, portanto, não é inventar teorias
a respeito de Deus e de Suas obras, nem mesmo “descobrir” a Deus, mas conhecer
e compreender a revelação que Ele próprio deu de Si. Por isso, qualquer estudo
de Deus que não tiver a Sua revelação como base, meio e princípio regulador não
é “teologia”, devidamente entendida.
A
palavra “teologia” não ocorre na Bíblia e o termo que lhe é equivalente, no N.T.,
é “doutrina” ( “didache” ou “didaskalia”, no grego), que vem de uma raiz que
significa “ensinar” e pode se referir tanto ao ato de ensinar, propriamente, como
ao conteúdo do que é ensinado (Rm 6:17;1Tm 6:3-4; 2Tim 4:3-4; Tito 1:2,9, etc.).
Podemos dizer, de modo mais completo agora, que Teologia é o conjunto de
verdades extraídas dos ensinos bíblicos a respeito de Deus e de Sua obra, e que são
apresentadas de modo sistemático, na forma de um corpo de doutrinas. A essa
forma ordenada de doutrinas, dá-se inclusive, o nome de “Teologia Sistemática”.
O adjetivo aqui, não altera o conceito de “teologia”.
Assim
entendidas, fica evidente que não há diferença entre Teologia e Doutrina.
Mas
voltemos ao nosso tema. Duas são as razões geralmente apresentadas para se
dizer que a Igreja não precisa de Teologia. Elas se baseiam em duas falsas antíteses:
1. A primeira é a suposição de que o Cristianismo se baseia em
fatos e não em Doutrinas
Concordamos
que nossa salvação não repousa sobre um conjunto de teorias ou ideias,
mesmo que extraídas corretamente da Bíblia, a que damos o nome de
“doutrina”,
mas sobre os atos poderosos e eficazes do nosso soberano Deus. Não somos salvos
através de uma correta teoria a respeito da pessoa de Cristo, mas pela própria
pessoa de Cristo; nem através de um exato entendimento da
doutrina
da Expiação, mas pelo próprio ato expiatório. É possível alguém ser “bom
teólogo”, nesse sentido, e ainda não experimentar as graças ensinadas nas doutrinas
que expõe. A doutrina realmente não salva. A obra de Cristo, devidamente
aplicada pelo Espírito no coração do crente, é que assegura essa graça.
Seu nascimento sobrenatural, Sua vida de perfeita obediência à Lei, Sua
morte
substitutiva, Sua ressurreição, Sua ascensão e assentamento à direita do Pai,
Sua segunda vinda, são os grandes fatos que tornam garantida a salvação dos
eleitos.
Mas
como sabemos que esses são os fatos? Que sentido teriam esses acontecimentos
se não tivessem sido interpretados? É a doutrina que lhes dá sentido.
Como viemos a saber que aquele menino que nasceu em Belém é o Filho de Deus?
Por que descansamos na eficácia da Sua morte para a expiação dos nossos
pecados? Por que sabemos que a Sua ressurreição, há dois mil anos atrás,
garante a nossa justificação? É porque esses fatos são todos explicados e interpretados
pela doutrina. Esta não só informa o fato como também dá o seu
significado.
A doutrina não salva, mas pode tornar o homem sábio para a salvação
(2Tm 3:15). Doutrina sem fato é mito, mas fato sem doutrina é mera história.
O
Cristianismo, portanto, consiste em “fatos que são doutrinas e doutrinas que são
fatos”, na expressão de B.B. Warfield. Ele diz: “A Encarnação é uma doutrina:
nenhum
olho viu o Filho de Deus descer dos céus e entrar no ventre da virgem; mas
se isso não for um fato histórico também, nossa fé é vã e permanecemos ainda
em nossos pecados”( Selected Shorter Writings, vol 2, p. 234). Fato e
doutrina
se complementam no Cristianismo. Quando João diz: “E o Verbo se fez carne, e
habitou entre nós, cheio de graça e de verdade” (Jo 1:14), não está apenas
apresentando um fato; está explicando-o também. Quando Paulo afirma que Jesus
“foi entregue por causa das nossas transgressões,e ressuscitou por causa da
nossa justificação” (Rm 4:25), de igual modo está dando uma interpretação aos
fatos da morte e ressurreição de Cristo. Isto é o que se vê em toda a
Escritura, especialmente nas epístolas.
Até
mesmo os fatos manifestos na natureza (Revelação Geral) não seriam devidamente
compreendidos se não fossem explicados pela Bíblia (Revelação Especial).
Podemos hoje entender que “os céus manifestam a glória de Deus” (Sl 19:1)
porque o Criador nos tem revelado isso na Sua Palavra. Sem essa explicação, sua
mensagem (a dos céus) passaria despercebida e eles poderiam até ocupar o lugar
do Criador, gerando a idolatria (devido ao pecado), como lemos em Rm 1:18-32.
Não é o acontece quando as pessoas dizem que “a natureza é sábia”, ou quando a
chamam de “mãe natureza”?. Sem a revelação do Criador, a criatura toma o seu
lugar. Daí dizer-se que para se conhecer a Deus é preciso que Ele fale, e não
somente que Ele aja.
Concluímos,
portanto, que os fatos só têm sentido quando acompanhados da doutrina.
Nem é pertinente perguntar qual dos dois é mais importante. Seria o mesmo
que indagar qual das duas pernas é mais importante para o nosso caminhar.
O ensino da doutrina é uma das ênfases da Bíblia (1Tm 3:2; 2Tm 2:2; Tito
1:9; Ef 4:11), pois sem ela não existe verdadeiro Cristianismo.
2. A segunda é a suposição de que o Cristianismo consiste em
vida, não em Doutrina
Por
trás dessa afirmação podem estar raízes do conceito filosófico que exalta o misticismo,
as emoções, o sentimento religioso do homem, e que procura eliminar da religião
todo apelo ao intelecto, à razão. “Religião é vida e a vida é dinâmica,
fluente; a doutrina é estática, fria, e, portanto, não pode ser compatível com
o caráter do Cristianismo”, dizem. Aqueles que assim pensam até admitem um
certo tipo de doutrina, desde que mutável, adaptada sempre à dinâmica da vida e
conformada às “necessidades” da época e do lugar onde a vida do Cristianismo se
manifesta. Até chamam a isso de “teologia contemporanizada” ou
“contextualizada”. Segundo esse ponto de vista, não é a doutrina que deve
dirigir a vida, mas esta àquela. “A letra mata, mas o espírito vivifica”,
argumentam. A prática (práxis) é colocada acima da doutrina não só em importância,
mas também no tempo: a doutrina passa a ser um produto da vida cristã, não a
sua norma. Há até quem interprete assim a célebre divisa: “Igreja reformada
sempre se reformando”.
Mas
será essa a visão bíblica do Cristianismo? Podemos dizer, com base na palavra
de Deus, que o Cristianismo é vida e não doutrina, ou, primeiramente vida,
depois doutrina? Existe tal antítese? Se essa posição for verdadeira, então não
haverá verdade absoluta, nem princípio fixo, nem revelação objetiva. Tudo cairá
no campo dos valores relativos e passará a depender do subjetivismo, da “piedade”,
das emoções. Não admira que haja tanta “fluidez” e instabilidade entre
os que assim pensam, e que sejam facilmente levados “por todo vento de doutrina”.
Para estes, a doutrina é o que menos interessa.
Concordamos
também que Cristianismo é vida, e graças a Deus por isso! Onde a vida não se
manifesta, nos moldes escriturísticos, falta a alma da verdadeira religião.
Mas devemos ou podemos prescindir da doutrina para que essa vida se manifeste?
Antes de tudo, é a verdade de Deus relativa? Depende o seu valor do lugar e da
época em que se encontram os homens? Sabemos que esta é a posição atual dos que
se denominam pluralistas e esse é o pressuposto básico desta posição. Será que
aquilo que foi deixado por Paulo e pelos outros apóstolos como doutrina para os
seus dias deveria ser mudado nos dias de Agostinho, depois nos dias de Lutero e
Calvino, depois nos dias de Warfield e dos Hodge e, assim, sucessivamente, até
os nossos dias, para dar lugar às manifestações de vida? Não creio que a Bíblia
justifique essa posição nem que esses teólogos a tenham entendido assim. O
princípio de que “a Igreja reformada deve estar sempre se reformando” visa
manter sempre a mesma posição em relação à verdade, não alterá-la, para que
seja aplicável em todas as épocas. É para que continue sempre sacudindo de si
toda tradição e acréscimo humano que não estejam de acordo com os valores fixos
e absolutos da palavra de Deus. Reformar é voltar às origens, ao que foi intencionado
no princípio por Deus. E não há outra forma de se fazer isto a não ser pela doutrina.
Foi
a doutrina bíblica, tão bem exposta pelos reformadores e tão negligenciada pela
Igreja, que a trouxe de volta às origens e lhe recuperou a vida, no século XVI.
Foi a falta da verdadeira doutrina que enfraqueceu a Igreja e a lançou num tradicionalismo
vazio e pagão. É a correta aplicação da doutrina que produz a verdadeira
vida cristã. Não basta apenas um sentimento religioso para fazer de um
homem um cristão. É preciso que sua vida seja moldada na doutrina de
Cristo.
É a doutrina que dá característica à vida.
Sem
dúvida, não estamos afirmando que apenas a doutrina, independente da
obra
santificadora do Espírito, produz vida. A doutrina é, isto sim, o meio que o Espírito
soberanamente usa para nos fazer conhecer a vontade de Deus e nos levar
a praticá-la. É através dela que ficamos sabendo que a vontade de Deus é a
nossa santificação e que, sem esta, ninguém verá o Senhor ( 1 Ts 4:3; Hb
12:14). É ela que nos aponta os meios de graça deixados pelo próprio Senhor,
que é quem nos santifica (Lv 20:7-8; Ef 5:26). Nas epístolas paulinas, a íntima
relação entre doutrina e prática é evidenciada pelo seu método de apresentar
primeiro a argumentação teológica (doutrinária) para depois tirar as
implicações práticas dela decorrentes (Ex. Rm 1-11: doutrina; 12-16: prática).
Isso se torna ainda mais claro na oração sacerdotal de Cristo, em que Ele
associa a prática da santificação com a doutrina da Palavra: “Santifica-os na
verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 15 :17) e em João 7:17, onde o fazer a
vontade de Deus está ligado ao conhecer a doutrina: “Se alguém quiser fazer a
vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo
por mim mesmo”.
O
conhecimento de Deus começa pela porta do intelecto, da razão, para depois pervadir
todas as áreas do ser e se transformar em manifestações de vida que O
agradem
e glorifiquem. Por isso, o ensino da doutrina é indispensável na Igreja, tanto
através do púlpito como pelos estudos semanais, pela Escola Dominical e por
qualquer outro meio disponível. Nossa demonstração de vida pode impressionar
as pessoas e despertar nelas certa admiração, mas é pela pregação da Palavra
que vem a fé que transforma (Rm 10:7) A espada do Espírito é a Palavra
(Ef 6:17).
Conclusão
Concluímos,
portanto, que a Igreja precisa da Teologia, porque precisa da doutrina
nela contida para dar sentido e expressão aos fatos do Cristianismo e para
prover os meios de manifestação da verdadeira vida cristã.
Como devemos estudar a Bíblia
a.
Leia a Bíblia
conhecendo seu autor. Isto é de suprema importância,
é a melhor maneira de estudar a Bíblia. Ela é o único livro cujo autor está
sempre presente quando é lida. O autor de um livro é a pessoa que melhor pode explicá-lo.
A Bíblia é um livro fácil e ao mesmo tempo difícil; simples e ao mesmo tempo
complexo. Não basta apenas ler suas palavras e analisar suas declarações. Tudo
isso é indispensável, mas não basta. É preciso conhecer e amar o Autor do
Livro. Conhecendo o Autor, a compreensão será mais fácil.
Façamos como Maria, que
aprendia aos pés do Mestre (Lc 10.39). Esse é ainda o melhor lugar para o
aluno!
b. Leia a Bíblia
diariamente (Dt 17.19). Esta regra é
excelente. Presume-se que 90fr dos crentes não lêem a Bíblia diariamente: não é
de admirar haver tantos crentes frios nas igrejas. Não somente frios, mas
anãos, raquíticos, mundanos, carnais, indiferentes. Sem crescimento espiritual,
Deus não nos pode revelar suas verdades profundas (Mc 4.33; Jo 16.12; Hb 5.12).
É de admirar haver pessoas na igreja que acham tempo para ler, ouvir e ver
tudo, menos a Palavra de Deus. Motivo: Comem tanto outras coisas que perdem o
apetite pelas coisas de Deus! É justo ler boas coisas, mas, é imprescindível
tomar mais tempo com as Escrituras. É também de estarrecer o fato de que muitos
líderes de igrejas não levam seus liderados a lerem a Bíblia. Não basta
assistir aos cultos, ouvir sermões e testemunhos, assistir a estudos bíblicos,
ler boas obras de literatura cristã: é preciso a leitura bíblica individual,
pessoal. Há crentes que só comem espiritualmente quando lhes dão comida na
boca: é a colher do pastor, do professor da Escola Dominical, etc. Se ninguém
lhes der comida eles morrerão de inanição.
c. Ler a Bíblia com a melhor
atitude mental e espiritual. Isto é
de capital importância para o êxito no estudo bíblico. A atitude correta é a
seguinte: a) Estudar a Bíblia como a Palavra de Deus, e não como uma obra
literária qualquer, b) Estudar a Bíblia com o coração, em atitude devocional, e
não apenas com o intelecto. As riquezas da Bíblia são para os humildes que
temem ao Senhor (Tg 1.21). Quanto maior for a nossa comunhão com Deus, mais
humildes seremos. Os galhos mais carregados de frutos são os que mais abaixam!
É preciso ler a Bíblia crendo, sem duvidar, em tudo que ela ensina, inclusive
no campo sobrenatural. A dúvida ou descrença, cega o leitor (Lc 24.25).
d. Leia a Bíblia
com oração, devagar, meditando. Assim
fizeram os servos de Deus no passado: Davi (SI 119.12,18); Daniel (Dn 9.21-23).
O caminho ainda é o mesmo. Na presença do Senhor em oração, as coisas
incompreensíveis são esclarecidas (SI 73.16,17). A meditação na Palavra
aprofunda a sua compreensão. Muitos lêem a Bíblia somente para estabelecerem
recordes de leitura. Ao ler a Bíblia, aplique-a primeiro a si próprio, irmão,
senão não haverá virtude nenhuma.
e. Leia a Bíblia
toda. Há uma riqueza insondável nisso! É a única
maneira de conhecermos a verdade completa dos assuntos nela contidos, visto que
a revelação de Deus que nela temos é progressiva. - Como o leitor pensa
compreender um livro que ainda não leu do princípio ao fim? Mesmo lendo a
Bíblia toda, não a entendemos completamente. Ela, sendo a Palavra de Deus, é
infinita. Nem mesmo a mente de um gênio poderia interpretá-la sem erros. Não há
no mundo ninguém que esgote a Bíblia. Todos somos sempre alunos (Dt 29.29; Rm
11.33,34; 1 Co 13.12). Portanto, na Bíblia há dificuldades, mas o problema é do
lado humano. O Espírito Santo, que conhece as profundezas de Deus, pode ir
revelando o conhecimento da verdade, à medida que buscamos a face de Deus e
andamos mais perto dele. Amém.
Pr. Antônio Gilberto
A CRUZ DE CRISTO
BILLY GRAHAM
O cerne do
Evangelho cristão, com sua encarnação e expiação, acha-se na cruz e na
ressurreição. Jesus nasceu para morrer e fez pelo homem o que este não pode
fazer por si próprio. Fê-lo mediante a cruz e a ressurreição. Hoje em dia,
estamos procurando panacéias filosóficas de fabricação humana, e em todos os
centros de estudo travam-se debates à busca da sabedoria suprema e da
felicidade daí resultante. Até agora, solução alguma foi encontrada e lutamos
ainda com os mesmos problemas filosóficos de que tratavam Platão e Aristóteles.
Estamos procurando uma saída para nosso dilema e o sinal universal que podemos
ver reza: "Não há saída." Mas a cruz se apresenta em meio a nosso
dilema como a esperança única. Nela, encontramos a justiça de Deus em satisfação
perfeita, a misericórdia divina estendida ao pecador, o amor de Deus cobrindo
as necessidades, o poder divino para as emergências, a glória de Deus para as
ocasiões todas. Nela encontramos força bastante para transformar a natureza
humana, transformar o mundo.
Milhares de
pessoas sofrem complexos de culpa, e quase todas sentem que, de algum modo,
estão erradas, como o menino que afirmou: "Acho que nasci errado." Da
cruz, Deus disse: "Eu vos amo", e estava dizendo também: "Eu vos
posso perdoar." A palavra mais gloriosa e emocionante em qualquer idioma é
"perdão". Deus, em Cristo, tinha uma base para perdoar. Porque Cristo
morreu, Deus pode justificar o pecador e ainda assim ser justo.
A morte de
Cristo na cruz foi mais do que a morte de um mártir, mais do que um bom exemplo
com o oferecimento da Sua vida pelos Seus semelhantes. O Seu sacrifício foi
aquele que Deus indicara e ordenara como o único sacrifício pelo pecado. Dizem
as Escrituras: "Mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos
... ao Senhor agradou moê-lo, fazendo enfermar" (Isaías 53:6, 10). Devido
a ter o próprio Deus determinado que Cristo cubra a culpa humana, não é
possível que Deus rejeite o pecador que aceitou Jesus Cristo como seu Salvador.
"A quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé"
(Romanos 3:25).
É disso que
trata a mesa de comunhão na igreja. Todas as vezes que comemos o pão
lembramo-nos do corpo de Cristo pregado à cruz por nós, e todas as vezes que
bebemos o vinho estamo-nos lembrando do sangue derramado na cruz como cobertura
dos nossos pecados. Uma menininha, vendo a cruz sobre a mesa de comunhão,
perguntou: "Mamãe, que faz esse sinal de mais na mesa?" A cruz é o
grande sinal de mais que Deus deu à história.
A expiação
de Cristo é suficiente, porque Deus disse que o era. Sei que sou pecador, sei
que violei as leis de Deus, sei que ofendi a Deus inúmeras vezes. Meu coração,
mente e consciência têm estado perturbados. No entanto, quando pela fé olho a
cruz, encontro paz e alegria porque ser que Deus ficou satisfeito com o
sacrifício de Seu Filho. Meu pecado foi cometido contra Deus, e se Ele estiver
contente com o que Cristo fez a meu favor e deseja me perdoar, nesse caso não
tenho mais motivos de preocupação. Estou redimido, reconciliado, perdoado,
foi-me garantido o céu – não devido a qualquer bondade ou boas obras de minha
parte, mas apenas devido ao amor e misericórdia de Deus, em Cristo na cruz, é
que tenho algum direito ao céu. Foi Deus quem permitiu a Cristo morrer em meu
lugar. Foi Deus quem aceitou Seu sacrifício quando Ele morreu.
Quando Jesus
tomou o nosso lugar, nossos pecados foram depositados nEle e nossos pecados não
podem estar em dois lugares ao mesmo tempo. Todo o meu pecado estava em Cristo,
e não retive em mim qualquer pecado pelo qual Deus venha mais tarde a pedir
contas. Meu pecado tornou-se o encargo de Cristo, que o tirou de mim,
tomando-se o portador dos pecados. Toda minha dívida com Deus foi transferida
para Cristo, que pagou tudo quanto eu devia. Jamais sofrerei a vergonha do
julgamento ou os terrores do inferno. "Quanto dista o Oriente do Ocidente,
assim afasta de nós as nossas transgressões" (Salmos 103:12).
Mas alguém
pode dizer: "Não compreendo isso tudo." Que ridículo! Se um homem se
estivesse drogando e eu lhe atirasse uma bóia, iria ele dizer que não a usaria
até saber se era feita de borracha ou cortiça, e se era bastante forte para
sustentá-lo? Um homem a ponto de afogar-se iria falar assim? Os que estão fora
de Cristo são incapazes de compreender o mistério da cruz, enquanto estiverem
em seu estado degenerado. Não é que a luz não seja bastante para ver o
mistério, pois existe luz suficiente para levar-nos à cruz de Cristo para obter
misericórdia. Pela fé recebemos a Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador, e
a cruz nos tornará a coisa mais preciosa do mundo.
Extraído do livro: “MUNDO EM CHAMAS”
A CONSTITUIÇÃO DO HOMEM
Os dois primeiros capítulos de Gênesis
fornecem a descrição bíblica no que diz respeito à criação do homem. A primeira
narrativa que é encontrada em Gênesis 1.26,27 é de natureza mais geral. A
Segunda, em Gênesis 2.4-25, fornece alguns detalhes a mais; é o complemento da
primeira. Deus é o criador do homem. Foi Ele quem, num ato especial, o fez em
conjunto com os demais elementos constituintes da criação, porém o homem é a
coroa, o dominador; assim foi destinado pelo criador que, segundo o relato
sagrado, ao criá-lo, usou uma linguagem especial: “Façamos o homem à nossa
imagem”.
A Bíblia afirma que os seres humanos
foram criados à imagem de Deus. Gn 1.26 registra as palavras do Criador:
“Façamos o homem [´adam “humanidade”] à nossa imagem, conforme a
nossa semelhança”. Outros textos bíblicos demonstram com clareza que os
seres humanos, embora descendentes de Adão e Eva e já caídos (ao invés de
criados diretamente por Deus), continuam a levar a imagem de Deus (Gn 9.6; 1Co
11.7; Tg 3.9).
Os termos hebraicos em Gn 1.26 são tseleme
e demuth. Tseleme, empregado 16 vezes no Antigo Testamento refere-se
basicamente a uma imagem ou modelo funcional. Demuth, empregado
26 vezes, refere-se, de modo variado, a semelhanças visuais, audíveis e
estruturais num desenho, padrão ou forma. Esses termos parecem estar
explicados na continuação (vv. 26-28), quando a humanidade recebe poder
para subjugar a Terra (ou seja, controlá-la pelo conhecimento, por saber
aproveitá-la) e governar (de modo benéfico) as demais criaturas.
O Novo Testamento emprega as palavras eikõn
(1Co 11.7) e hemoiõsis (Tg 3.9). Eikõn geralmente significa “imagem”,
“semelhança”, “forma” ou “aparência” em toda a sua gama de usos. Homoiõsis significa
“semelhança”, “correspondência”, “aparência semelhante”. Posto que os termos,
tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, parecem ter sentido amplo e intercambiável,
devemos olhar para além dos estudos lexicógrafos a fim de determinar a natureza
da imagem de Deus.
A
Metafísica da Criação do Homem
“E formou o Senhor Deus
o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego de vida; e o homem
tornou-se alma vivente” (Gn 2.7). No início, quando Deus criou o homem, Ele
o formou do pó da terra e depois soprou “o fôlego de vida” em suas
narinas. Tão logo o fôlego de vida, que se tornou o espírito do homem,
entrou em contato com o corpo do homem, a alma foi produzida. Portanto,
a alma é a combinação do corpo e do espírito do homem. As Escrituras, por isso,
chamam o homem de “alma vivente”. O fôlego de vida tornou-se o espírito do homem,
isto é, o princípio de vida dentro dele. O Senhor Jesus nos diz que “é o espírito
que vivifica” (Jo 6.63). Este fôlego de vida vem do Senhor da Criação. Todavia,
não devemos confundir o espírito do homem com o Espírito Santo de Deus. O último
é diferente do nosso espírito humano. Romanos 8.16 manifesta esta diferença declarando
que “o Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos
de Deus”. O original da palavra “vida” em “fôlego de vida” é chay e
está no plural. Isto pode ser uma indicação para o fato de que o sopro
de Deus
produziu uma vida dupla: a vida da alma
e a vida do espírito. Quando o sopro de Deus entrou no corpo do homem, ele se tornou
o espírito do homem; mas quando o espírito reagiu com o corpo, a alma foi produzida.
Isto explica a origem da vida do nosso espírito e da nossa alma. Devemos
admitir, entretanto, que este espírito não é a Própria vida de Deus,
pois, “o sopro do Todo-Poderoso me dá vida” (Jó 33.4). Ele não é a entrada da
vida não criada de Deus, no homem, nem tampouco a vida de Deus que recebemos na
regeneração. O que recebemos no novo nascimento é a Própria vida de Deus, como
tipificada pela árvore da vida. Mas, nosso espírito humano, embora existindo
permanentemente, está destituído da “vida eterna”.
A expressão “formou o homem do pó da
terra”, refere-se ao corpo do homem; “soprou em suas narinas o fôlego de vida”
refere-se ao espírito do homem, conforme ele veio de Deus; e “o homem tornou-se
alma vivente” refere-se à alma do homem quando o corpo foi vivificado pelo
espírito e levado a ser um homem vivo e consciente de si mesmo. O homem
completo é uma trindade - o composto de espírito, alma e corpo. De acordo com
Gênesis 2.7, o homem
foi feito de apenas dois elementos
independentes: o corpóreo e o espiritual.
Mas, quando Deus colocou o espírito
dentro do revestimento da terra, a alma foi produzida. O espírito do homem
tocando o corpo morto produziu a alma. O corpo separado do espírito estava morto,
mas, com o espírito, o homem passou a viver. O órgão, assim estimulado, foi
chamado de alma.
“O homem tornou-se alma vivente”, expressa
não apenas o fato de que a combinação do espírito e corpo produziu a alma, como
sugere também que o espírito e o corpo estavam completamente fundidos nessa
alma. Em outras palavras, a alma e o corpo estavam juntos com o espírito, e o
espírito e o corpo fundidos na alma. Adão “em seu estado antes da queda, nada
sabia dessas incessáveis lutas de espírito e carne, que são coisas da
experiência
diária para nós. Havia uma perfeita
combinação das suas três naturezas em uma e a alma, como fator de unidade,
tornou-se a causa da sua individualidade, da sua existência como um ser
distinto” (Pember's Earth's Earliest Ages). O homem foi denominado alma
vivente, porque era lá que espírito e corpo se encontravam e através da qual
sua individualidade era conhecida. Talvez possamos usar uma ilustração
imperfeita: derrame um pouco de tinta num copo d'água. A tinta e a água
misturar-se-ão formando uma terceira substância chamada tinta de escrever. Da
mesma forma os dois elementos independentes do espírito e corpo, unem-se para
tornar-se alma vivente. (A analogia falha nisso: a alma produzida pela
combinação do espírito e do corpo torna-se num elemento independente e
indissolúvel, tanto quanto o espírito e o corpo).
Prof. Pr. VICENTE PAULA LEITE
Cruz - Símbolo da Fé
"Em seguida dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me" (Lucas 9.23).
O discipulado cristão é uma questão contínua, ininterrupta. Somente uma autêntica renúncia tem valor sólido e duradouro, neste particular. Quão pouco sabemos, realmente, disso; mas quão necessário é, se quisermos ser servos genuínos do Senhor Jesus. Se desejamos servi-lo com inteireza de corpo,
coração e alma, o caminho a seguir é o caminho da cruz e nele está envolvido um custo muito alto--a nossa vida, diária e perenemente, até que sejamos absorvidos em Cristo.
A fim de ilustrar esta profunda proposta de Cristo, foi elaborada esta ilustração:
Três marginais de grande periculosidade foram presos e conduzidos, com os olhos vendados, a uma ilha deserta. Ali chegados, as vendas foram retiradas e as autoridades que os levaram até lá expuseram as ordens superiores, exigindo que fossem executadas antes que eles retornassem ao Q.G.
Deveriam construir três cruzes e distribui-las entre si. Em seguida, teriam de carregá-las, sem tentar abandoná-las ou destrui-las--total ou parcialmente.
O caminho que deveriam seguir seria a direção em frente. No fim da jornada teriam conquistado a liberdade. Iniciaram a caminhada sem saber se ela seria curta ou longa. As cruzes eram pesadas e a caminhada foi se tornando dura e cruel. A certa altura, um dos marginais tirou debaixo da camisa uma minúscula serra que escondera por ocasião do fabrico das aludidas cruzes e, sem parar para pensar sobre as possíveis consequências, começou a serrar as pontas da sua cruz, a fim de aliviar-lhe o peso. Os dois companheiros, não concordando com a idéia, continuaram a caminhada, dispostos a cumprirem as ordens recebidas sem qualquer tentativa de alterações, mesmo que estas lhes beneficiassem, pois estavam confiantes na liberdade prometida.
Não tardou muito e os três chegaram à praia. Tinham agora o mar pela frente, mas não podiam desistir da caminhada. Lançaram então suas cruzes sobre a água e deitaram sobre elas. Das suas próprias mãos fizeram os remos e assim, depois de algumas semanas de sofrimentos, lutas e privações as mais cruéis, finalmente, conquistaram a tão sonhada liberdade.
Todavia, o terceiro marginal, depois de haver tentado por todos os meios arriscar-se na travessia, acabou abandonado naquela ilha deserta. Por haver danificado a sua cruz no intuito de fugir ao peso do sofrimento, pereceu na solidão e no abandono.
Ao que deseja ardentemente alcançar a vitória e a liberdade verdadeira no fim da sua peregrinação terrena, Cristo diz: "Tome cada dia a sua cruz e siga-me."
Transcrito

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